Capítulo 15 - Mais um aliado

1417 Words
Enquanto Antony traçava seus planos, Agripa também tinha os seus. Um de seus homens também estava verificando e colhendo informações para que ele pudesse atacar a família Ferraz. É que ele acreditava que seu navio com a sua mercadoria havia sido roubada pelos Ferraz. Como era uma regra imperdoável dentro das leis dos mafiosos, Agripa achou justo e por bem, pegar um dos bens mais preciosos de Antony Ferraz. Sua esposa Anne. Foi Agripa quem mandou atacar Anne no seu voo. Alfonso lhe deu a informação que ele precisava de que a esposa Ferraz estaria viajando sozinha com as crianças em um voo comercial. Nesse caso, ele optou por implantar dois homens nesse voo e pegar Anne para ele. O que disseram a Antony sobre Agripa querer Anne para ele, desde que ela era mulher de Augustus, era verdade. Ele a conheceu pessoalmente. No dia do leilão. Ele também estava naquela casa onde Augustus arrematou Anne para ele. Na verdade, a casa era de Agripa. Diferente do grupo Ferraz que trabalhava apenas com tráfico internacional de drogas e assassinatos profissionais, Agripa traficava de tudo. Desde drogas e mercadorias estrangeiras, a mulheres e crianças. Ele era um homem sem escrúpulos. Gordo e muito alto, fazia o tipo de quem acha que pode tudo. Dizem que os olhos de Agripa eram tão escuros quanto a sua alma. E isso deveria ser verdade. Apesar de não ter os melhores assassinos, Agripa possuía muitos homens espalhados pelo mundo. Prontos para seduzir e enganar mulheres bonitas. Ou mulheres prontas para pegar crianças que estavam distantes de seus pais. As pessoas mais velhas desse mundo n***o, costumam dizer que Agripa era extremamente rico. E ele era. Se fosse declarar sua fortuna, Bill Gates estaria pedindo esmola, perto da grana que Agripa possui. Para ele, era comum realizar eventos e shows particulares onde ele vendia de tudo. Tudo mesmo. Inclusive mulheres, crianças e até mesmo órgãos. Foi numa noite dessas que ele viu Anne pela primeira vez. Desde esse dia, ele a quis. Porém ela já havia sido leiloada e Augustus lhe era de grande valia no mercado de mulheres. Além do mais, a esposa de Agripa estava grávida na época. Ele não gostava dela, aliás ele não se importaria de matar ela para por outra como Anne Livy no lugar. Mas ele jamais faria m*l a um herdeiro seu. Quando seus homens o informaram a respeito do seu navio, Agripa viu a oportunidade perfeita para reaver aquilo que ele ainda sonhava. E ele iria conseguir. O navio está no porto de Antony Ferraz. Então o acordo foi violado. É que, mesmo havendo guerras e muitos assassinatos cometidos entre uma máfia e outra, existe um acordo entre todas elas. Esse acordo trata exatamente de uma não mexer naquilo que é da outra, ou por punição, perderá aquilo que lhe for mais valioso. Agripa sabia que Antony amava sua esposa. Então, para ele, ela era seu bem mais valioso. Quando Antony lhe telefonou novamente com as instruções de onde eles se encontrariam, ele viu uma nova oportunidade de conseguir o que ele tanto quer. Já que o sequestro de Anne no avião deu errado. Agripa não demorou. Queria chegar cedo ao ponto de encontro. Seria no píer da família Ferraz, onde seu navio estava. Exatamente às duas horas da tarde. Assim que Agripa chegou, Antony já estava lá. _ Que bom! Então além de ladrão é pontual! - Agripa soltou seu sarcasmo. _ Se o senhor insistir em usar esse tipo de termo para se referir a mim, então não haverá acordo! - Antony foi curto e grosso. _ Ótimo! Eu não estou interessado no mesmo. Nesse caso, vamos ao que interessa. Você tem o que é meu e eu quero algo tão valioso quanto. O sorriso sarcástico de Agripa fez o sangue de Antony ferver. Mas ele precisava botar essa raposa astuta em seu devido lugar. Então, era necessário agir com calma. _ Não! Eu não tenho o que é seu. _ Acha que eu sou burro? Estou vendo o meu navio! _ Eu sei. Seu navio veio até aqui pelas mãos desse homem. Um dos seguranças de Antony apareceu com um homem amarrado por cordas