Prólogo - Situação Difícil

943 Words
Lisboa, Portugal Narrado por Beatriz — Muito bem Beatriz, — o professor Artur bate palmas com imensa vontade — cada dia que passa, tocas melhor. Eu sorrio um pouco envergonhada com todo aquele entusiasmo dele. Além de eu e o professor Artur, estão aqui mais duas professoras e mais um professor. Todos eles batem palmas, de pé. Sinto-me como se tivesse acabado de tocar para uma imensa plateia, embora aqui na sala sejamos apenas 5 pessoas. — Obrigada, muito obrigada a todos. Me despeço e saio com o meu violoncelo nas costas. Saio da aula de música com um sorriso enorme, orgulhosa de mim mesma. Não tem sido nada fácil este caminho para o meu sonho, mas lá chegarei, com calma e persistência, como sempre fiz. Já é de noite e o ar fresco da noite bate no meu rosto, me fazendo sentir muito bem. Saio então da Arts2science, a escola onde tenho aulas particulares de violoncelo. Desço a rua em passo apressado para conseguir ainda apanhar o autocarro das 21h05 da noite. Olho para o relógio e estou mesmo em cima da hora. Vejo o autocarro a vir e eu começo a correr, mas correr com um enorme violoncelo nas costas é um pouco complicado. E quando estou mesmo a chegar à paragem, o autocarro nem pára, como não tinha ninguém lá ele continuou, sem sequer se importar que eu ia a correr. — Merda, desgraçado, fingiu que nem me viu. — falo irritada com aquele o****o do motorista. Tiro o violoncelo das costas e sento-me na paragem à espera que venha outro autocarro, a esta hora agora só deve passar outro daqui a 20 minutos. Mas que pouca sorte. Olho ao redor, não gosto nada de vir para esta paragem, é muito deserta, raramente passa alguém e na parte de trás tem um beco escuro, que me dá medo. Tenho a sensação de estar a ser observada, mas não vejo ninguém, além de uns carros aqui e ali, mas parecem estar todos sem ninguém. Tento pensar em outra coisa mas a minha mente está povoada de situações terríveis. E se alguém me matar aqui? Ou me fizer mäl? Ninguém vai dar por nada. — Deixa de pensar bosta, Beatriz, por favor. Estou ali há mais ou menos 5 minutos, quando a minha mente começa a sossegar, mas logo a seguir, vejo quatro rapazes a virem na minha direção. O meu coração começa a bater descompassado. Agarro no meu violoncelo, como se a minha vida dependesse dele, os garotos continuam a se aproximar e a segredar entre si. Começo a olhar para os lados, a ver se consigo ver alguém, mas não se vê viva alma nesta merda de rua. Rapidamente eles chegam perto de mim e me rodeiam. — Oi gatinha, que fazes aqui sozinha? — diz um deles a olhar para mim com uma cara de tarado. — Estou à espera do autocarro. — falo o óbvio não é? — E o que é isto aqui? — pergunta a tocar na capa do meu violoncelo. — O meu violoncelo. — respondo a chegar o meu bebé para mais perto de mim. — És bonita. — fala mexendo no meu cabelo. Mas estes garotos abusados não sabem ter as mãos quietas? Eu me afasto um pouco dele, mas ele me puxa pelo braço. — Olha aqui sua p**a, quando eu te toco tu não te afasta de mim, ouviste? — Larga-me, estás a magoar-me! — peço apavorada. Eles agarram em mim e mandam o meu violoncelo ao chão. — Não, por favor, não partam o meu violoncelo. — Isto? — ele pergunta o agarrando do chão. — Sim, por favor, isso é muito caro. Ele pega no violoncelo e o atira ao chão com tanta força, que eu sinto o meu bebé se partir todo. — NÃOOOOO! — grito desesperada. — Que pena, sou mesmo muito desastrado. Os 4 desgraçados riem a bom rir na minha cara, me seguram logo de seguida e me levam para o beco. Eu esperneio e tento gritar, mas eles tapam-me a boca. Tento me soltar deles, mas não consigo, eles são fortes e são quatro. Enquanto um deles fica na entrada do beco a ver se ninguém passa, os outros três passam as mãos nojentas deles no meu corpo, nem consigo perceber de quem são as mãos, que me tocam nos meus s***s, nas minhas pernas e sinto uma mão a chegar perto da minha i********e. — Que gostosa, vou adorar enfiar o meu p*u todo dentro de ti. — ele diz visivelmente e******o. — Anda sua v***a, vais satisfazer nós os três ao mesmo tempo. — Hei, — ele grita lá da entrada do beco — satisfazer os três não, eu também quero. — Não te preocupes irmão, ela dá para os quatro e para mais do que uma rodada. Eles riem alto e um deles começa a beijar a minha boca. Que nojo. Sinto outro a lamber os meus s***s e ainda o outro a colocar o dedo na minha i********e. — Caralhö, vou gozär muito dentro dessa v***a gostosa — Anda, coloca-te de quatro no chão e começa a mamar. — Por favor, larguem-me, por favor. — imploro a eles e choro feito uma criança. Não consigo me debater, eles me prendem com força. Ouço um barulho na entrada e vejo o garoto que ficou na entrada do beco de vigia, a cair no chão todo torto. Os outros três me largam de imediato e eu me levanto de um pulo, abaixo a minha camisola e me encolho num canto. E o que vejo de seguida, me deixa sem palavras e abismada.
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