De pé na porta da geladeira o senhor Marcos chegou me olhou enquanto eu ainda queria saber o que ele queria, até que ele levantou a mão, acariciou o meu rosto, com a palma da mão grande abri os com medo de receber um tapa, ou outra coisa, as coisas aqui no morro sempre caminham pra o lado da violência, o medo de ter feito algo errado é grande, só aceitei o trabalho porque preciso levar comida pra casa. Mas ele me tocou com os dedos grandes, me olhando nos olhos, senti os dedos ásperos em minha pele, começou a acaricicar devagar, não era um tapa, mas meu corpo estremeceu, apenas acariciou meu lado do rosto, havia tanto tempo que eu não sentia um carinho, eu não saberia diferenciar mais o que era isso, havia tanto tempo que Robson não me tocava, e quando tocava não carinhoso, eu queria aq