nas mãos e nos pés e o jogou no chão. _ Ele é o comandante! - Agripa falou. _ Eu sei. Ele é seu homem, não é? _ Sim. Mas eu não mandei ele trazer esse navio para cá. _ Será que não? Você quer me acusar de roubar o seu navio quando seu próprio homem o trouxe até aqui! Ainda bem que eu chamei testemunhas para verem por seus próprios olhos que eu, Antony Ferraz, não roubei nada. E jamais roubaria nada. Nessa hora, quatro homens desceram de um carro preto que estava parado mais para o lado de onde Antony e Agripa estavam. Para garantir que as regras entre os mafiosos sejam devidamente cumpridas, eles elegeram quatro representantes para que estes mantenham a ordem. E eram exatamente esses homens que Antony chamou, com a ajuda de seu pai. _ Quem mandou você trazer esse navio até aqui? Diga seu vendido! - Agripa gritou para o seu homem. _ Charles e Alfonso! Eles me pagaram uma boa grana para botar o senhor e o Ferraz um contra o outro. Depois que se matassem, eles assumiriam o comando das duas famílias. - O homem respondeu rindo. Nessa hora, Agripa sacou sua arma e deu um tiro no tal homem. _ Alfonso traiu a nós dois. E Charles me traiu. Está na hora de pôr um fim nesses dois. Posso contar com o seu apoio? - Antony lhe perguntou. _ Eu quero a cabeça de Alfonso numa bandeja! - Agripa gritou. _ Então vamos nos aliar? Juntos, não teremos ninguém contra nós. Pelo menos, para deter esses dois. _ Eu aceito. Mas com uma condição! _ E o que seria? - Antony ficou esperando que algo de r**m viesse daquele homem. _ Quero que essa aliança perdure com um casamento! Ou seja, vamos unir nossas famílias. Eu sei que tem uma filha, eu tenho um filho. Faremos uma aliança onde estaremos unidos pelos laços de família. _ Isso não! Meus filhos somente se casarão por amor. - Antony lhe respondeu. _ Você sabe muito bem que em nosso mundo isso não é permitido. Além do mais, meu filho e uma aliança comigo, serão excelentes negócios! Antony sabia que era assim. Nesse mundo, os pais escolhiam com quem seus filhos se casariam. Ele teve sorte, pois já estava apaixonado por Anne. Então não foi nenhum sacrifício para casar com ela. Mas, aos seus filhos, ele não iria impor essa lei absurda. Mas, como ter a aliança desse homem sem concordar em unir seus negócios aos dele? Isso também não era algo que Antony queria, afinal, os negócios negros de Agripa não interessavam a família Ferraz. Foi aí que Antony teve uma excelente ideia. Agripa é orgulhoso, mas não é burro. _ Não! Eu não tenho interesse em fazer negócios com o senhor. Aliás, a família Ferraz está devolvendo o seu navio com sua mercadoria intacta. Como pode ver o senhor mesmo. Agora, se nos der licença, temos negócios mais urgentes para resolver. _ Você n**a se unir a mim e ao que eu tenho? Com que direito faz isso? _ Eu não tenho interesse em fazer negócios com o senhor! Apenas isso. Quanto a Charles e Alfonso, a família Ferraz tem gente o suficiente para trazer os dois à justiça. Portanto, eu apenas lhe ofereci uma vingança em um prato cheio. Mas se preferir desperdiçar com questões singelas, eu não tenho interesse em continuar. Obrigado por vir! _ Você vai atrás dos dois sozinho? _ Não! Deixarei eles como estão. Já sei como trabalham e tudo o que podem fazer. Como agem. Entre outras coisas. Eles não possuem capacidade para atacar a minha família e não me oferecem tanto risco assim. Eu somente iria atrás deles se o senhor tivesse interesse nisso. Mas a nossa aliança termina aí. Agripa pensou. Ele não conseguiria atacar Alfonso. E ele não podia deixar que tudo ficasse por isso mesmo. Esse homem o ofendeu profundamente. _ Eu aceito. Eu aceito ir atrás dos dois. Terá quantos dos meus o senhor Ferraz precisar. Agripa não é burro. Para Antony, os dois não iriam oferecer perigo algum. Mas, para ele, a situação seria inversa. Alfonso conhecia muito bem suas fraquezas. Se ele viesse atrás de Agripa, com certeza poderia ganhar. _ Será um prazer, senhor Agripa!
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