PRÓLOGO

2306 Words
Phoebe (Anos antes) Calmamente me balanço sobre os lençóis de pura seda, eles amasiam meu corpo me dando uma sensação maravilhosa ao acordar. A claridade toma conta do meu quarto e abro os olhos aos poucos para me acostumar. Lá vou eu, para mais um dia. Desde que minha vida mudou totalmente, desde que deixei de ter uma vida parada, precisei fazer terapia. As pessoas a minha volta sempre me acharam estranha, enquanto minhas amigas estavam perdendo a virgindade eu estava enfiando livros na minha cabeça. Sempre passei meu tempo estudando ou com meu irmão mais velho, ao contrário das outras meninas da minha idade que quando não estavam em festas estavam esbanjando a fortuna dos pais. Sempre fui fechada, meu quarto é o meu lugarzinho. Talvez ter crescido com pais ausentes, tendo apenas casas enormes, empregados, amigos interesseiros e pessoas da imprensa tentando descobrir tudo sobre a minha vida tenha algo a ver com isso. Eu teria enlouquecido se não fosse o Nate, meu irmão sempre cuidou de mim. Nathaniel tem sua vida, é um homem ocupado, mas sempre tirou tempo para estar ao meu lado, estar de verdade, mais do que um irmão deveria estar, como um pai. Ele é dono da Straklher, empresa da maior marca de carros do mundo, coisa que ele criou sozinho e sem os nossos pais. Meu irmão é o melhor. Não posso expressar meu orgulho por ele. Não que nossos pais sejam os piores, eles nos amam, mas sempre tem reunião de negócios, ou tem que comprar um novo imóvel, uma premiação. Ser uma adolescente sozinha e fingir não me importar, foi o que eu fiz graças a eles. Mesmo assim, eu sempre controlava meus demônios, até agora. Tudo isso fez de mim a mulher medrosa, covarde, sem alto estima e tímida como sou hoje. Ser traída e largada pelo meu antigo namorado, Maxuell Worldolf, não me ajudou muito. Ouvir que eu nunca poderia dar o que ele precisa, que eu nunca vou ser verdadeiramente uma mulher destruiu tudo que eu acreditava sobre amor. Eu achava que ele era o amor da minha vida, eu realmente queria que fosse ele. Me doava para ele. Eu só tenho dezenove anos, o que há de errado em querer esperar um pouco mais para perder minha virgindade? Eu queria dormir com ele, me entregar, mas eu nunca consegui estar pronta. Max dizia que esperaria meu tempo, mas sempre que estávamos sozinhos queria de qualquer forma ir aos finalmentes . Nunca me senti a vontade, que era o meu momento, apenas me sentia mais uma ovelha em sua cama - Até que ele cansou. Eu entendo. Quem iria querer alguém como eu? Vou até o meu banheiro, tomo um banho quente enquanto não consigo tirar o Max da cabeça e nem parar de pensar onde eu errei. Eu deveria ter sido mais mulher para ele, ter cedido. Por que eu tenho que ser assim? Talvez ele não tivesse me traído... nem ido embora. Após o banho coloco meu roupão e faço minha higiene enquanto encaro meu próprio reflexo no espelho. Meu rosto pálido e os lábios finos e rosados, meus fios loiros e os olhos azuis como os do meu pai, minhas bochechas ainda coradas pelo travesseiro. Definitivamente não pareço uma mulher, apenas uma menina sem graça e sem sal, sem nenhum atrativo para um homem. Já aceitei isso. Talvez eu deveria ter morrido realmente quando tive uma arma apontada para minha cabeça. Ainda tenho flashes do momento mais aterrorizante da minha vida, ainda tenho alguns ataques de pânico ao lembrar do Nate no chão, Âmbar tão amedrontada quanto eu enquanto eu fui ameaçada de morte como eles. Esse momento libertou meus demônios, foi quando eu não consegui mais segurar e desmoronei. De início fui forte, por eles. Mas depois... Eu desabei. Minha vida nunca foi fácil, ao contrário do que pensam. Tudo isso resultou em várias seções de terapia, hoje, finalmente será a última seção. Estou mais tranquila, as conversas com o Dr. Sebastian são esclarecedoras. Nunca conversei sobre minhas inseguranças, não tenho coragem de contar para ele como me sinto em relação aos homens. Há algo no Sebastian que me intimida, seu olhar parece já saber tudo sobre mim sem que eu precise conta-lo, as vezes sinto minhas bochechas arderem como se estivessem em brasas quando seu olhar está sobre mim, me descobrindo. Seu corpo grande parece dominar o consultório, deixando pouco espaço para respirar. Não me permiti pensar nele, Sebastian