Lisboa, Portugal
Narrado por Beatriz
— Muito bem Beatriz, — o professor Artur bate palmas com imensa vontade — cada dia que passa, tocas melhor.
Eu sorrio um pouco envergonhada com todo aquele entusiasmo dele.
Além de eu e o professor Artur, estão aqui mais duas professoras e mais um professor.
Todos eles batem palmas, de pé.
Sinto-me como se tivesse acabado de tocar para uma imensa plateia, embora aqui na sala sejamos apenas 5 pessoas.
— Obrigada, muito obrigada a todos.
Me despeço e saio com o meu violoncelo nas costas.
Saio da aula de música com um sorriso enorme, orgulhosa de mim mesma.
Não tem sido nada fácil este caminho para o meu sonho, mas lá chegarei, com calma e persistência, como sempre fiz.
Já é de noite e o ar fresco da noite bate no meu rosto, me fazendo sentir muito bem.
Saio então da Arts2science, a escola onde tenho aulas particulares de violoncelo.
Desço a rua em passo apressado para conseguir ainda apanhar o autocarro das 21h05 da noite.
Olho para o relógio e estou mesmo em cima da hora.
Vejo o autocarro a vir e eu começo a correr, mas correr com um enorme violoncelo nas costas é um pouco complicado.
E quando estou mesmo a chegar à paragem, o autocarro nem pára, como não tinha ninguém lá ele continuou, sem sequer se importar que eu ia a correr.
— Merda, desgraçado, fingiu que nem me viu. — falo irritada com aquele o****o do motorista.
Tiro o violoncelo das costas e sento-me na paragem à espera que venha outro autocarro, a esta hora agora só deve passar outro daqui a 20 minutos.
Mas que pouca sorte.
Olho ao redor, não gosto nada de vir para esta paragem, é muito deserta, raramente passa alguém e na parte de trás tem um beco escuro, que me dá medo.
Tenho a sensação de estar a ser observada, mas não vejo ninguém, além de uns carros aqui e ali, mas parecem estar todos sem ninguém.
Tento pensar em outra coisa mas a minha mente está povoada de situações terríveis.
E se alguém me matar aqui? Ou me fizer mäl? Ninguém vai dar por nada.
— Deixa de pensar bosta, Beatriz, por favor.
Estou ali há mais ou menos 5 minutos, quando a minha mente começa a sossegar, mas logo a seguir, vejo quatro rapazes a virem na minha direção. O meu coração começa a bater descompassado.
Agarro no meu violoncelo, como se a minha vida dependesse dele, os garotos continuam a se aproximar e a segredar entre si.
Começo a olhar para os lados, a ver se consigo ver alguém, mas não se vê viva alma nesta merda de rua.
Rapidamente eles chegam perto de mim e me rodeiam.
— Oi gatinha, que fazes aqui sozinha? — diz um deles a olhar para mim com uma cara de tarado.
— Estou à espera do autocarro. — falo o óbvio não é?
— E o que é isto aqui? — pergunta a tocar na capa do meu violoncelo.
— O meu violoncelo. — respondo a chegar o meu bebé para mais perto de mim.
— És bonita. — fala mexendo no meu cabelo.
Mas estes garotos abusados não sabem ter as mãos quietas?
Eu me afasto um pouco dele, mas ele me puxa pelo braço.
— Olha aqui sua p**a, quando eu te toco tu não te afasta de mim, ouviste?
— Larga-me, estás a magoar-me! — peço apavorada.
Eles agarram em mim e mandam o meu violoncelo ao chão.
— Não, por favor, não partam o meu violoncelo.
— Isto? — ele pergunta o agarrando do chão.
— Sim, por favor, isso é muito caro.
Ele pega no violoncelo e o atira ao chão com tanta força, que eu sinto o meu bebé se partir todo.
— NÃOOOOO! — grito desesperada.
— Que pena, sou mesmo muito desastrado.
Os 4 desgraçados riem a bom rir na minha cara, me seguram logo de seguida e me levam para o beco.
Eu esperneio e tento gritar, mas eles tapam-me a boca.
Tento me soltar deles, mas não consigo, eles são fortes e são quatro.
Enquanto um deles fica na entrada do beco a ver se ninguém passa, os outros três passam as mãos nojentas deles no meu corpo, nem consigo perceber de quem são as mãos, que me tocam nos meus s***s, nas minhas pernas e sinto uma mão a chegar perto da minha i********e.
— Que gostosa, vou adorar enfiar o meu p*u todo dentro de ti. — ele diz visivelmente e******o.
— Anda sua v***a, vais satisfazer nós os três ao mesmo tempo.
— Hei, — ele grita lá da entrada do beco — satisfazer os três não, eu também quero.
— Não te preocupes irmão, ela dá para os quatro e para mais do que uma rodada.
Eles riem alto e um deles começa a beijar a minha boca.
Que nojo.
Sinto outro a lamber os meus s***s e ainda o outro a colocar o dedo na minha i********e.
— Caralhö, vou gozär muito dentro dessa v***a gostosa
— Anda, coloca-te de quatro no chão e começa a mamar.
— Por favor, larguem-me, por favor. — imploro a eles e choro feito uma criança.
Não consigo me debater, eles me prendem com força.
Ouço um barulho na entrada e vejo o garoto que ficou na entrada do beco de vigia, a cair no chão todo torto.
Os outros três me largam de imediato e eu me levanto de um pulo, abaixo a minha camisola e me encolho num canto.
E o que vejo de seguida, me deixa sem palavras e abismada.