Capítulo 5 - Problemas

1083 Words
Mesmo que a noite de Antony e Anne tenha sido cheia de prazer, o dia não amanheceu muito bem. Para Antony tudo estava resolvido. Mas para ela não. Anne estava furiosa. O marido não havia confiado nela. A tratou m*l e para piorar, ainda pensou que tudo se resolveria com sexo. Ela pensava que ele era ingrato. Afinal, todos os anos em que se dedicou a ajudar o seu marido e a tocar os negócios que foram de Augustus, mesmo ela não gostando da ideia, foram em vão. Antony não confiava nela. Então ela resolveu fazer as malas e continuar com o plano de ir embora dali com seus filhos. E assim foi feito. m*l havia amanhecido e Anne acordou as crianças para pegarem o primeiro vôo de volta. Quando Antony acordou, havia apenas um bilhete de Anne na cabeceira com um analgésico e um copo de água. Ele tomou o remédio com a água e depois leu o bilhete que dizia. "Em casa resolveremos." Ele tentou ligar para Anne, mas só deu caixa postal. Ela deveria estar no avião ainda. Como não tinha o que fazer quanto ao seu casamento e sua mulher que parecia estar brava, Antony foi resolver seus negócios. Esperto como era, ele manteria Alfonso ali no hotel. O deixaria acreditar que ele era mesmo de confiança. Enquanto isso, ele iria armar bem sua ratoeira. Haviam, pelo menos, dois ratos grandes para cair nela. Só que, primeiro, ele precisa falar com Lucian novamente. Antony desceu até o quarto onde Lucian estava preso. Apesar de Alfonso acreditar que possuía a chave de todos os quartos e dependências do Gran Hotel, isso não era bem verdade. Havia lugares que somente Antony e Anne possuíam as chaves e eles também tinham uma chave considerada chave mestra, para vários lugares do hotel. Apesar de suas ordens para que Lucian recebesse o melhor tratamento, ele pode verificar que não era bem isso que estava acontecendo. O quarto estava sujo e a comida que ainda estava na cômoda, era bem m*l feita. Apesar de tudo, Lucian continuava altivo como sempre. _ Se voltou significa que seguiu o que eu disse. _ Sim. _ Então já sabe que caí em uma armadilha? _ Sim. _ E o que pretende fazer? _ Eu preciso pegar os dois. Mas preciso de sua ajuda pra isso. _ Será um imenso prazer, senhor! _ Sabe algo da minha mulher? _ Desconfia de Anne? _ Eu vi a forma como ele a olhava! _ Isso não importa! O importante é o jeito que ela o olhou. Não deixe o ciúmes te cegar! _ Mas esse homem a deixou cega. Ela não viu que ele estava armando tudo! _ Nem você teria visto se não me conhecesse bem! Pense direito, Antony! _ Eu sou o chefe e você é quem me dá ordens! - Antony caiu na gargalhada. _ Velhos hábitos garoto, velhos hábitos. Agora, falando em pegar os dois. Eu não posso sair daqui ou vão desconfiar. _ E não vai! Apenas quando chegar o momento certo. _ O que está pensando em fazer? Antony não respondeu. Apenas deu um de seus sorrisos. Lucian conhecia Antony muito bem para saber que aquele sorrisinho no rosto dele só poderia significar encrenca. _ Só deixe o meu hotel inteiro, por favor! Antony se levantou, andou até a porta e parou. _ Não prometo nada. E saiu. A escuridão dos corredores do subsolo por onde Antony passava, era bem parecida com o que estava em sua mente. Se era para pegar um safado que queria sua família, ele faria a seu modo. Ao modo do antigo Antony. Mas ele também sabia que Agripa não é nenhum pouco burro. Enquanto Antony estaria se movimentando para proteger os seus e se vingar de Agripa, esse último estaria se movimentando também. Era preciso tempo e muita paciência para pegar esse homem. E isso, Antony sabia muito bem que não tinha e nunca teve. Enquanto estava perdido em seus pensamentos, o celular de Antony tocou. Ele estava disposto a ignorar, mas resolveu pegar. Na tela uma mensagem. "Charles está morto." Antony deu um soco com tanta força na parede que sua mão sangrou. Mas ele não se importou com isso. Estava acostumado ao sangue e a dor. Sua cabeça estava em Charles. Agripa estava mais à frente do que Antony pensava. Isso não era bom. Não era nada bom. Antony se lembrou de Anne e das crianças voltando para casa num avião comercial comum. Ele saiu correndo feito um louco. O telefone nas mãos. Discava o número de Anne direto, mas caía sempre na caixa postal. Ele não percebeu que já havia chegado ao saguão do prédio do hotel. Seu nervosismo logo foi percebido pelo gerente. _ Senhor está tudo bem? _ Não, não está! Eu preciso de algumas coisas. - Antony tentou disfarçar. _ Posso ajudar em algo? _ Não. Não é nada relacionado ao hotel. Fique tranquilo. _ Mas eu posso ajudar em outros assuntos, caso seja da sua vontade! Foi aí que, em meio ao caos que estava sua mente, que Antony teve uma ideia. _ Na verdade, você pode me ajudar sim! Venha comigo, Alfonso. Antony seguiu andando até uma sala privativa. Essa sala mais parecia com um escritório. Cheia de livros. Uma mesa em madeira toda entalhada e duas confortáveis poltronas à frente. Antony se sentou em uma das poltronas e indicou a outra para Alfonso. Apesar de estranhar estar ali, o homem se sentou e aguardou que Antony falasse. _ Aqui eu trato de negócios com um pouco mais de privacidade. _ Entendo, senhor! _ Alfonso eu preciso sim da sua ajuda. Eu preciso que verifique para mim todos os nossos hóspedes especiais que, por acaso, estejam aqui nesse hotel. _ Senhor! Farei isso imediatamente! Procura algum em especial? _ Não! Eu só preciso saber quantos deles estão aqui e quais são. Tenho um negócio para eles e uma oferta irresistível! Alfonso saiu. Apesar do pedido do chefe ser um tanto quanto, digamos, inesperado, Alfonso não se preocupou. Antony poderia ser tudo menos burro para atacar Agripa com apenas alguns homens da máfia. É certo que ele possui alguns soldados em Paris, mas são poucos comparados ao exército de Agripa. Além disso, dos assassinos especiais que estavam no hotel, nenhum teria capacidade para chegar nem perto de Agripa. Ele seguiu pelo corredor até a frente para pegar o que Antony pediu. Certo de que não haveria nenhum problema para seu verdadeiro chefe.
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