Paixão suprimida

São 10h50 e a minha cabeça rebenta por todos os lados, levanto-me, preciso de  beber um chá ou tomar alguma coisa, olho a minha volta, um silêncio absurdo...  Estamos em Junho, o ar está quente e sento-me na varanda e fico a olhar para a praia, adoro esta casa de férias, vivo em Lisboa por isso poder vir para aqui de vez em vez é um sonho, não gosto da confusão da cidade, mas tenho de me aguentar, só existem três moradias a volta da baia e acaba por ser como se vivesse numa ilha privada, os meus pais trabalharam imenso para conseguirem tê-la, fecho os olhos, tenho saudades deles, nunca conseguirei esquecer o dia que soube que tinham morrido num acidente de carro..   Estava em casa e não quis ir jantar com eles, faz hoje 6 anos, agora com 24 anos consigo aguentar a ausência, mas as saudades são enormes, ao que parece e segundo o que me contaram um grupo de miúdos alcoolizados iam em excesso de velocidade, não viram um sinal vermelho e pronto, os carros colidiram, os meus pais morreram e eles Safaram-me... irónico, os meus pais que sempre foram corretos morreram e o condutor safou-se só porque o pai era um dos homens mais ricos... Nunca quis saber quem foram ou analisar o caso, Tinha 18anos e fui-me abaixo, a minha sorte foi as poupanças que me deixaram  e as casas ficaram em meu nome pois sou filha única,....  Podia querer esquecer, mas não dá, com o tempo a minha psicóloga ensinou-me a colocar-me no lugar dos outros, até acredito que a culpa não tenha sido de ninguém, e ao contrário de a dois anos atrás, agora não procuro vingança, apenas não quero ter de estar com essas pessoas a minha frente, porque por mais que se perdoe algo, custa relembrar!  Oiço um barulho a percorrer toda a praia, olho ao fundo, um jipe a acelerar pelas dunas,  devem ser os novos vizinhos que compraram a casa do lado, não tenho muita sorte, tirei esta semana para descansar e vou ter de aturar este género de comportamento, levanto-me para voltar para a cama mas vejo o jipe a rolar, fico pálida, fixa ao chão, o medo estava presente na minha face e eu nem sei como ajudar alguém logo no dia de hoje... corro, não sei mais o que fazer, ao chegar vejo um homem a sair de dentro do jipe, sangue a cair pela testa enquanto cambaleava para sair de dentro do veículo agora virado de pernas para o ar, ajudei-o colocando o seu braço por cima dos meus ombros, tentei aguentar o peso do seu corpo ferido em cima do meu, mas já a uma distância considerável caímos de joelhos e ele desmaiou nos meus braços.  Estando a estudar medicina seria fácil para mim tratar dos ferimentos, mas estava com medo que tivesse batido com a cabeça, olhei-o adormecido e com as roupas em mau estado do acidente, desviei o seu cabelo dos olhos e tentei perceber de onde vinha o sangue, enquanto o diagnosticava observava o quanto ele era bonito, moreno, corpo bem definido e malhado, um pouco mais alto que eu, cabelos negros e uns olhos bem azuis.... deveria ligar para a ambulância e fui a correr buscar o telemóvel, quando cheguei já com a caixa dos primeiros socorros e ainda a tentar ligar o meu telemóvel vi aquelas duas safiras a olhar para mim, ajoelhei-me, dei-lhe um pouco de água...    -Consegues acompanhar os meus dedos??? - Movia da esquerda para a direita vendo-o a acompanhar com os seus olhos- Dói-te alguma coisa?    -Dói-me só a perna..    -Lembras-te do que aconteceu?    -Sim, perdi o controlo e estava escuro, não vi a duna alta e o jipe virou... mas estou bem...      Tentou mexer-se, mas a perna não deixava, limpei-lhe a testa e o facto de estar perto dele e ele olhar-me de uma forma estranha deixou-me um pouco incomodada... tentei não mostrar mas o meu coração batia rápido demais...  -Temos de ligar a pedir ajuda, não tenho rede, mas tenho receio que tenhas batido com a cabeça... precisas de ser observado num hospital...    -Não.. Eu estou bem, não bati com a cabeça, a minha perna é que ficou presa e dói-me...    Ao analisar todos os sintomas e dores realmente parecia estar bem, mas tinha de voltar para dentro de casa e ligar do telefone fixo pois o meu telemóvel insistia em não trabalhar..    -Preciso de voltar lá dentro... consegues ficar aqui que já volto???    -Não... Eu vou contigo...    Levantou-se a muito custo, vi o quanto tinha dores e escondia para não me mostrar, voltei a colocar-me ao seu lado obrigando-o a apoiar em mim, a areia não ajudava e passado mais tempo do que pensei, chegamos ao alpendre.. Agora com a luz em cima de nós conseguia ver o quanto aquele homem era bonito...  Dei-lhe novamente agua, rasguei as suas calças e ali vi o hematoma que o horrorizava de dores...    -Espera vou ligar ao hospital...    Senti a sua mão a agarrar a minha, olhei-o e senti-me gelar, o que raio estava acontecer com o meu corpo?! Engoli em seco e parei esperando que dissesse alguma coisa..    -Eu moro ali ao lado, comprei a casa, as minhas coisas estão lá, não precisas de e preocupar, só preciso do meu telemóvel, como te chamas??    O meu nome é Sara.... e o teu?  Sou o Gabriel...     Ficamos ali quietos uns segundos, com a sua mão na minha esqueci-me que tinha do socorrer e não ficar ali feita parva a espera que um milagre acontecesse! Ele quebrou o silêncio..    -Eu estou bem, preciso apenas de ver como tenho a perna ...mas estou dorido ok, confia em mim.. Não te preocupes, agradeço-te realmente a tua ajuda mas eu tenho os meus contactos e trato de mim, não é preciso chamares ambulância está certo???    -Ok … não está aqui quem falou...    Fiquei chateada com a maneira arrogante com que falou, como se o mundo lhe pertencesse e eu fosse apenas uma ignorante, o meu telemóvel deu sinal e passei-o imediatamente, não queria ficar ali muito mais tempo com ele, digitou um número, disse qualquer coisa e entregou-me o telemóvel.. Ficou calado e eu tentei não fazer muitas perguntas, tinha dado o meu melhor e se não era o suficiente para o sr todo poderoso, não havia mais nada que pudesse fazer...  -Posso limpar a ferida, não sei se é do teu interesse...  -Não é necessário, prefiro que alguém especializado o faça..  -Ahhhh ok... e se ninguém aparecer??  -Acredita que dentro de segundos vêm buscar-me...  -Claro... não sabia que tinha uma celebridade dentro de minha casa.. Mais propriamente no alpendre..    Gabriel sorriu ironicamente e antes que pudesse dizer alguma coisa um alvoroço vindo da sua casa nos chamou atenção! Chegaram os reforços, afinal devia ser alguém importante pois uma equipe medica estava ali só para ele, levaram-no numa maca, e enquanto assistia aquele aparato, apenas em silencio olhava para ele a ir embora, Gabriel acenou com a cabeça como se no fundo me dissesse obrigado e saiu!    Entrei em casa, não percebi bem o que se tinha passado, estava bem irritada, dei o meu melhor e mesmo assim fez-me sentir como um inseto, entrei na casa de banho, despi aquela roupa suja e olhei para mim... sei que não sou aquelas raparigas sofisticadas, mas além de ser bonitinha estou a estudar para ser médica, sou uma pessoa e ele não precisava de me tratar assim com tanta frieza..  Virei-me para o espelho, soltei os meus cabelos loiros e ondulados que me caíram perto do r**o,  virei-me e analisei-me e estava satisfeita comigo, não sou perfeita, os meus s***s são pequenos, o meu r**o é empinado e redondinho e a minha cintura fina, mas não sou um monstro para ele me olhar com desdém! Fechei os meus olhos verdes e afugentei os meus pensamentos, não tenho de ficar preocupada com ele, nem o conheço e a sua opinião não é importante...  Tomei um banho e deitei-me.. Precisava mesmo de descansar...  No dia a seguir acordei um pouco tarde, aproveitei comi algo reforçado e resolvi ir banhar-me naquela água deliciosa, ter uma praia praticamente privada era das coisas que mais gostava, os meus pais escolheram bem, tinha colocado um bikini verde água, nada chamativo, mas que gostava imenso, estendi a minha toalha e ali fiquei a ler um livro.  