O Baile

1209 Words
VIVIANE NARRANDO Pedi uma Skol Beats, e quando fui pagar a Cindy falou que não precisava que no camarote é tudo por conta do irmão dela, apenas o bar da pista que cada um compra o seu. Agradeci e fui me sentar junto com a Raisa e a Tay, Raisa já me contou que quando vem para o baile ela quase não fica com o namorado, porque ele sempre está indo fazer os mandados do chefe. O Digão estava sentado um pouco mais afastado da gente, a Samara estava no colo dele mas tinha várias outras marmitas, inclusive que ele estava no beco rodeando eles. Eles começaram a se drøgar, o chefe as marmitas que estavam ao seu redor e também alguns vapor inclusive o pombo namorado da Cindy. As meninas me chamaram para dançar, disseram que quando começam a usar esse tipo de coisa sempre dá muita treta a Samara se estranha com as outras marmitas, já teve vez que o Digão bateu na Samara no camarote na frente de todo mundo. É só o que circula pelo morro que ele bate nela sem dó nem piedade, em qualquer lugar em qualquer parte do seu corpo, ele já chegou a bater nela e quando ela caiu chutou várias vezes no bar do Birito e ninguém tem coragem de interferir, porque aqui nesse morro ninguém peita o Digão só a Cindy mas essa acha bom quando a Samara apanha. — Samara não tem vergonha na cara. Raisa falou quando já estávamos em baixo, parece que o Digão empurrou ela do colo dele. — Sério? E ela continua com ele. — Amiga, é ele que banca. Falou a Tay sorrindo, Às vezes eu não entendo essas mulheres, que se submetem a tudo só para ser sustentada por um homem, prefiro mil vezes trabalhar de dia à noite do que ter um macho escroto me bancando e me batendo, porque esses homens parecem que se acham no direito só porque da casa e comida a uma mulher pode humilhar, trair, bater fazer o que bem entender. Prefiro ficar sozinha e me matär de trabalhar para poder me bancar, Sou do tipo de mulher orgulhosa e nome arrependo, é melhor do que ter uma vida dessa um macho que banca de tudo e me faz de tapete, tem que ter o paü de ouro talvez assim eu posso ainda repensar se ele vai me bancar e opinar na minha vida, não me fazer de b***a. Começou a tocar o movimento sanfoninha da Anitta, sei dançar muito bem, só não fico me mostrando por aí, mas como estamos no baile vou mostrar para que vim. Comecei a dançar, o vestido começou a subir mas não me importei como eu estou de short pode subir à vontade, comigo é sempre assim depois de tomar duas Skol Beats viro a bailarina do Faustão. Quando acabou a música, estávamos todas suadas e com sede, voltamos para o camarote, assim que eu subir as escadas quando levantei a cabeça o Digão estava me olhando, nossos olhares se cruzaram mas desviei rápido. Olhei para o lado e a Samara estava chorando, o rosto dela estava um pouco avermelhado, deve ter apanhado. Passamos por ela fazendo de conta que eu não estava vendo, ela resmungou alguma coisa com certeza algum tipo de piadinha mas não vou deixar ela estragar a minha noite. Bebemos, brindamos, Cindy ficou o tempo todo com a gente, até o pombo parar um pouco e puxar ela para o canto. Branquinho também chamou a Raisa, ficamos apenas eu e a Tay, fomos para a grade ficamos olhando se tinha algum Playboy gatinho para chegar junto né, sair do zero a zero as vezes é bom. Thay se afastou um pouco, eu pensei que ela tinha ido pegar alguma bebida. Quando ouvi uma voz bem pertinho do meu ouvido, meu corpo inteiro se arrepiou — Da próxima vez que vim em um dos meus bailes vista uma roupa mais comportada ou dance apenas para mim. Engoli seco, do jeito que eu estava, fiquei nem olhei para trás, mas eu sei que era a voz do Digão, mas se ele pensa que com isso vai me arrastar para um dos seus abatedouros está muito enganado. Thay voltou para o meu lado e mandou me preparar porque a Samara desceu fumaçando, e Ela apanhou por minha causa. — Eu não mandei ele bater nela — A gente sabe, amiga, mas o Branquinho falou que ele estava babando na sua bünda e ela foi falar besteira levou um esquenta no pé da orelha. Não sei se tenho raiva dele por ser um i****a, ou tenho raiva dela por ser uma trouxa que aguenta tudo até ser maltratada, e tenho mais ódio ainda quando alguém vem me falar que isso é em nome do Amor, porr@ nenhuma. A música estava boa, chamei a Tay para descer, tinha umas mulher dançando no camarote Mas eu prefiro ir para a pista me sinto mais livre. Quando eu estava dançandoy Thay chegou bem pertinho e pediu para eu disfarçar, e olhar para o camarote. fiz do jeito que ela falou e quando virei para camarote, vi o Digão escorado na grande me olhando com uma cara bem séria. Continuei dançando, estou aqui para me divertir, acho que é para isso que serve um baile, e eu não sou nada dele, então não tem porque temer. Dancei até suar e não aguentar mais comecei a ficar cansada, Falei para as meninas que já ia embora, Cindy pediu para um dos vapor me acompanhar, um menino bem magrinho parece mais uma criança, dá até dó de ver esses meninos tão envolvidos nesse mundo, que o fim só leva a dois lugares cadeia ou cemitério. Fui conversar com ele, puxando assunto ele só fazia sorrir o fuzil atravessado nas costas maior que ele, mas estava se achando poderoso. Quando ouvimos um ronco de uma moto acelerando, parou bem do meu lado. — Pode voltar para o baile pulga, eu assumo daqui. Esse Digão é mesmo um i****a, não queria a companhia dele, com certeza companhia do pulga é muito melhor. — Eu te falei para não dançar daquele jeito na pista, porque desobedeceu? — Eu não sabia que você mandava em mim, esqueceram de me avisar. — língua afiada gostei disso, além de gostosa é surtada também. Continuei andando, ele atravessou a moto na minha frente e me mandou subir — Sobe que eu vou te levar ali. — Não quero, muito obrigado pela carona, já estou bem pertinho da minha casa. — Gosta de fazer Cü doce, bancar a difícil, Pois comigo isso não cola garota, não fico nos pés de ninguém para nada quer ir para casa vai. Ele tirou a moto da minha frente, continuei andando, ele apenas me acompanhou, não falou mais nada Mas dava para sentir que ele estava me olhando. Assim que chegamos na frente do meu barraco peguei a chave na bolsa e quando fui abrir o portão, o Digão desceu da moto de repente me virou de frente para ele impressão do meu corpo contra o portão, pegou na minha nuca e me atacou em um beijo quente e cheio de desejo que nem eu sabia que existia.
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