Maya molhava o jardim quando o telefone dela tocou. Pensou que fosse Anastacia, mas o número era estranho. Ao atender, reconheceu a voz do outro lado da linha: era sua mãe, Cícera. Maya ouviu o choro desesperado de Cícera do outro lado. — Por que ligou? — Maya perguntou. Durante dez anos, nunca se importou, nunca se importou... — Maya afirmou . — Anésio está me aterrorizando, Maya. Eu sou sua mãe. Maya respirou fundo, tentando controlar as emoções que se misturavam em seu coração. As lembranças dolorosas do passado invadiram sua mente, trazendo à tona o abandono e a negligência que havia sofrido. Ela fechou os olhos por um momento, tentando afastar as memórias. — Você me deixou sozinha quando eu mais precisava, Cícera. Dez anos sem uma palavra, sem se importar. E agora você quer minha