Dei por mim várias vezes a olhar para a casa do lado, embora um pouco distante sabia bem a quem pertencia e rezei para que não nos encontrássemos muitas vezes...  O sol não estava muito quente o que me permitia estar ali sem medo de apanhar um escaldão, o meu telemóvel tocou e atendi imediatamente, era Rodrigo...  A rede não era das melhores, mas hoje estava com sorte.    -Então amor como estás???  -Bem e tu? Estás a aproveitar o descanso??  -Sim sabes que nesta altura tiro sempre uma semana.  -Um dia, tens de me explicar porque motivo nunca me levas e nem me dizes onde isso fica para te fazer uma surpresa amor.... olha, vamos ter um baile de máscaras em casa dos meus pais, que achas? Assim finalmente posso apresentar-te..  -Tu achas que eles vão gostar que o filhinho lindo e rico deles namore com uma miúda como eu???  -Não sei, mas o que interessa é o que eu quero e não o que eles acham sim? Além de eles vão estar ocupados princesas, o baile é uma festa de boas vindas para o meu irmão, os meus pais vão deixar a empresa e deixar tudo nas nossas mãos, o Bel  é o mais velho por isso vai assumir.  -Humm está bem, nunca me falaste muito nele, porque é que não vive convosco??  -Ele teve um problema a uns cinco ou seis anos e preferiu ausentar-se daqui, sabes que não é facil, sermos filhos de quem somos, ele estava farto de jornalistas e curiosos de volta da sua vida e.. bem... não vale a pena falar mais dele.    -Confesso que não estou muito animada para conhecer o BEL nem os teus pais, mas veremos, o que tenho de vestir???   -É um baile de máscaras, mas tens de ir de Dama antiga e com aquelas máscaras que tapam os olhos meu amor e eu o seu cavalheiro ..    Gargalhamos de imediato e despedimo-nos!  Conheci o Rodrigo no ano passado, não faz de todo o meu género, mas não me largava e quando dei por mim já estávamos envolvidos, damo-nos bem e no fundo ele tem sido um querido, nunca pensei que acabássemos por passado um ano estarmos nesta situação e ele querer apresentar-me a sua família! Ele é alto, moreno, os seus olhos castanhos são meigos, mas ele é um exibicionista, talvez porque realmente tem muito dinheiro!   Desde que os meus pais faleceram que trabalho e estudo ao mesmo tempo e acabei por ir trabalhar num dos laboratórios da sua família, numa das suas visitas ao laboratório, Rodrigo apareceu com as suas cantadas, fugi dele umas boas semanas, mas acabamos por nos encontrar várias vezes nas minhas saídas a noite e um dia aconteceu... Falta-me apenas terminar este ano e esperar para conseguir para terminar a graduação e obter o grau de Mestrado é necessário cumprir a última etapa que é a residência médica.    Sim estou cansada, entre aulas, hospital e laboratório das partes da manha, despedir-me do laboratório foi a melhor ideia que tive, mas só o posso fazer quando terminar este ano para poder concentrar-me e terminar no próximo a minha tese!  Fechei os olhos, já era difícil para mim recordar o cheiro da minha mãe, a sua voz doce e o toque do meu pai, tinha tantas saudades que nunca iria conseguir habituar-me a ideia de que nunca os voltarei a ver.. Naquele dia perdi a fé no mundo, sou uma rapariga pratica, que só acredita no que vê e não cria utopias na sua cabeça! Tudo na nossa vida depende unicamente de nós, é nisso que acredito, não existe magia ou contos de fadas, existe a realidade em que vivemos e são as pessoas que ditam as regras...  Não tenho muito amigos, apesar de ser uma boa amiga e estar presente e dar sempre o meu melhor, quanto mesmos pessoas eu me aproximar menos vou sofrer quando as perder, para mim é simples,  aprendi a encarar a vida desta forma e não quero mudar, talvez por isso não queira ter filhos, talvez por isso adie tanto o meu futuro com Rodrigo, mas, não há nada que me consiga mover e acreditar o quanto viver pode ser maravilhoso, e para me dar ainda mais razão, ontem conheci aquele homem, as pessoas são assim, egoístas e são raras aquelas que merecem confiarmos nelas sem motivo.  