Capítulo 12 - O plano

952 Words
Marcelo Ferraz desembarcou no aeroporto principal algumas horas depois. Rapidamente ele se dirigiu ao hotel. Porém, ele foi seguido por dois homens. Ao perceber isso, Marcelo levou o carro que havia alugado até o centro de Paris. Numa de suas ruas mais movimentadas. Enquanto rodava calmamente para não alarmar os seus perseguidores, Marcelo mandou uma mensagem a Antony, solicitando outro carro. Antony percebeu que seu pai poderia estar sendo seguido, então resolveu mandar outros três carros exatamente iguais ao que seu pai costumava usar. Se ele estivesse certo, isso irá causar uma distração e fazer com que os homens que está seguindo fiquem perdidos. Depois de rastrear o número de seu pai, seus seguranças saíram em direção ao centro de Paris. Cada um em um carro, para que os homens não percebam a diferença. Quando Marcelo chegou ao Arco da Esperança, um dos monumentos mais icônicos de Paris, os seguranças de Antony chegaram ao seu lado. Assim que Marcelo viu os carros, ele sorriu. Perceber o plano do filho foi fácil. Agora era só despistar esses homens. Os quatro carros começaram a girar na rotatória, sempre trocando de pista. Até que, um por um, saíram em direção oposta ao outro. Marcelo, é claro, não virou na rua que dava sentido até o hotel. Muito pelo contrário, ele foi na direção oposta. Um segurança que virou na direção do hotel foi seguido. Mas a melhor parte foi ver a cara de frustração dos dois homens ao saírem do carro e se depararem com um homem completamente desconhecido, descendo daquele carro. Marcelo parou em frente a uma concessionária. Lá ele comprou um carro completamente diferente ao seu estilo, porém muito veloz. E seguiu para o hotel. Quando ele chegou, os tais homens não estavam por perto. Mas nunca era demais esperar e observar. Ele colocou um boné e trocou sua roupa, terno e gravata, por outra mais casual. Um dos funcionários do hotel veio abrir a porta para ele, situação habitual ali. Nem mesmo o funcionário do hotel percebeu quem estava ali. Então ele estaria seguro. Marcelo entrou no hotel e foi direto para a porta dos fundos, onde dois seguranças de Antony o aguardavam. Eles o levaram até a sala onde seu filho estava reunido com os três juízes, Diego e Anne. _ Pai! _ Calma, garoto! Estou bem. Aliás, obrigado pelo plano que elaborou. Ajudou bastante. Mas eu acredito que os tais homens estejam lá fora, então não é seguro sair daqui nesse momento. Antony então decidiu contar tudo ao pai. Contou tudo mesmo. Inclusive sobre suas suspeitas de que Anne estivesse envolvida com Alfonso. Nessa parte, Anne fez uma cara brava para Antony que o fez até mesmo recuar de perto dela. Assim que ele terminou, seu pai pareceu pensar por um instante e depois sorriu. _ Do que está rindo, meu pai? - Antony lhe perguntou achando estranho aquela reação. Assim que ouviu a pergunta do filho, Marcelo caiu na gargalhada. O que estava em sua mente era tão óbvio que não é possível que ninguém tenha visto. Quando ele se recompôs, era hora de falar. _ Quem está por trás de tudo é Alfonso! _ Não, pai. Ele é muito e******o e meio lento pra isso. Chegava a ser patético ver ele tentar me espionar. _ É por isso que só pode ser ele. É claro que, se Agripa não estiver mentindo porque aquele homem é uma raposa astuta e asquerosa. _ O que seu pai diz faz sentido, Antony! - Um dos juízes se pronunciou. - Eu estava seguindo Agripa. O outro Juiz seguia pistas sobre Alfonso. Ele está morto. Ou Agripa é burro demais para brincar conosco e enfrentar uma família cujo poder é extremamente maior que o dele, ou é o maluco mais inteligente que existe. _ O que vou pedir aos senhores é muito sério e preciso de sigilo absoluto. - Marcelo continuou. _ Precisamos reportar tudo ao Conselho!- Os juízes responderam em uníssono. _ Eu sei. O que estou pedindo é que apenas atrasem o relatório, um pouco. Antony, mais alguém sabe que me chamou? _ Não, ninguém fora dessa sala! _ Ótimo! E nem devem saber! Isso que me contou a respeito de Vasquez é muito sério. Precisamos saber se existe uma cobra no nosso ninho. E, se existir, os outros membros do Conselho correm grande perigo. Pelo menos até sabermos se é Agripa ou Alfonso que está por trás de tudo isso. _ Meu pai tem razão, senhores! Pensem! Se for Agripa, ele está infiltrado dentro do Conselho, tudo que reportar ele saberá. Se for Alfonso também. - Antony interferiu. Os juízes pareciam pensar por um instante. Depois, eles se olharam e decidiram, com acenos de cabeça entre eles, concordar com o plano maluco de Marcelo Ferraz. Afinal, eles deviam tudo aos Ferraz. E só teriam e manteriam seu poder se por acaso essa família continuasse no comando. Outra talvez retire deles esse poder que possuem. Por puro interesse próprio, não enviaram nenhum relatório. Eles decidiram que iria espionar e investigar tanto Agripa quanto Alfonso. E que qualquer coisa que descobrirem, será imediatamente enviada por mensagem para Antony. Assim, se um deles morrer, saberão quem foi que matou. Diego também faria sua própria investigação. Ele estava achando muito estranho que os homens de Charles estivessem tão quietos após a morte de seu chefe. Era necessário que alguém investigasse. Já Anne, ficaria com Antony e Marcelo no hotel. Marcelo lhes revelou uma passagem secreta que dava dentro de um dos quartos privativos do hotel. Assim que os outros saíram pela passagem, Antony, Anne e Marcelo seguiram por ela também. Anne precisava descansar, estava se sentindo esgotada e Antony e Marcelo precisavam se alimentar.
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