AYLA NARRANDO
A pior dor não é física que sinto, e sim interior, é uma dor profunda onde só quem ama de verdade sabe o que eu estou passando, eu estou em um labirinto sem saída, algo que não consigo lidar, algo que não consigo vez ou outra eu tenho a Olga para conversar, mas nem sempre que ela aparece na janela procurando conversa, e pra ser sincera eu não sei se realmente posso confiar nela, não tenho certeza, as vezes eu penso que é apenas alguém a mando do meu pai, mas as vezes eu penso que não seja, porque por mais que eu tente fazer alguma coisa para fugir, a mesma é a única pessoa que diz que vai tentar me ajudar, e eu não sei mais o que a minha cabeça vai me dizer. Pra ser sincera comigo mesmo, eu as vezes penso que estou enlouquecendo, e a verdade é que se eu pensar muito que vou enlouquecer, talvez isso aconteça, mas se isso acontecer, eu não vou conseguir reconhecer a pessoa que eu amo, a minha irmã, oh meu Deus, me dar forças para continuar. A minha vida tem sido um inferno, não sei até quando eu vou conseguir aguentar tudo isso que venho passando. Só tenho que me pegar com Deus, e ver tudo o que eu tenho passado. Já se passou muito tempo que estou aqui, tem meses e até agora eu não conseguir colocar a cara do lado de fora, é sempre aqui dentro, eu vivo sempre presa dentro desse inferno.
Olga: Ayla, você está ai? — ela pergunta do lado de fora da casa.
Ayla: Estou aqui, Olga. — digo chegando perto da parede.
Olga: Vir saber como é que você está. — ela fala, então acabo suspirando.
Ayla: Estou vivendo na medida do possível minha amiga. — digo.
Olga: Eu conseguir achar uma moça na rede social com o nome de Nayla, acredito que ela é irmã do amor da sua vida certo? — ela fala, e aquilo me deixa animada.
Ayla: Sério? — pergunto ansiosa.
Olga: Sim, eu procurei, e acabei encontrando, mas tô com medo de entrar em contato. — ela fala me deixando um pouco triste.
Ayla: Tem razão, eu não sei como é que o meu pai tá, para poder trazer eles aqui. — digo sentindo meus olhos marejarem. — Obrigada, pela ajuda Olga, agora vá embora, antes que meu pai chegue, e acabe te fazendo m*l. — digo enxugando as lágrimas que molham meu rosto.
Olga: Tudo bem, eu vou deixar salvo, no momento que você precisar eu entrarei em contato com eles. — ela fala. — Agora estou indo embora. — ela fala aquilo, e volto para os meus afazeres. Tenho muito medo, não sei se meu pai tem algum contato com alguém perigoso, e trazer eles aqui, pode acabar em tragédia e eu não quero isso, não quero que aconteça nada com a família do homem que eu amo, e nem com minha irmã, e cá estou eu, sem saber como ela está, se ela já se afastou do Liam, ele tem outra e ela não pode viver nas sombras dele.
Demir: Aí está você. — o meu pai chega de repente, com isso saio dos meus pensamento. — Não está ouvindo que eu estou chamando p***a. — ele grita e vem em minha direção, o mesmo me pega pelo cabelo com tanta força, que me derruba no chão, e bate no meu rosto. — Quando eu falar com você, você responde, sua filha da p**a. — ele fala aquilo e vai me arrastando para a sala.
Ayla: Me solta, por favor. — digo tentando não chorar.
Demir: Eu te permitir falar, sua imunda? — ele grita me perguntando, com isso eu estava muito nervosa, o medo estava tomando conta do meu corpo, estava tremendo muito. — Eu tenho que fazer alguma coisa, eu vou te vender em breve para outra máfia, onde realmente todos vão usar e abusar de você, porque é para isso que serve, sua vagabunda. — ele grita enquanto puxa os meus cabelos.
Ayla: Pai. — chamo ele, mas ele não liga, o mesmo não me dá atenção, apenas me maltrata, logo que chegamos na sala, havia um homem ali, então ele soltou meus cabelos, acabei me recompondo rapidamente.
Demir: Agora, nós sirva, quero que sirva bebida, e traga alguma coisa para comemos. — ele fala nervoso, e então apenas concordo, rapidamente vou até onde tem a garrafa de bebida, pego dois copos, e sirvo bebida as bebida para o meu pai e aquele homem que não tirava seus olhos de mim. Então sair as pressa da sala e fui para a cozinha, comecei a prepara uns petisco para eles, passado alguns minutos, acabei de preparar tudo e voltei para a sala, assim que cheguei lá, coloquei uma bandeja sobre a mesa.
