Henry se ocupa com a tarefa de fazer com que a fita funcione e eu tomo tempo para respirar fundo e organizar a bagunça em minha cabeça. Gigantes peças de lego estão sendo encaixadas em meu interior e as lembranças dançam à frente dos meus olhos, me incitando a mergulhar sobre elas e preencher todos os buracos que ainda permanecem em meu cérebro. — Pronto! — Henry aproxima o gravador de nossas orelhas. — Olá Abigail — a voz melodiosa chama a minha atenção. — Sou o doutor Peter Conway. — Eu não sabia que o nome dele era Peter... — Henry sussurra. — Como você se sente? — Peter pergunta. — Bem e o senhor? — uma voz esganiçada responde. — Muito bem. Sente-se, por favor. — Agora você fala. — Henry sussurra novamente. Afasto o rosto só para poder ver a sua expressão. — Essa não é minha