Capítulo 09-Otávio Bittencourt

2962 Words
Fiquei esperando a Jéssica volta para a boutique, mas quando a minha avó voltou disse que ela já tinha ido embora, resolve e atrás dela, preciso falar com ela, quando cheguei na sua rua vejo um homem tentando pegar ela a força. - Me solta - Ouvir o grito da Jessica, e parei o carro, ia descer, mas ela conseguiu se solta e correu entrando no meu carro. - Anda rápido Otávio - Ela falou e liguei o carro e saímos de lá. Eu não sabia para onde ir, então resolve levar ela em um lugar seguro, ela foi um caminho todo em silêncio e erra nítido a preocupação que ela estava sentindo, levei ela para o meu apartamento. - Ela entrou ainda meio aeria, e nervosa. - Jéssica quer uma água, um suco de maracujá, um calmante - Falei indo até a cozinha e trazendo dois copo com água. - Não, Otávio muito obrigada - Ela falou e coloquei o copo na mesa , vi ela pegando o celular e parecia estar bem nervosa, eu não julgo afinal de contas eu também estaria. - Posso ouvir a sua ligação. - Beck meu amor, pelo amor de Deus, me diz que você e a sua irmã estão bem longe de casa. - Ela estava realmente muito preocupada. - Sim, deixa eu falar com ela - Ela falou e eu só observava .... - Oi meu amor, você está bem?... sim só estou com saudades, me conta o que você está fazendo? - Dessa vez ela demora um pouquinho. - Que legal minha vida depois eu quero ver, passa para a Beck por favor, filha eu te amo meu amor... Mil beijos. .... - Bernada por favor toma muito cuidado, o Alemão mandou um dos capangas deles me dá uma lição porque a Jack não o pagou, a Jack foi com o vovô paga-lo, mas tome muito cuidado, eu te amo minha pequena, e não saia daí certo eu vou pedir para alguém buscar vocês quando ela resolver isso. - Ela falava com tanto cuidado, depois de um tempo ela olhou para mim. Ligação Off - Otávio, por que você me trouxe aqui? - Ela perguntou e bebi a minha água. - Você não lembra, que você entrou no meu carro e mandou eu sair? - Perguntei e ela fez uma cara de que não foi o que te perguntei. - Mas por que me trouxe para esse apartamento? - Ela perguntou - Me responda uma coisa - Tomei um gole de água. - O que você achou deste apartamento? - Perguntei e ela olhou para ele melhor, ela chegou tão desnorteada e preocupada que duvido que ela tinha visto alguma coisa. - É muito bonito, você mora aqui? - Ela perguntou, admirando o apartamento. - Atualmente eu aluguei, mas se você gostar pretendo comprar, seria perfeito para a nossa família. - Falei e ela me olhou espantada e pegou o copo de água o tomando metade de uma só vez. - Você é louco - Ela murmurou bebendo mais um pouco da água, e colocando mais no copo. - Jéssica, não é como você está pensando, eu já estava querendo sair de casa e agora que terminei com a Sabrina acho que é o momento certo, e quero começar algo com você, o que eu estou sentindo eu nunca senti - Falei sentado no sofá e ela terminou de bebe a água e começou a anda pela sala e depois parou. - Deixa eu ver se entendi a sua lógica. Você está me dizendo que agora que se separou da Sabrina quer que eu venha morar com você, assim do nada... - Não foi o que eu disse Maria, eu disse que eu quero sim está com você, eu quero fazer parte da sua vida, eu quero que fiquemos juntos por muitos tempo, eu quero envelhecer ao seu lado - Ela me olhou como se eu fosse um louco, mas é assim que eu me sinto perto dela um louco, louco por amor. - Otávio, não é só assim por assim, eu tenho uma família... - Você é casada? - Perguntei espantada e ela acabou sorrindo. - Não, mas eu tenho duas filhas... - O apartamento tem três quartos, um você pode fazer seu ateliê e o outro fazemos um quartinho para elas, e tem ótimas escolas aqui perto, tem até uma com um programa de artes incrível ... - Otávio, você está se