Matheus Narrando
Cheguei em casa e me joguei na cama, peguei o telefone e fiquei morgando. Entrei no f*******: e tinha convite dumas gatas da minha sala, de um doidão lá, de uma tal de Lívia e de uma loirinha gostosa. Aceitei geral e pá e lancei uma foto minha lá só pra dar uma atualizada. Depois de meia hora apareceu uma mensagem da loirinha lá.
Taís: Wpp?
Matheus: xxxx-xxxx
Nem demorou muito pra chegar lá.
xxxx-xxxx: salva ai
Matheus: já é loira.
Loira: E aí, o que ta achando da escola?
Matheus: Curti e pá.
Loira: Agora ela tá muito melhor né
Matheus: Tá nada pô rs.
Loira: Tu mora onde novinho?
Matheus: No Borel gata, e tu?
Loira: No caiçara.
Matheus: Perto.
Loira: Demais.
Matheus: Marca aí que eu vou jogar bola, depois te chamo.
Loira: Chama mesmo em lindo.
Saí do wpp, troquei de roupa, calcei uma chuteira e liguei nos meninos. Em vinte minutos já estávamos no campo nos preparando pra jogar.
Bruna Narrando
Meu dia foi uma bosta, fiquei deitada com o Rei o dia inteiro vendo televisão. No dia seguinte fui mais bonitinha pra causar. Uniforme? Nem usei. Peguei minhas tralha tudo e saí correndo, o Léo ainda tava lá dentro, então peguei o Civic que já tava fora da garagem e fui.
Comprei umas empadas na cia da empada, comprei um gudang na feira coberta e estacionei na pracinha. Eram 6:40, cedo pra caraí; quando olhei pro bando comecei a rir, eu reconheceria aquela cara de bobo em qualquer lugar. Fui até o Pierre, que tava bolando um chá e o cumprimentei, fiz o mesmo com os meninos que estavam com ele.
— Então moça, veio pra manhã por que?
— Eu que te pergunto moço — sorri.
— Ahhh se ta ligada né.
— Vou querer dar uma bola nesse chá ai em.
— Pode deixar moça.
Sentei lá e um dos meninos tirou um paiol do bolso, como eu tava do lado dele ele chutou em mim, e eu chutei no próximo.
Quando eu dei a primeira bola vi o carro do Léo subindo o morro, seguido pelo do Matheus. Dei mais umas três e chutei no cara do meu lado.
— Só força. Vou colar ali.
— Já é moça — ele piscou e eu sorri.
Subi pro banco de cima e trombei com o pessoal.
— Não espera, não fala nada.
— Foi m*l Léo.
— Já sei até o porque — disse o Matheus olhando pro Pierre.
— Vixi, vem com suas ideia errada pra cima de mim não.
Deu 7 horas no prego e eu entrei, trombei com o Kaio, lindo. Trocamos um olhar e eu fui pra minha sala,quando cheguei a Taís estava no lugar que eu sentei ontem.
— Senta atrás de mim Bru, o Pedro vai faltar.
— Já é Pindô.
Coloquei minha mochila lá e a Taís saiu da sala.
— Seu ex me aceitou no face, o desgraçado é bonito — a Lívia disse.
— Pior que é mesmo viu — rimos.
— A cabeça da minha rola também — disse o Lucas.
— Aí Pindorama, cala a boca.
Enfim, zoamos todas as aulas. A Taís foi trocada de sala, acabou ficando na sala do Kaio. Bom que ela parava de me encher o saco.
Na hora do intervalo vi ela e o Kaio brigando, xaina. Comi minhas empadinha e tomei água no bebedouro, depois vi o Pierre e fui trocar uma ideia com ele.
— Então moço.
— E aí moça.
— Se ta espancado viu, nú.
— Normal né moça.
— Tem bala aí não?
— Ele tirou uma do bolso e me entregou.
— Só força.
Voltei pra sala, no caminho encontrei um dos amigos do Pierre, cumprimentei ele. Seu apelido era De Noite porque ele era preto acho paia.
Kaio Narrando
Tava ficando com a loira lá né, já tinha um tempo bom, eu achava que a mina era firmeza e pá. Aí ela foi no banheiro e deixou o celular desbloqueado, fui mexer por mexer e vi ela dando em cima de um novato, fiquei puto. Quando ela voltou meti o loco e briguei com ela mesmo, depois saí bolado pra lá. Vi a novata que falou que eu era pegável, m*l sabe ela que ela é mais pegável ainda.
Fui na sala dela, pra onde ela estava indo, entrei atrás dela, ela sentou em seu lugar virada pro Pindorama, cumprimentei ele com um toque de mão.
— E aí cara, quê que pega?
— Nada não zé — respondi.
— Como esse Pindorama é sem educação. Meu nome é Kaio meu bem, e o seu? — Me virei e sorri.
— Bruna — ela sorriu.