é um homem, eu sou só uma menina quebrada. ••• — O Doutor irá recebê-la agora, Srta. Patt. — A voz da secretaria morena me chama a atenção e fico de pé. Passo as mãos em meu vestido justo para ajeita-lo, então caminho tranquilamente para a última vez que verei Sebastian. Sinto-me estranha em pensar nisso, passei meses nesse consultório. Sebastian me reconstruiu quando eu estava em pedaços, ele nunca vai imaginar o bem que me fez. Ele é claramente um homem atraente, então eu luto para me fazer acreditar que o único motivo para eu querer ter sua companhia é pela ajuda profissional que ele me prestou. Aqueles seus olhos azuis como o céu, seu corpo avantajado - o homem parece uma parece carregada de músculos. Seu cheiro, tudo é um desafio para que eu consiga me manter com os pés no chão. Bato levemente na porta. Espero que ele me mande entrar, mas na verdade ele mesmo abre a porta dessa vez... Enfim, chegamos ao último dia. Mais uma consulta e no fim, Sebastian não será mais meu médico, não estará mais na minha vida. Meu doutor usa uma calça preta que não esconde suas coxas torneadas, uma camisa social de tonalidade cinza com uns botões abertos revelando seu peitoral dourado, mas sem deixar seu jaleco de fora. Meus olhos encaram os dele e novamente sinto aquela sensação de que ele sabe exatamente o que estou pensando, aperto uma perna na outra e sorrio para tentar parecer menos ridícula praticamente babando por ele. — Seja bem vinda. — Diz com seu tom de voz grave. — Obrigada. — Entro e ele fecha a porta atrás de nós. Me sinto trêmula e intimidada perto dele, sempre que chego é pior, até eu me acostumar com sua presença e consegui conversar abertamente com ele. Sebastian é sem dúvidas um ótimo profissional. — Sente-se. — Pede e vou até o divã de cor carmesim. — Como se sente hoje? — Fala já sentando em sua poltrona confortável, próxima a mim. — Estou... normal. — Normal? — Sim, quero dizer... não me sinto m*l e nem bem. É como se eu não sentisse nada. — Tento explicar. — Entendo. Phoebe, nós passamos muito tempo juntos, evoluímos bastante e estou orgulhoso de você. Mas você ainda está no seu mundo, você e seu quarto, você não está no mundo real e precisa estar nele se quiser viver de verdade. — Começa. — Eu estou no mundo real. — Me defendo. — Com quantos caras você ficou depois do Max? — Eu coro. — Nenhum. — Quantos amigos ou amigas você fez? — Eu tenho a Âmbar. — Após o início das nossas seções. — Hum... ninguém. — Admito. — Você não sente nada porque tudo que te movia eram suas tristezas, medos, inseguranças. Então agora que você não tem mais essas inseguranças, você não tem nada. Você é uma página em branco e precisa preenchê-la, com pessoas, calor humano... memórias. — Explica. — Não, eu não disse que não tenho mais isso. Ainda me sinto insegura. — O que te deixa insegura? — Droga. — Tudo. — Explique. — Eu não... Doutor... — Procuro as palavras. — Não minta para mim, Phoebe, eu te conheço bem e vou saber se o fizer. — O que aconteceu com o Max ainda mexe comigo, ele me deixou porque bom... Eu sou virgem. — Encaro minhas mãos mexendo meus dedos um no outro e sinto minhas bochechas corarem. — Eu não consegui dar o que ele precisava. Eu sou fraca e não sou sexy, não sou uma mulher de verdade. Eu me sinto tão...culpada. Eu queria ter dormido com ele, mas eu não sei... sempre que ele tentava algo me bloqueava. Eu não sabia como... — Talvez você precise de mais seções, você deveria ter contado isso antes para mim. — Diz sério. — O que acontecia que bloqueava você? — Eu não sei. — Tente pensar....Lembre-se, o que ele fazia? — Eu... não consigo. Tudo que me lembro é dele me colocando na cama, tentando tirar minha roupa... — Paro tentando recuperar o fôlego. Meu coração bate num ritmo acelerado e minhas mãos suam, meu rosto inteiro está avermelhado. — Ele tentava, mas eu nunca me senti a vontade. — Phoebe, ele nunca te machucou ou forçou, não é? — n**o com a cabeça, a voz embargada na minha garganta. Seus músculos antes tensos, voltam a relaxar um pouco. Evito olhar para ele. — Isso não foi culpa sua, foi totalmente dele. — Solta. Só então eu volto a olhar para ele, eu o encaro confusa. Seus olhos estão fixos nos meus e seus lábios bem feitos se contraem num sorriso. — Isso mesmo. Se você queria, ele só deveria