GABRIEL-
Quando entrei em casa sabia bem o que vinha dali, toda aquela riqueza e aparência iria descambar, gritos explodiam na minha cabeça, como sempre ouvia as coisas mais descabidas desde ser irresponsável, mimado, um parasita da sociedade, um animal que nem devia ter nascido, tudo isto saia das bocas dos meus pais, como fui capaz, era só o que lhes interessava, mais uma vez não quiseram ouvir a minha versão ou colocarem-se no meu lugar.
Calaram-se apenas quando viram um dos empregados a trazerem as minhas coisas para baixo, no caminho liguei a Maria a dizer que estava na altura, ainda faltavam algumas coisas na minha casa, mas dava para lá a ficar a viver... Maria apenas me disse que ia entregar a carta de despedimento, nem foi preciso pedir, já tinha a sua reforma e nunca me ia aban