ouvindo - Ela falou se sentando no sofá - Sim, Jéssica eu estou ouvindo, e quero conhecer a suas filha, espero que ela goste de mim, Belinha é este o nome dela? E a outra é pequena, grande? - Otávio, pelo amor de Deus é melhor se calar... - Certo eu me calo, mas me conta sobre você, sobre a Belinha, a sua outra filha, seus pais, sua família. - O que você quer saber exatamente? - Ela me perguntou. - Tudo, mas começa do início - Falei e ela me olhou. - Eu sou filha mais velha, tenho duas irmãs, a Jackeline que você já conhece e a Bernada, minha mãe morreu no parto da Bernarda e como o meu padrasto sumiu me deixando com uma recém-nascida, a parteira ficou com medo de nós separarem e por isso ela colocou que eu era a mãe da Bernarda, eu tinha 14 anos quando a minha mãe morreu, e me tornei mãe da Bernarda a minha irmã, o pai das minhas irmãs depois daquele dia desapareceu, eu não sabia o que fazer, comecei a costura para conseguir alimentar as duas até conseguir junta o dinheiro da passagem para vim do interior do Pará para são Paulo, a Bernada já tinha 6 meses, meu avô, nos acolheu na sua casa desde este dia, afinal foi uma loucura minha mãe foi atrás do meu padrasto grávida da Beck nós m*l conhecíamos nada no para, e assim que voltamos para São Paulo minha avó já estava com a saúde muito debilitada então me ensinou a fazer tudo, mesmo eu já estando craque em trocar fraldas, e da de comer, enquanto as outras meninas do bairro brincavam com bonecas, eu tinha um bebê de verdade e outra irmãzinha de seis anos, que chora todas as noites querendo os pais, então eu tive que amadurecer antes da hora, mas meus avós sempre me incentivaram a correr a trás do meus sonhos e quando ganhei a bolsa de estudos em moda em Paris, sentir que finalmente o universo estava me recompensando, e vou ser bem sincera com você, lá em Paris eu aprendi a ser jovem, a não me preocupar, se a Beck, tinha comido, se a Jack tinha aprontado na escola, se meus avós tinham tomado os remédios, eu ainda me preocupava, mas não na mesma intensidade sabe, por quase quatro anos eu só tinha que me preocupar comigo, e com o meu trabalho, pode parecer egoísmo da minha parte... - Ela falou e entendo perfeitamente ela. - Não é egoísmo, sei como é parece que você tem que carregar o mundo nas costas. - Ela me olhou com o seno franzido. - Também sou filho mais velho, e bom mesmo eu tendo pai e o mesmo que não ter, ele nunca foi presente na minha vida e muito menos na dos meus irmãos se não fosse a Helena, a minha babá, acho que nunca teria alguém para ouvir meus problemas ou me ajudar com os deveres de casa, a minha avó nunca foi uma mãe amorosa, ou carinhosa, e avó também não, mas sempre estava lá para me escutar, mas muitas vezes ela chegava bêbada, e bom meu pai também, eles só são bons para controlar a minha vida, meus irmãos tinham muito medo, de um dia o nosso pai sumisse, com 15 anos comecei a trabalhar com a minha avó, queria ser útil, queria passar mais tempo com a família, e para ser sincero, só não sair de casa antes por causa do Oliver, meu irmão mais novo, ele também me chama de pai, o meu pai odeia ele, m*l fala com ele, minha avó está mais preocupada com a empresa, meu irmão Otto está mais preocupado com as mulheres e fará, se não fosse a Helena, acho que não saberia o que é carinho, eu sei que não é a mesma coisa - Falei e ela segurou a minha mão. - Não é, mas é bom ter alguém para desabafar, e te entendo eu tenho a Belinha que me dá toda a força que preciso, mesmo eu tendo a minha irmã como minha filha, é muito louco a força que um filho trás, eu acho que eu trabalho três vezes mais por causa dela. - Ela falou e eu sorrir e ela sorriu para mim. - Deve ser fantástico... - Você vai saber quando tiver os seus... - Você trancou o curso por que estava