CAPÍTULO 2

2171 Words
Charles Ricci Estou em frente ao Palácio Smith Duncan, o hotel do Steven Smith, o nome faz jus ao local, pois realmente parece um palácio real, subo as escadas que na entrada, e entro no Hall do hotel, é realmente impressionante a beleza desse lugar, os lustres espalhados pelo teto são enormes, seguido de pilastras gigantes vão fazem caminho junto a um tapete vermelho a recepção, ao lado tem um piano com pianista tocando uma música suave para trazer um ar de leveza ao lugar, um espetáculo, o senhor Smith com certeza tem muito bom gosto em decoração e música. Estou parado observando cada detalhe de sua estrutura, quando vejo o Steven Smith descendo a escada que fica atrás da recepção do hotel, ele é um senhor de aproximadamente sessenta anos e cinco anos, quando os seus olhos se cruzam com o meu, um sorriso amigável se abre nos seus lábios. Faz tempo que não o vejo, mesmo sendo grande amigo da família. — Boa tarde, Charles que surpresa vê-lo aqui. — ele estende a mão para mim e eu aperto. — Boa tarde Sr. Smith, vim conversar com o senhor. Ele acena. — Claro, vamos ao meu escritório. Aceno. Passo com ele por um grande corredor, e vou observando os quadros antigos na parede, todos são de artistas famosos, com certeza cada quadro deve vale milhões de dólares. O senhor Smith sem dúvida tem um gosto bem elevado para arquitetura. Quando entramos no seu escritório ele aponta a poltrona em frente a sua mesa, faço confirme solicitado. — Quer beber alguma coisa? — pergunta. — Uísque, por favor. — Boa escolha. — sorri. Eu apenas aceno com cabeça. — Agora me diga o que veio fazer no meu Hotel? — pergunta curioso, após nos servir. — Quero comprá-lo. — vou direto ao assunto. Ele me olha surpreso e depois respira fundo. — Já está sabendo do que aconteceu. — ele não está me fazendo uma pergunta e sim uma afirmação. — Isso não vem ao caso senhor Smith, só quero fazer uma proposta e não conversar sobre o ocorrido. Sou objetivo, pois não quero me meter em um assunto que não é meu. — pensei. Ele sorri de lado. — Conheço você desde garoto, sempre soube que seria um homem implacável nos negócios, pois sempre foi objetivo em tudo que tinha a dizer, não faz rodeios e não se mete em problemas que não lhe diz respeito, mas sabe algo que eu nunca esperei? — ele pergunta. — O que? — pergunto por educação, pois, na verdade, não gostaria de saber. — Que você estaria na minha frente querendo comprar o meu único patrimônio. Aceno. — Às vezes acontecem coisas nas nossas vidas que não estamos esperando senhor Smith, mas temos que ser forte para lidar com elas. Estou aqui trazendo uma proposta irrecusável ao senhor, ao qual vou te livrar de grandes problemas, antes que eles comecem, pois sabemos bem que eles estão próximos. Ele não fala nada, mas se levanta a vai até a janela do escritório, o seu olhar parece se perder enquanto ele olha para o céu. — Charles esse hotel é tudo que tenho, sabe que a minha família era sócia a meio século dos Duncan. Jamais esperei que levasse um golpe de quem eu tanto confiava. — ele suspira. Sinto a dor nas suas palavras, mas invés de ficar quieto quando vejo às palavras já saíram da minha boca. — Devia ter ficado a tento as conta senhor Smith, um desfalque daquele tamanho com certeza seria percebido com facilidade. Ele acena e me olha. — Entendo o seu modo de pensar, e você está certo, eu errei nessa parte, mas ele era o meu amigo, você nunca confiou em alguém cegamente e depois se arrependeu? — pergunta. Fico quieto, mas respondo nos meus pensamentos para mim mesmo, sim, já confiei, e por isso mesmo que sei que temos que ficar atento até aos mínimos detalhes. — Eu sei que deveria ter percebido, mas não fiz. — consigo ver através dos seus olhos a culpa que ele sente por não ter prestado atenção no que estava bem em baixo do seu nariz. — Só que não posso vender esse hotel, ele é herança da minha filha. Começo a não gostar do rumo dessa conversa, mas preciso ser claro com