Encarei o escuro do alto daquelas escadas. Meus joelhos e braços doíam muito, mas aquilo não era nada comparado a dor da humilhação de ter passado por aquilo. Abracei meus braços, sentindo a manga longa da minha camisola de algodão se grudar em meus ferimentos e dei o primeiro passo cuidadoso que me levaria para o final daquele lance de escadas. O ambiente estava quieto, calmo até. O único barulho que ecoava era dos suspiros trêmulos que eu dava ao tentar segurar o choro que insistia em tentar sair. Porém mais do que saber, eu podia sentir a presença dele ali. A presença, que eu sabia no fundo do meu ser, que nunca tinha abandonado o meu lado e viu cada agressão e humilhação que eu passei. Aquilo me deixava extremamente envergonhada. Sem que nenhum de nós dois dissesse algo, as velas que