— E aí, o que tu acha de me dar um beijo?
— Acho ótimo.
Ela levantou e eu a encostei na carteira, levei minha mão em sua nuca e puxei seu cabelo de leve, minha outra mão foi até sua cintura e a apertou, aproximei nossos lábios e ela os selou. Minha língua invadiu sua boca com urgência, iniciamos um beijo quente e muito envolvente.
O sinal bateu, mas continuamos com aquilo até o professor entrar e me expulsar da sala, que morena é essa minha gente?
Bruna Narrando
Em uma semana o garoto voltou pra Falsiane, mas fodas ele não é o único p***o do galinheiro. Hoje? Partiu sexta sem lei, vai ser top Agora tamo aqui curtindo uma piscina suave, e fumando um verde no narguile.
— Aula hoje foi uma bosta — disse a Sabrina.
— Nem fala — Dani concordou.
— Eu tive dois horários vagos de matemática.
— Sortuda!
— Chegamos com a cervaaaaa! — Gritou o Matheus todo animado.
A Sabrina saiu correndo pra pegar as latas de Beats, eu fiquei de boa lá prensando a fumaça.
— Nó gente, pega viagem no olho da Bruna.
— Ta espancada viu fia — o Thiago riu.
— Ah meu p*u.
Sentei na beirada da piscina e peguei uma lata na mão da Sabrina, abri e dei um gole, tava docinha. Fiquei pegando viagem no céu. O tempo foi passando, o povo conversava e eu sentia meu corpo anestesiado e flutuando, eu lembrava de momentos e imaginava coisas. A Sabrina me cutucou.
— Que foi?
— Que roupa se vai usar?
— Sei lá — comecei a rir.
— Olha a outra, raxando — o Matheus tirou onda.
— Ah MP.
— Tô afim de ir no papa.
— Fazer o que? — A Dani me olhou.
— Viajar pro mundo dos pôneis macacos — comecei a rir.
— Gente, suspende a droga, suspende o álcool, suspende tudo — a Sabrina gritou.
— IH CANCELA! — Respondi.
O sono bateu em mim com força, larguei o povo falando e fui dormir. Caí na cama igual pedra
Fui acordar só oito horas da noite, levantei igual doida e corri pro banheiro, tomei um banho voando. Saí com a calça em uma perna e o sapato na outra, já sequei o cabelo e pranchei voando. Quando deu nove horas eu já tinha arrumado o cabelo, me maquiei, juntei o que eu ia levar e a Sabrina entrou no quarto quando eu estava passando perfume.
— Formou o bonde?
— Lindas!
Tirei uma foto e postei no face
Entramos no carro, meu irmão tava lindo, Thiago, Matheus, Dani, geral tava bonito haha. Fomos curtindo um Mc TH de leve né? A porta da resenha tava lotada. Estacionamos e fumamos um paiol na Paula pra passar um tempinho. Depois fomos pra porta da resenha, compramos o ingresso com uma colega da Sabrina e entramos.
Tava o bixão, os meninos chegaram já bolando um, eu fui pra fila da bebida, peguei uma vodka só pra começar a noite. Nem bem cheguei e já vi os meninos da escola, cumprimentei eles e dei uma bola no baseado que eles tavam fumando pq eu não sou obrigada.
Voltei pra perto do povão.
— Bora pra boate?
— Bora — respondi.
Entramos e já bateu a onda de calor, nú meu fi, tava quente pra c*****o. Respirei fundo e fui abrindo caminho até achar um cantinho do lado de um ventilador. Encostamos lá e as meninas já envolveram na dança.
— Sexo sexo sexo, sexo sexo com as p*****a — cantarolou o Matheus.
— Vamos se envolver? — Perguntou o Léo.
— Na onda da bala — cantarolou o Thiago.
— Xia o doceeee — gritou a Sabrina.
Colocamos na língua e ficamos curtindo, começou a tocar rei delas e eu me envolvi na dança também.
Perdi as contas de quantos baseados rolou, eu já tava ficando anestesiada e viajando legal. Tava tocando Mc TH, Reeeeei só que lá dentro é quente pra c*****o, eu tava suando e tal, então saí pra tomar um ar suave.
Encostei lá na parede e fiquei viajando no céu, tava lotadão de estrelas.
— Suave? — Olhei pro lado assustada ao ouvir uma voz, coloquei a mão no peito e suspirei aliviada ao ver que era só o Matheus.
— Eu já to na onda e você ainda me assusta.
— Desculpa — ele deu aquele sorriso lindo que ele tinha — só queria ver por que tu saiu de lá.
— Tô suando de mais.
— Fala não, parece que eu mergulhei na piscina — ele riu.
Nos sentamos no banco de madeira que tinha lá, cruzei as pernas e encostei a cabeça em seu ombro.
— Tô cansada.
— Eu também — fiquei calada olhando pro céu — e o Rei, como tá?