ele, pois se tem uma coisa que temos que ser no momento em que ele esta passando, é realista, por mais que doa essa sempre será a melhor opção. — Sinto em dizer senhor Smith, mas sua filha em breve não terá o que administrar, o senhor mesmo sabe que os custo para continuar mantendo o hotel aberto é altíssimo, não estamos falando de uma única rede, mas de várias, e tem plena noção que com o tempo terá que começar a fechar, porta por porta, serão vários funcionários exigindo os seus direitos, fornecedores cobrando, e o senhor precisara ficar arrumando desculpas a todos eles, estou tirando esse peso das suas costas, pois as empresas Ricci tem poder financeiro para manter a suas portas abertas, e você vai sair ganhando uma quantia considerável, pois sabe que no estado em que se encontra dificilmente alguém vai querer pagar o justo pelo seu hotel. Ele fica pensativo e isso é bom, então resolvo continuar a persuadir. — A empresa Ricci se compromete a continuar mantendo as portas abertas, o seu nome continuara na fachada do hotel, mas o nome Duncan será retirado, a única coisa em questão é que todos vão saber que agora o lugar é administrado pelas empresas Ricci. Iremos pagar uma quantia razoável ao senhor uma que vai garantir a sua aposentadoria. Ele acena com a cabeça em negativo. — Você não entende Charles, eu amo esse hotel e... — O que entendo senhor Smith é que o amor que você tem por esse hotel, não vai te livrar das dívidas, coisa que nesse momento é o mais importante. — sou direto. Ele engole em seco as minhas palavras, por mais que sejam p************s, ele sabe que eu tenho razão. — Talvez você esteja certo. — ele fala, mas percebo que volta a ficar pensativo, nesse momento vejo que ele não vai tomar nenhuma decisão, então decido ir embora. — Eu me retirar, mas estou com uma ótima oferta — levanto e tiro da minha maleta um documento e coloco sobre a mesa. — Peço pense sobre o assunto, sabe que a situação pode se complicar, estou dando a solução mais fácil, não seria inteligente da sua parte recusar. Peço que pense a respeito. Ele suspira. — Eu vou pensar na sua proposta Charles. — Tenho certeza que vamos fechar negócios. — falei confiante. Ele sorri abre um leve sorriso, mas que não chega aos meus olhos. — Tudo bem Charles, peço que mande um abraço aos seus pais por mim. — Considere feito. Saio do hotel com a certeza de que aquele lugar já é meu, pois sei como funcionam as coisas em nossos meio, todos somos como leões esperando alguém que possa tragar, e nesse momento o senhor Smith se tornou presa fácil de todos nós. Se não for eu a comprar, será outra pessoa, porém a proposta que ofereci ninguém ira cobrir. Tempos depois... Eu sabia que a situação se complicaria, estou na casa dos meus pais, e eles foi ao hospital conversar com o senhor Smith que sofreu um enfarto ontem, não torci para isso, mas imagino como um homem pode ficar louco quando as dividas batem a sua porta, e não tem condições de pagar. A queda dos hotéis aconteceu rapidamente a ponto de somente um local ficar com as portas abertas. Até porque foi descubertos que os Hotéis Smith já andavam devendo impostos e só agora o senhor Steven ficou sabendo. Triste a situação em que ele chegou, mas eu avisei que aconteceria. Se tem uma coisa que aprendi a fazer no meio dos negócios é prever as desgraças antes que aconteça, pena que o senhor Smith não apreendeu a fazer isso. E agora está pagando um preço muito alto. — Charles que bom que esta aqui. — minha mãe fala quando me encontra no seu apartamento. Linda Ricci a mulher mais forte que conheço no mundo. Ela está ao lado do meu pai Albert Ricci. — Oi mãe, vim para ver a senhora e a empregada me avisou sobre ocorrido. Ela acena tristemente. — Como ele esta? — pergunto. — Graças a universo foi somente um princípio de enfarto, mas mesmo assim o deixou bem enfraquecido. — Achei que tinha sido um enfarto. Ela acena em negativo. — Passou muito perto filho, porém ele está bem. — Vocês