grávida? - Perguntei e ela fez que não com a cabeça. - Eu tive que trancar quando a minha avó faleceu, meu avô ficou muito doente e minhas irmãs eram de menor a Bernarda só tinha 10 anos e a Jack tinha 16 anos, e não tinha ninguém para tomar conta da padaria, do meu avô, e das minhas irmãs, não podia ser egoísta e ficar mais um ano em Paris, sabendo que eles precisavam de mim, eu achava que era madura, mas foi a pior época da minha vida, eu tinha uma bebezinha que dependia 100% de mim, uma criança que estava muito triste pela morte da avó, uma adolescente revoltada, e um idoso teimoso e doente, e uma padaria para gerenciar. - Eu com toda certeza, que não daria conta - falei beijando sua mão - Você e o pai da Belinha eram casados? - Perguntei e ela desviou os olhos. - A minha filha não tem pai, Otávio, eu sou mãe solteira - Nunca me senti tão aliviado. - O pai dela te abandonou? - Perguntei, mas ela parecia está desconfortável. - Eu não quero falar sobre este assunto - Ela parecia muito desconfortável, e acho que já sei a resposta para a pergunta. - Certo, mas Jessica me conta, você não pretende voltar para terminar a faculdade? - Notei que ela sorriu, quando mudei de assunto. - Pensar eu penso, mas não tenho com, pelo menos não por um tempo, eu não iria sem a minha filha até tentei estudar via EAD, mas não deu muito certo a Belinha era um bebê high need... - O que é um bebê high need, porque ela pareceu uma criança normal, me desculpa falar assim. , é um bebê que tem alta necessidade de atenção e de cuidado dos pais, principalmente da mãe. Ele precisa de colo o tempo todo, desde que nasce, chora muito e quer mamar de hora em hora, além de não dormir mais de 45 minutos seguidos, mas não é uma doença ou síndrome, e apenas a características do bebê, é a personalidade dele, e eles demostram está personalizada desde muito cedo. - Eu nunca tinha ouvido falar sobre isso. - Muitas pessoas não sabem, eu fiquei perdida, porque ela não parava de chorar um minuto, e eu não sabia o por que, mas era só colocar ela no colo que o choro passava, achei que fosse dengo, até ir em um especialista e ele me explicar tudo, eu me sentia a pior mãe do mundo, mas depois entendi que a personalidade dela, e bota personalidade, a minha filha é um doce de menina, tem um coração maior que ela, mas tem um personalidade muito forte. - Igual a mãe dela. -Falei e ela sorriu. -E a sua filha mais velha e a sua irmã Jack está eu não tenho como esquecer o nome - Falei e ela sorriu. -A Bernarda sonha em ser jogadora de futebol profissional, quando ela tinha 7 anos ela escreveu uma carta para papai Noel pedindo uma chuteira, e uma bola de futebol, ela vivia quebrando as janelas da vizinhança. - Imagino os meus irmãos viviam fazendo isso lá em casa, eu nunca fui bom de bola - Sorri e ela riu junto. - A Helena ficava doida correndo atrás dos dois para não quebrarem nada da minha avó. - Coitada dela - Ela falou sorrindo. O celular dela começou a tocar quebrando o clima. - E da padaria, tenho que atender - Ela falou e me levantei fui para a cozinha fazer uma comida. Comecei a procurar o que fazer já que ainda não tinha muita coisa na casa. Conversamos muito, sobre tudo a conversa com ela é fácil que nem vi as horas passarem e já estava de noite ela sempre ligava para saber das filhas, e admiro isso nela, está preocupação. - Sua avó me chamou para trabalhar com Ela? - a Jéssica falou sentando na cadeira da mesa de jantar enquanto está na cozinha. -E... - Falei começando a colocar a mesa - Mas ela colocou uma condição... -Que não me aproxime de você - Ela falou e parei tudo para olhar para ela. -E o que você disse? - Que ia pensar, e já pensei, e nos dois não vai funcionar Otávio. - Por que me fala isso Jessica?, faz horas que estamos aqui conversando e amo