— Crescendo super rápido.
— Vou lá ver ele mais vezes.
— Sei — sorri maliciosa.
— O que foi?
— Nada!
Abri um sorriso largo enquanto olhava em seus olhos.
— Tô muito afim de fazer uma coisa — ele disse.
— Eu também.
— Posso? — Perguntou ele, olhando meus lábios.
— Você ainda pergunta? — Ele subiu o olhar pros meus olhos e desceu-os para minha boca novamente, nossos lábios se tocaram provocando um choque em minha pele e sua língua invadiu minha boca com urgência, iniciamos o beijo como uma dança, em um ritmo cheio de fogo e desejo. Seu toque me provocava arrepios que eram descontados com arranhões em sua nuca; por um momento me esqueci totalmente de onde estávamos e me concentrei nele, em seu beijo e em seu carinho. Me sentei em seu colo, ainda o beijando com voracidade, suas mãos desceram pela lateral de meu corpo e ao chegar em minha cintura apertaram-na com agressividade, senti o fogo me incendiar e encerrei o beijo com uma mordida. Desci meus lábios por seu pescoço distribuindo beijos e chupões molhados fazendo sua pele arrepiar, suas mãos desceram apertando meu quadril e sua respiração forte entrou em conflito com a minha ao chegar meu rosto perto do seu novamente.
— E aí queridinhos, vão pro carro, pro motel, pra casa — disse a Sabrina rindo.
— Meu p*u, vão pra p***a nenhuma não — respondeu meu irmão.
— Safadinhos esses dois em — murmurou a Dani.
Escondi minha cabeça no ombro do Matheus que se preocupou em responde-los.
— Vai dormir sés tudo aí ow.
— Claro que não, ainda tem muita festa pra rolar. — O Thiago estava muito louco, sem camisa, dançando e com a língua pra fora.
Eles ficaram lombrando lá, sentaram do nosso lado e resolveram fumar.]
— A não! Saí daqui seus noiado — falei bolada.
— Até parece, a mais noia falando.
— Meu piru sow — respondi.
Bateu uma bad e o Thiago e o Léo começaram a discutir quem bola melhor.
— Se nem sabe bolar com piteira — disse o Thiago.
— Sei sim, eu só num gosto — respondeu o Léo.
— Tu não gostar de fumar com piteira? Para né!
— Não sô, eu prefiro fumar com piteira, mas prefiro bolar sem.
— Alguém me explica o que esse jumento sente?
— É porque eu bolo melhor sem.
— A lá, admitiu que não sabe bolar.
— Vei cala a boca, depois o mestre te ensina.
— Gente me ensina a bolar aí — a Dani pediu e sentou no meio deles.
— Tu quer queimar um fino ou fritar um pastel? Porque se quiser o pastel tu pede o Léo.
— Vai tomar no ** vacilão.
— Quero queimar um fino — ela riu.
— Que bad vei... — o Matheus sussurrou em meu ouvido.
— Nem fala — comecei a rir.
— Vamo embora?
— Partiu.
A gente levantou, se despediu do povo e fomos embora, eles lombraram porque é a cara deles né? Mas nós nem demos ideia.
Entramos no carro, eu estava morrendo de calor, tirei meus sapatos e minha blusa, ambos molhados, eca Matheus virou-se para mim e mordiscou o lábio inferior com desejo, sorri envergonhada.
— E aí, vamos pra onde? — Perguntou ele.
— Como assim pra onde? Pra casa ué!
— Mas pra minha, ou pra sua?
— Você que sabe
— Então tá madame, mas, por mim a gente fica por aqui mesmo — ele trouxe sua mão direita até a parte interna de minhas coxas e apertou, eu sorri e mordi meu lábio inferior encarando sua mão me apertar. Eu já estava com calor, ele ainda fazia aquilo...
Em dez minutos de muita tortura chegamos em frente sua casa, assim que ele desligou o carro pulei pro seu colo e beijei-o. Eu precisava muito dele, daquela sensação. Meu coração pulsava fortemente, todo o amor que senti por ele veio a tona novamente, lembrei-me da primeira vez que o vi, do nosso primeiro beijo, me lembro de não lembrar da nossa noite de amor, e de tentarmos repeti-la sem sucesso. Mas hoje tudo seria diferente. Toquei seu rosto com carinho enquanto nossas línguas dançavam, suas mãos me acariciavam com tanta delicadeza que me inundavam de sensações mistas, como amor e desejo.
Encerrei o beijo com uma mordida e ele me olhou nos olhos.
— Opa, o que aconteceu Bruninha? — Ele sorria.
— Nada — retribui o sorriso.
— Essa será uma longa madrugada.
— Com certeza.
Saímos do carro e eu entrei correndo pra ninguém me ver de sutiã, se bem que, a rua estava deserta. Subimos pro seu quarto, ele encostou a porta e veio me beijar, porém eu o afastei.