conseguiram ver ele? — Sim, ele está arrasado, oferecemos ajuda a ele, mas Stevan sempre foi difícil, em aceitar qualquer coisa de graça, pois nunca gostou de dever favores a ninguém. — ela fala arrasada. — Amor, vai deitar um pouco, sei que está cansada. — o meu pai fala, mas percebo que me olhar de uma forma diferente. — Tudo bem querido, preciso realmente tirar esse cheiro de hospital do meu corpo. Te amo filho, e fico feliz em ver você aqui. — ela me abraça. Beijo o topo da sua cabeça. — Bom descanso mãe. Quando ela se retira o meu pai respira fundo. — Vamos ao meu escritório. Aceno e o sigo, quando entramos ele diz, — Steven pediu para ver você. — Já imagino o que seja. — falo porque já sabia que isso aconteceria. — Charles, o sabe que Stevan é meu amigo e não quero que você se aproveite da situação dele para... — Pai são apenas negócios, não é errado querer comprar o hotel se ele quiser vender. — dou de ombros. — Você foi primeiro propor isso a ele, poderia ter oferecido ajuda, como a sua mãe e eu fizemos assim que aconteceu e agora novamente. — percebo que está irritado, porém, não vejo motivo para isso. Franzo o meu cenho. — O senhor me ensinou, a saber, ver uma boa oportunidade. Eu sou um homem de negócios pai, vi um grande investimento a nossa frente e fiz uma proposta, não é errado fazer isso, por mais que você seja amigo dele. Ele respira pesadamente sabendo que eu tenho razão, ele nos criou para sermos implacável, e sabe que eu não agiria diferente. — Eu entendo. Só que de qualquer forma quero que pense como vai fazer ás coisas, cuidado com a forma que vai falar com ele nesse momento, eu conheço você muito bem e sei o quanto é duro e direto nas palavras, mas lembre-se Steven não precisa de mais pessoas jogando terra em cima dele. — Okay. Saio da casa dos meus pais direto para o hospital, no momento em que entro no quarto do senhor Smith vejo que está de cabeça baixa. — Senhor Smith? — o chamo. Ele mexe a cabeça lentamente para me olhar, percebo que parece cansado. — Oi Charles. — Sinto muito pelo o ocorrido. — sendo sincero, pois jamais desejei isso. Ele respira. — Obrigado meu rapaz, mas acredito que já sabíamos que isso aconteceria. Fico quieto, pois se falar alguma coisa, não vou conseguir discordar dele, então nesse momento o silêncio é a resposta mais adequada. — Eu vou vender o meu hotel para você, imagino que a proposta ainda esteja de pé, mas com um valor menor, já que não tenho mais aquela quantidades propriedades. — as suas palavras vêm carregadas de tristeza e culpa. Sinto um desconforto o vendo desse jeito, mas me mantenho firme, pois não posso fraquejar quando negócios estão envolvidos. — Sim a proposta está de pé, mas vou manter o valor que encaminhei ao senhor. Vejo o quanto parece surpreso. — Por quê? Sabe que o meu hotel não vale mais aquele dinheiro, ele está falido. — declara derrotado. — Porque eu quero. — respondo seco, poderia dizer que estou fazendo isso pela amizade que ele tem com os meus pais, mas estaria mentindo, a verdade, é que eu nem sei o porquê estou decidindo manter um valor tão alto por uma propriedade falida. Ele sorri. — Sempre poucas palavras. — declara. Aceno com a cabeça concordando. — Pode preparar a documentação, assim que eu receber alta espero você no hotel para fecharmos negócios, pois agora sei que não tenho para onde correr. Coloco a mão no bolso da minha calça, estou me setindo aflito por vê-lo assim, então decido encerrar o assunto. — Perfeito senhor Smith, desejo uma ótima recuperação. — falo sendo sincero. — Obrigado meu rapaz. Saio do hospital com o meu coração apertado, é como se não fosse certo fazer isso, mas ignoro a sensação porque isso são negócios, se não for eu a comprar será outra pessoa, e nesse caso, a família Ricci com certeza é a melhor opção, já que o restante dos outros empresários vão oferecer migalhas que m*l vai sustentar o senhor Smith por um ano. Continua...
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