ANA CAROLINA NARRANDO...
SEXTA - FEIRA DE MANHÃ...
— Fantasma: Se liga na sua caminhada fora do morro heim Ana. — O meu pai disse enquanto levantava da mesa.
— Ana Carolina: Pai, fica de boa, todas as meninas vão também, é uma baladinha nova que abriu aqui no Rio e eu to afim de comemorar meu aniversário lá.
— Fantasma: Sei não heim, ainda acho melhor você fazer essa festa aqui no morro.
— Ana Carolina: Mãe, fala com ele, eu vivo trancada aqui nesse morro, eu nunca posso sair, nunca posso fazer nada. — Eu disse nervosa.
— Claudia: Escuta o seu pai, olha de quem você é filha, a gente nunca sabe quem quer atingir o seu pai.
— Ana Carolina: Mais mãe, é o meu aniversário.
— Fantasma: Presta atenção, você não é mais nenhuma criança, você tá ligada como as coisas funcionam, quer ir? Vai.
E como sempre eu já estava quase chorando, a minha vida inteira sempre foi assim.
Fui criada sendo a "princesinha" do meu pai, logo ele que finge ter um casamento perfeito mais o Morro todo sabe que ele tem um caso com a Angelica a anos, só a minha mãe que se finge de cega.
O Vitor meu irmão, cresceu para herdar o morro do meu pai, vulgo Playboy, ele é 5 anos mais velho do que eu e ele é tóxico.
Ele engravidou a Fernanda, daqui a 2 meses a Sofia vai nascer e a Fernanda come o pão que o d***o amassou na mão dele, eles ficavam e em uma dessas ela engravidou...
O Playboy é aquele tipico homem que não fode, mais também não sai de cima sabe? Ele não tem nada com ela, mais também não deixa ela viver.
E a minha mãe, dona Claudia dá todo o suporte para a Fernanda, até porque quando a Sofia chegar a minha mãe vai querer acompanhar tudo de perto.
Mesmo que os meus pais tenham me dado de tudo durante toda a minha vida, ficar trancada aqui não é uma coisa que eu gosto, nenhum dinheiro, nenhum luxo, nenhuma jóia paga o preço de viver assim.
O preço de ver a minha mãe chorando pelos cantos quando o meu pai não volta pra casa, o preço de não poder pisar pra fora do morro, o preço de ter um carro caro, ter roupas e jóias de luxo mais n******e desfrutar.
O preço de não poder andar sozinha, de não poder confiar em todo mundo, isso dói e dói muito.
Mais dessa vez eu estou decidida a ir nessa balada, eu vou viver sim, eu não tenho nada haver com tudo isso aqui.
Eu peguei a minha bolsa e mandei uma mensagem pra Vitória, avisando que íamos no shopping hoje.
Peguei a minha bolsa, a chave do carro e sai do quarto.
Parei na porta do quarto da minha mãe quando escutei ela falando e chorando ao mesmo tempo.
— Claudia: Outra vez você vai sair, você já chegou de madrugada.
— Fantasma: Eu tenho os meus bagulho pra resolver.
— Claudia: Eu sei bem que bagulho você tem pra resolver, na casa da Angélica né Julio.
— Fantasma: De novo essa papo chato, troca o disco c****e.
— Claudia: Eu to cansada de você, cansada de viver essa vida de mentira do seu lado.
— Fantasma: Juntos até o fim Claudia, nada vai mudar isso.
— Claudia: Eu não sei o que eu tinha na cabeça quando me casei com você.
— Fantasma: O problema é esse, a p***a do problema é sempre esse, você chora demais, se humilha demais e ela...
— Claudia: Ela o que Julio?
— Fantasma: Esquece, vai tomar os seus rémedios e ir dormir.
O meu pai ele sempre foi o pai perfeito, sempre foi presente e sempre nós deu de tudo.
Mais como marido ele falhou, logo após eu nascer a minha mãe passou por uma depressão porque a mãe dela morreu dias depois e por conta disso apareceu a Angelica, ela é amante do meu pai a anos.
Minha mãe sempre carregou o fardo de manter essa família de pé, mais por trás o mundo dela estava desmoronando.
E eu cansei de implorar pra ela sair disso, pra ela se libertar desse casamento falido.
Mais ele chega com flores, promentendo que vai mudar e no final vocês já sabem né?
Era triste ver a minha mãe daquela forma...
Se tem algo nessa vida que eu não quero pra mim é isso, se não for pra achar um homem que fecha comigo, que tenha um sentimento reciproco então eu não quero.
Entrei no carro e fui em direção a casa da Vitória.
— Ana Carolina: Bora cachorra. — Eu disse buzinando.
— Vitória: Como assim shopping? O que aconteceu com as compras na internet?
— Ana Carolina: Eu quero escolher um vestido babadeiro pra essa balada. — Eu disse olhando pra ela e sorrindo.
— Vitória: Ai meu Deus, você vai? O seu pai deixou?
— Ana Carolina: Tecnicamente não, mais eu vou mesmo assim.
— Vitória: Arrasou amiga, vai ser top.
Quando chegou na entrada do morro, o Playboy tava na lá frente fumando um baseado com os moleques.
— Playboy: Onde você que vai? — Ele disse se aproximando do carro.
— Ana Carolina: No shopping comprar uma roupa.
— Playboy: Você sabe que n******e sair do morro sozinha.
— Ana Carolina: Para de encher o saco. — Eu disse acelerando o carro.
— Playboy: Vou mandar um segurança atrás de vocês.
— Ana Carolina: Tá tá, só isso?
— Playboy: E você Vitória? Vai render quando pra mim?
— Vitória: Se depender de mim, nunca. — Ela disse rindo e eu sai com o carro.
O Playboy sempre deu em cima da Vitória, mais ela nunca quis, graças a Deus por isso.
A gente sempre dá nossos perdidos por ai pelo morro, mais nada sério.
A gente rodou o shopping inteiro atrás de um vestido bastante ousado, é foi isso que encontramos.
O Playboy realmente colocou um segurança atrás da gente, eu fiz ele carregar todas as sacolas e caixas de sapatos que compramos.
Depois de um dia exaustivo nós voltamos para casa, afinal hoje a noite promete...
Vocês já me seguem no i********:?
Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam
Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso g***o de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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