Entre praia, cama, almoços tardios e sem relógios aproveitei a minha semana ao máximo, faltavam apenas dois dias para terminar e confesso que estava com pena de voltar a minha rotina apressada, mas tinha de ser. Estava sentada a beira mar quando ouvi ruídos barulhentos, música alta e risos fáceis da casa ao lado, o meu descanso tinha acabado..  Levantei-me e subi ate a minha casa, com os chinelos na mão e o livro na outra, de óculos de sol, chapéu de palha e bikini apressei quando vim uma figura na entrada do alpendre na casa ao lado.. Tentei ignorar e fingir que não o vi mas o homem acenou e caminhou até a minha casa, chegamos ao mesmo tempo..    -Olá Sara..  -Olá Gabriel..  -Queria agradecer pela ajuda que me deu..  -Sem problema, se me der licença gostaria de entrar...    Gabriel continuava a minha frente, os meus óculos escondiam os meus olhos e pude olha-lo por completo, algo nele era familiar, era bonito, tinha um ar livre e despreocupado, mas ao mesmo tempo era arrogante como se soubesse que era um dos homens mais giros que devia existir no mundo inteiro.. Prepotente e altivo, mas simples e cuidadoso, era estranho e deixava-me um pouco a nora e sem saber o que pensar...    -Vou dar uma festa queres vir?  -Não, obrigada....   -Ok, peço desculpa por atrapalhar...  -Sem problema... bom fim de semana...  -Moras aqui?????  -Não.. Vim passar uns dias .. venho ca quando preciso de me retirar e …    Não sei porque raio estava  a falar e a contar-lhe a minha vida sem o conhecer, fiquei admirada e surpresa, isto não era nada do que estava habituada, não costumo abrir-me com ninguém, nem com Rodrigo! Gabriel como se lesse os meus problemas sorriu orgulhoso e eu odiei-o naquele momento...  -Não vais continuar??  -Não, aliás não interessa, aproveita os teus amigos que deduzo que o meu descanso tenha terminado, talvez esteja na hora certa de me ir embora.    Gabriel olhou-me altivo, cima a baixo como se analisasse tudo em mim... inspirou fundo, fiquei a espera para ver que ele teria para me dizer, mas deixou-me ali, quieta e sozinha e saiu, como se nada do que acabara de dizer fosse de alguma forma importante e isso irritou-me mais do que devia!  Lanchei tarde e enquanto assistia o lindo por do sol, ouvia os gritos de festa ao lado, imaginei o que estarão a fazer, entre alcool, musica e talvez futuros mergulhos em alta noite... não os invejava, mas não achava que pessoas assim fossem verdadeiras, posso estar enganada, mas dava-me a sensação que esses riquinhos faziam essas festas para no fundo não estarem sozinhos e admitirem que a vida deles não tem qualquer sentido..  Senti-me m*l com os meus próprios pensamentos, estava a julgar os outros sem os conhecer e não fora isso que os meus pais me ensinaram.. Olhei para aquela casa e sozinho sentado nas escadas estava Gabriel... porque raio estava sozinho quando era o anfitrião... logo duas miúdas saíram de bikini e o puxaram. Ao vê-lo ficar apenas de bóxeres o meu coração acelerou e sem querer olhar não conseguia parar do fazer, o som do seu sorriso era magico, e enquanto corria atrás delas senti inveja quando abraçou uma morena de corpo escultural e a beijou... abanei a minha cabeça como se afugentasse aqueles pensamentos e tentei lembrar-me de Rodrigo, o homem que me conquistou a cerca dum ano... sim Rodrigo, era nele que tinha de pensar... apenas nele.... entro em casa e sento-me no sofá, ligo a tv e fico ali a espera que o sono chegue....    