escutar sobre a sua família, e quero conhecê-los, por mim íamos agora - Falei e ela. Sorriu e me sentei na cadeira a sua frente ela se levantou para sentar do meu lado. -E aí que o problema está, eu não sei se quero conhecer a sua familia, me desculpe, mas que está muito claro que para sua tia e sua avó que elas não querem que você ande com uma padeira. - Jéssica, isso é o de menos para mim as únicas opiniões que importam são a da minha mãe, da Helena e do oliver, e eu tenho certeza que eles vão te ama, os três vão te amar, bom os três não, mas se minha mãe estivesse acordada, tenho certeza que sim. -Como assim se ela tivesse acordada? - É que minha mãe está em coma a mais de 15 anos, eu falo com ela sempre que posso, vou sentir falta disso agora - Sentir um cheiro e fui correndo até o forno pegar nossa lasanha. Jantamos falando mais um pouco sobre nós - Você ainda acha que eu sou um cataclismo? - perguntei e ela sorriu bebendo um pouco de vinho. - Bom a Vera disse que os cataclismo nem sempre são coisas ruins, ele é uma mudança muito grande de vida, um golpe de sorte - Ela falou e me sentei do lado dela no sofá - Então você é o meu Cataclismo, porque desde o momento que te vi você vem mudando a minha vida - Falei e ela voltou a beber o vinho, coloquei mais na minha taça e coloquei na mesinha de dentro, e peguei a dela vazia e coloquei também, olhei bem nos seus olhos. - Jessica eu gosto de você, gosto de tudo em você, sua voz, seu cheiro, seu sorriso, seu olhar, eu sei que é muito cedo para dizer isso, mas estou completamente apaixonado por você - Falei a beijando, o beijo começou calmo, mas logo foi se intensificando, suas mãos puxa os meus cabelos pegue na sua cintura puxando ela mais para mim, o beijos virou outro e depois outro, começou a levantar sua blusa e sou afasto. - Está bom - Ela falou se levantando e abrindo a janela para tomar ar. - Você não quer? - Perguntou sem entender a atitude dela. - Não é que não queira, e só que temos interesses diferentes - Ela falou me deixando confuso. - Jéssica não entendi - Sério mesmo , que vai vim que com está que eu não entendo, eu não sou burra Otávio, este local aqui é a caverna do lobo, você trás todas as garotas aqui as oferece vinho faz a janta e depois você já sabe o que é ... - Jéssica por favor, não é nada disso... - Está bem claro, Otávio, você quer se aproveita de mim, mas isso eu não vou permitir. - Não Jéssica , isso não tem nada haver, eu também estive bebendo o vinho com você, nos só estávamos conversando, eu gosto de você Jéssica e não escondo isso de ninguém. - Eu também gosto de você Otávio, mas eu não vou ser um brinquedo nem para você, nem para ninguém - Ela falou firme, tentei me aproximar dela, mas ela deu um passo para trás. - Jéssica, eu não sei se hoje, ou amanhã ou na próxima semana, mas eu quero você na minha vida para sempre. - Para sempre - Ela falou com um tom de ironia. - Sim para sempre - Falei. - Para sempre, estas palavras não são muito grandes para falar a primeira que você conhece? - Não, para o que sinto por você não - Falei e ela se aproximou de mim. - Otávio eu queria muito acredita em você. - Então me dá uma chance, deixa eu ter algo sério com você, e o único que estou te pedindo uma chance para ter algo sério - Falei e ela se aproximou mais. -O quanto sério você está faltando? - Ela me perguntou olhando nos meus olhos. - Eu prometo que não vamos ter nenhum contato físico até quando você me quiser - Falei e ela me beijou . ©©©©©©©©©©© Cantinho da autora: Desde já eu agradeço muito por tudo carinho de vocês e sem brincadeira nenhuma, escrever é a coisa que me salva de cair no abismo da solidão e saber que tem alguém que gosta da minha obra me deixa muito feliz muito obrigado
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