ter seduzido você, te dado prazer, mostrado como é o sexo, mas talvez ele não saiba como fazer isso também. Meu queixo se abre enquanto eu o encaro incrédula. Quando foi que começamos a falar de sexo? Meu corpo inteiro fica rígido e sinto um incômodo entre as minhas pernas, minha boca seca e sinto uma necessidade de lubrificar meus lábios então corro a língua neles. — Você deve estar enganado. Quer dizer... olhe para mim. Eu não tenho nenhum atrativo, sou apenas uma menina sem graça. — Digo com voz trêmula e olhar baixo. Não ouço nenhuma resposta então luto para encara-lo, mesmo com o corpo ardendo de vergonha. Eu encontro Sebastian levantando lentamente do seu lugar e vindo em direção a mim, não consigo dizer nada, apenas olho cada movimento dele como se estivesse hipnotizada. Aos poucos ele se aproxima de mim e senta no divã junto a mim, levanto meu tronco que estava deitado seguindo a posição do encosto. Meus olhos encaram os dele sem conseguir entender o que ele quer, mas meu corpo inteiro treme e se arrepia quando sua mão alcança minha bochecha. — Nossa consulta acabou. Se essa é sua última insegurança, creio que podemos resolver agora que não é mais minha paciente. — Dou... Sebastian, eu... — Ele sorri e qualquer raciocínio e fala vai embora. Não consigo completar. Cada parte do meu corpo perdeu as forças e nem consigo me mover. Sebastian acaricia levemente a maçã do meu rosto e sinto-me amolecer sobre suas carícias, fecho as olhos sentindo seu toque firme. É... Incrível. Ele leva seus dedos até meus cabelos e prende umas mecha atrás da orelha. Respiro fundo inalando seu cheiro másculo e delicioso, algo como um calmante viciante. Então me perco quando seus lábios encostam nos meus. O chão sai de debaixo dos meus pés e sinto-me flutuar. Sua boca se mexe na minha com maestria, como se fosse dona dos meus lábios, me guiando. Retribuo seu beijo e dou passagem a sua língua quente que encontra a minha e se mistura de uma forma deliciosa. Me perco em seu gosto. Sua mão desce pelas minhas costas trazendo meu corpo mais para perto dele, sinto seus braços rígidos assim como todo seu corpo forte. Nunca estive com alguém como ele, Max era definido mas não era grande como Sebastian. A comparação é injusta, Maxuell é um garoto e Sebastian é um homem – ou talvez um deus. Minha calcinha começa a ficar úmida sem que eu possa controlar e essa sensação me assusta. Abro os olhos enquanto tremo em seus braços. Dr. Sebastian rompe o beijo chupando meu lábio inferior e começa a saltear beijos quentes e molhados pelo meu pescoço, eu gemo baixinho e jogo a cabeça para trás expondo mais minha pele sensível. Eu nem sabia que eu poderia sentir tantas coisas apenas no meu pescoço. Ele morde e chupa suavemente enquanto enfia a mão entre meus cabelos e os prende com força. Ele segura minha cabeça na posição que ele quer enquanto sinto sua boca caminhar para meu ouvido. Eu me balanço e solto gemidos sem controle enquanto puxo o ar com dificuldade. — Eu não estou enganado. Você é linda, Phoebe. Você não vê? É linda, delicada e incrivelmente deliciosa. Aposto que se eu te tocar agora vou encontrar sua b****a encharcada, não vou? — Ele sussurra baixinho me fazendo gemer mais ainda. Quase engasgo, ruborizada e chocada com sua libertinagem - mais chocada ainda por estar adorando e meu corpo reagindo. Quando percebo, uma mão dele está caminhando para baixo do meu vestido, encontrando minha calcinha. — Como eu imaginei, encharcada para mim. Eu quero fazer você minha, quero f***r com você, fazer você gemer meu nome enquanto goza bem gostoso e forte. — Ele solta as palavras com uma calma absurda sem desviar os olhos dos meus. Não respondo nada e ele nem espera a resposta, estou sem conseguir reagir a não ser pelos gemidos que saem da minha garganta, não, da minha alma. Seus dedos friccionam meu sexo por cima da calcinha, movo meus quadris tentando aliviar a agonia que se forma em mim. — Sebastian... — Seu nome escapa rouco involuntariamente. — Isso é bom, não é? Olha só... Seu coração está batendo na b****a, pequena... batendo tão forte... Você quer gozar? — Ele coloca os dedos por dentro da calcinha na minha entrada pegajosa. — Eu não... não sei o que fazer. — Não faça nada, apenas sinta.
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