Capitulo VII

553 Words
Alguns dias depois, logo pela manhã, Fernando me chama à sua sala. - Pois não, senhor? - digo, abrindo a porta. - Entre, por favor, Melissa. Feche a porta! - Ele indica uma cadeira para que eu me sinta, faço o que solicitado e ele para o que está fazendo para me olhar de forma impassível. - Melissa, ontem saí com uma pessoa e preciso que isso fique em sigilo. O problema é que um fotógrafo da Infoco nos viu, e tenho quase certeza de que isso virá a público, então preciso de você. Quero que impeça isso, ofereça o que for. Essa mulher é uma atriz muito conhecida e terminada um relacionamento recente. Isso não pode vir a público, entendeu? - diz exaltado, atropelando as palavras, sem chance até para respirar. - Sem problemas, senhor. Vou resolver isso! - Afirmo, sentindo meu coração murchar. - Mas, para que eu fique de olho, é só um caso ou tem reais intenções com a moça? - indago, curiosa, tentando conter meu ciúme e, principalmente, não deixando que perceba que isso me chateou. - Por enquanto, basta que saiba que ela é alguém importante para mim. Além disso, já não é da sua conta! Não vou abrir minha vida íntima para uma funcionária - fala, olhando em meus olhos, como a esperar por uma reação minha. - Sim senhor, desculpe. Com licença - digo, me levantando e saindo antes que ele note que me magoou. Porém, antes que eu feche a porta, continua: - E o seu encontro, foi bom? É namorado? - pergunta num tom nervoso. - Bom, senhor, como você mesmo disse há pouco, não creio que a minha vida pessoal seja da sua conta. Tenha um bom dia - respondo, ainda de costas, e saio antes que continue. Chumbo trocado não dói, não é mesmo? Então, por que é que meu coração está tão pequenino em meu peito? Entro em minha sala e ligo para meu amigo Clovis, editor da revista Infoco. - Clovis, como está? É Melissa Navarro - digo, tentando mostrar simpatia. - Melissa, quanto tempo! Estou bem sim, e você? - me indaga, galanteador como sempre foi. - Estou bem, meu querido. Tem planos para o almoço? - pergunto sorrateiramente. - No, Why? - Quer almoçar comigo? - questiono, enquanto coloco a caneta nos lábios, louca para que aceite o convite. - Claro. Um convite seu é impossível recusar, minha linda. Às onze no Deleite? - pergunta num tom quase irônico. Deleite é um restaurante frequentado por nós quando tivemos um caso ano retrasado. - Claro, te encontro lá então - respondo, revirando os olhos, e desligo em seguida. Esse Clovis não muda, deve achar que quero um flashback. É pra acabar mesmo! m*l sabe ele ... Tento continuar meu trabalho, mas me concentrar está se mostrando uma tarefa quase impossível. Não consigo parar de pensar em Fernando com outra. A quem é que estou enganando? Fernando é solteiro lindo, rico e extremamente sexy. Que mulher não cairia de quatro por ele? Sou apenas a funcionária dele, como ele mesmo fez questão de dizer. i****a, egocêntrico! É melhor assim mesmo! Eu não teria estômago para um homem como ele: Louco e bipolar! Uma hora me faz sentir que quer algo, me beijando daquele jeito, e na outra sai com atrizes! Aff! Ridículo, i****a!
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