Romualdo colocou as malas no carro, sentindo um peso no peito. Queria ao menos abraçar a esposa antes de partir, mas ela estava chateada e o tinha expulsado de casa. Viu Ally surgir à porta. Ainda a achava bonita do mesmo jeito, ainda era a moça mais bonita de todos os tempos, a mãe de seu filho e a avó de seu neto. Mas ele sabia que tinha errado com ela, e Ally não perdoava fácil, ou talvez nunca perdoasse. Ally o olhou com uma expressão séria, mas havia uma tristeza oculta em seus olhos. — Estou sentindo a sua falta, Ally. — Romualdo disse, a voz carregada expressava o seu arrependimento. — Queria poder consertar as coisas, mas sei que te machuquei demais. A cama está vazia e fria como uma geladeira fria e não tenho a minhas companheira mais. Ally permaneceu em silêncio por um momento