São três da manha e o barulho continua, gostava de dormir, mas pelos vistos vai ser impossível, desço quando ouço batidas na minha porta, o que será que se passa.. Tenho um top e uns calções curtos, cabelo despenteado e abro a porta sem pensar propriamente se estou bem para receber visitas. Sabia que só podia ser o meu novo vizinho por isso quando o vi ali parado não foi surpresa nenhuma...    -Desculpa as horas, mas por acaso não tens gelo em casa? O meu acabou e amanha devolvo-te.....  -Estás-me mesmo a acordar por causa da porcaria de gelo?  -Sim as bebidas estão quentes e com este calor é impossível..  -Se calhar parar com a festa e deixares os outros dormir era preferível...  -Costumas ser sempre assim??? Uma antissocial??  -Desculpaaaaa????  -Olha se tiveres gelo agradeço, se não tiveres diz já que não incomodo mais..    Fiquei furiosa, mas virei as costas e fui buscar o gelo, ele sem se quer pedir autorização entrou, fui ao armário para conseguir tirar uma caixa e colocar algum gelo pois podia precisar amanha, estiquei-me para chegar ao topo mas parei quando senti o seu corpo encostado ao meu, Gabriel colocou a caixa em cima da bancada e  roçou o seu rosto no meu, beijou-me o pescoço e eu gemi, devia sentir-me envergonhada mas não, parecendo uma devassa virei-me ficando de frente a ele, senti uma libertação em mim e comecei a despi-lo, as suas mãos percorreram o meu corpo e quando finalmente os seus lábios pararam de beijar o meu pescoço e se aproximaram dos meus lábios ACORDEI...  O meu corpo estava ofegante, quente, estava cheia de sede e precisava de me acalmar, sai imediatamente para a rua com o copo de agua, que raio de sonho tinha sido aquele, conseguia sentir o seu beijo como se alguma vez já tivesse sentido o seu gosto, sentia-me tão nervosa que quando sai para caminha nem me apercebi que estava tudo em silêncio. Assustei-me quando ouvi a sua voz vinda do nada...    -Sem sono??????    Virei-me para o lado sobressaltada, estava escuro e não o tinha visto deitado na areia, engasguei-me, pois, ao vê-lo ali apenas de calções e tronco nu, a minha mente apenas se lembrava do sonho que tivera com o meu vizinho desconhecido, olhe para a sua casa, em silencio e com as luzes apagadas. Não sei porque motivo mas quando se sentou na sua toalha deixando um espaço para mim sentei-me sem resistir...    -Tive um pesadelo e vim caminhar... e a festa acabou??  -Sim... Amanha tenho de me ir embora e não posso distrair muito... de volta a realidade...  -Como te compreendo... Também vou amanha...    Sorrimos os dois e mais uma vez sem saber o motivo de não ficar calada e ao contrário do que costumo fazer, comecei a por conversa...  -E a tua namorada já se foi?  -Namorada????  -Vi-te com aquela...  -AHHHHHH não... não, é só uma amiga...  -humm e todas as tuas amigas te cumprimentam daquela forma??’    Gabriel gargalhou e olhou-me divertido...    -Algumas... porquê, queres ser minha amiga???    Engasguei-me e Gabriel sorriu, estava a meter-se comigo descaradamente e divertia-se ao ver-me atrapalhada, acalmei aquela tosse repentina e apenas lhe respondi depois de sentir-me firme para o fazer.    -Tenho namorado e não tenho por hábito beijar outros dessa forma...    Gabriel acenou a cabeça positivamente, levantou-se e ficou quieto a espera que me levantasse, fiquei a olha-lo um pouco sem saber o que ele queria e sinceramente estava a ficar assustada com o poder que tinha em mim..    -Que achas de te levantar???  -Eu não vou contigo a lado nenhum..  -Eu não te convidei para vir comigo..  -Claro com esse teu jeito de playboy, estás a espera que me levante para quê? Eu não sou desse género de raparigas que tu conheces aviso-te já!!!    -Eu só quero que te levantes de cima da minha toalha para poder ir para a minha cama sozinhooo....    Quando ele disse toalha olhei para baixo, seu estava sentada em cima dela, que vergonha, levantei-me depressa quase caindo e fiquei completamente desacertada, Gabriel riu e abanando a cabeça enquanto se afastava de mim gritava.    -Até uma próxima Sara, foi um verdadeiro prazer.....