XXX: Essa sua filha é muito linda. — o homem fala para o meu pai.
Demir: Traga mais bebida. — o meu pai fala e então vou até o barzinho, pego a garrafa e volto para onde meu pai estava, sirvo a bebida para ambos. — Ela não é para seu bico. — o mesmo fala, olhando para ele. — Tenho planos grandes para ela. — ele fala de uma forma que me deixa nervosa.
XXX: Mas ainda sim, posso pagar muito para ter um tempo com ela. — diz ele, me fazendo sentir um arrepio na espinha, junto a uma ânsia de vômito.
Demir: Já falei p***a, ela não está a venda, pelo menos não no momento. — ele fala de uma forma que me faz segurar as lágrimas que ameaçavam transbordar os meus olhos.
XXX: p***a, eu queria, mas já que não pode, tudo bem. — diz o homem insatisfeito, então o meu pai me olha de uma forma raivosa.
Demir: Traga mais gelo e mais bebida, logo depois pode voltar para seu quarto. — diz ele, de uma maneira irritada, então concordo com a cabeça, vou saindo dali com a cabeça baixa, mas meus pensamentos estão nas maldade daquele homem, ele é asqueroso, só de olhar para ele, percebe-se o quanto ele é nojento, então assim que pego o gelo, sinto alguém tocando nas minhas costas, isso me deu um calafrio, olhei para trás rapidamente, e acabei derrubando a bandeja com o gelo no chão, nesse momento eu gritei.
Ayla: O que você faz aqui? — pergunto assustada, eu estava com o corpo todo tremendo, quando ele me segura com força e tampa a minha boca, eu estava me tremendo por completo, não conseguia gritar com a mão dele tampando a minha boca, eu estava perdida, as lágrimas começaram a cair dos meus olhos, o medo de me acontecer o pior estava estampado no meu rosto, tentei morde-lo, mas não conseguir.
XXX: Você é gostosa demais, eu quero você. — diz ele no meu ouvido, a ânsia de vômito estava presente, até que não aguentei segurar, acabei vomitando nele, foi então que ele me soltou rapidamente. — Sua nojenta. — ele grita comigo, no momento em que ele levanta a mão para me bater, o meu pai apareceu atrás dele, então ele deu-lhe um soco nas costas o fazendo gritar de dor.
Demir: Seu filho da p**a, eu falei que ela não está a venda. — meu pai estava furioso, mas ainda sim ele avançou em mim, puxando os meus cabelos. — Sua vagabunda, você não perde por esperar. — ele diz nervoso, com isso ele sai me arrastando para o meu quarto, eu estava me tremendo toda, sabia que iria apanhar, mas sem ao menos ter feito nada. — Você vale mais do que pensa, eu vou te vender no momento certo. — ele fala sorrindo, então me joga em um quarto escuro me largando ali mesmo jogada no chão, o chão estava tão frio que meu corpo estava tentando se conter.
A única coisa que me confortava era saber que Deus não vai me abandonar, eu não posso viver uma vida assim, eu não sei quanto tempo mais eu vou aguentar, não sei mais o que fazer a não ser orar a Deus para um milagre na minha vida. Então me ajoelhei, juntei as minhas mãos, e comecei a orar. Senhor meu Deus, sei que tudo tem um propósito em minha vida, na vida da minha irmã, eu sei que tudo isso vai passar, não sei quando, mas confio a minha vida na suas mãos, sei que o senhor irá me ajudar no momento certo, e por mais que essas lágrimas hoje seja de sofrimento, eu sei que no futuro as minhas lágrimas virá de alegria, eu só te peço que me proteja de tudo quanto for r**m, principalmente das maldades do meu pai, e da maldade desses homens que ele trás aqui, eu tenho medo, mas nada que o senhor não possa resolver, por favor, ajuda-me a ser forte, a me fortalecer de toda essa maldade meu Deus. Continuei a orar enquanto o meu corpo tremia de tanto frio, eu não conseguia não sentir frio, tudo o que eu mais queria era deitar na minha cama, me aconchegar e ficar quentinha, mas eu vou continuar minhas orações, e foi isso que fiz, continuei orando até que acabei pegando no sono ali mesmo, naquele chão gelado, sem vida.
OBS: Para novos capítulos, vamos bater a metinha!
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