Cadu Narrando.
Saio correndo do quarto enrolado na toalha, mas quando vejo a mandada saindo de moto com o MT meu sangue ferve.
- LC - dou um grito que na mesma hora o LC vem correndo pra dentro de casa e eu já pego o rádio dando ideia pros vapor barrar ela na barreira.
Lc: Qual foi da gritaria.
- Acaba esse churrasco agora, não quero mais ninguém aqui daqui dez minutos.
Lc: Que isso cara? E cadê a Majur.
- Saio na moto com o Mateus - falo com raiva
LC: Agora eu entendi o que aconteceu - diz passando a mão na cabeça.
- Vai rápido Lc.
Lc: Mas qual foi da Majur sair assim do nada com o Mateus, tu fez o que com a mina? - pergunta curioso.
- Eu disse pra ela que ela precisava de seguranças a partir de hoje mais que eu não iria dizer o motivo- ele rir
Lc: Ah tem razão né mano, tu assusta a mina dizendo que ela precisa de seguranças mais nem explica pra coitada o motivo, mais agora até eu fiquei curioso isso tudo é ciúme pela Majur?
- Não né Cara, e o russo que tá me ameaçando
Lc: Aquele velho filho da p**a ainda tá vivo?
- Infelizmente sim, mas não por muito tempo se depender de mim, o desgraçado tá me ameaçando vê se pode.
Lc: Te ameaçando porque doido? as droga que ele vende nem é boa
- Foi o que eu disse, ele me ofereceu droga de graça em troca da Júlia a filinha dele patricinha de merda lá.
Lc: Eu lembro dessa mina numa balada que eu fui no asfalto, mó sem graça mais e aí é só tu negar.
- Eu neguei p***a disse que eu tenho mulher, mais mesmo assim o fdp disse que a Majur pode ficar com ele
Lc: que i****a mano
- Pois é fiih e agora eu tô com medo do desgraçado fazer alguma coisa com a Majur, ela não pode ficar em perigo por minha causa não.
Lc: O Russo tem poder lá fora Cadu, ele transporta pra fora do país, mais pow tu tem tantos aliados.
- Pra quem nunca teve medo de perder, agora tá com medo de perder a única coisa que me faz feliz.
Lc: Devia conversar com ela.- ele fala e sai lá pra fora e eu subo pro quarto, entro no banheiro e ligo o chuveiro na água gelada passando a mão no rosto forte, o desgraçado do Russo não vai me botar medo não kkk ele não conhece o Sartori filho.
***
Termino de tomar meu banho e saio direto pro closet, coloco uma roupa preta, calça moletom e uma blusa regata que fica colada no corpo musculoso do pai, coloco uma correntinha fina com um crucifixo passo perfume e saio do quarto vendo que a mandada da majur só visualizou minhas mensagens e nem respondeu.
Dando de cara com a fera da dona Geoavana, nem dou muita atenção mais ela vem atrás de mim batendo o pé.
Geovana: Não vai me falar nada Cadu? - pergunta bolada.
- Não tô afim de brigar não coroa- falo calmo desçendo as escadas.
Geovana: Por que mandou minhas amigas irem embora, essa casa ainda é minha.
- É sua mais quem banca sou eu - falo abrindo a geladeira e pegando um red bull
Geovana: Olha como você tá me tratando depois que a tingida entrou nas nossas vidas.
- Não começa mãe
Geovana: Não começe você, eu mandei a Clara ir falar com você e você a tratou super m*l, não foi assim que eu te criei Cadu.
- A pelo amor de Deus né? ç sabe que a Clara não tem moral nenhuma comigo e por falar nisso cadê o lipe.
Geovana: Pois devia ter por que ela sim e mulher pra você e não umas aí que na primeira oportunidade sobe em moto doida pra dar pra bandido.- bato a mão forte na porta da cozinha e ela me olha assustada.
- Eu nunca faltei o respeito com a senhora, mas por favor não fale do que a senhora não sabe.
Geoavana: Eu sou sua mãe Cadu, sei o que é melhor pra você e essa menina só vai trazer tragédia pra nossa vida meu filho.
- MÃE PARA CARA..só tenta enxergar a pessoa boa que a Majur é e o bom que ela tá me fazendo.
Geovana: Você conheceu ela ontem é não venha me falar que conversinhas por mensagens e namoro por que não é- suspiro fundo e saio dali indo pra boca.
- É melhor eu ir esfriar a cabeça se não eu surto aqui - saio e deixo ela lá me chamando, a minha mãe já não gosta da Majur e ainda bebe aí só piora né?
Pego a moto saindo dali e indo pra boca, preciso fumar um beck pra relaxar...
Majur Narrando.
Sigo o Mateus até na parte superior da casa, onde tinha várias portas fechadas.
Mt: Aqui e onde era o escritório do meu pai Majur- fala com a mão na maçaneta girando a mesma, e abrindo a porta em seguida. Quando ele abre a porta tinha uma mesa enorme e uma decoração meio rústica, o Mateus senta direto na cadeira enorme que tinha e me dar sinal pra que eu me sentasse a sua frente.
- Seu pai gostava de coisas antigas né- falo olhando ao redor.
Mt: Ele não deixou que eu e a minha mãe decorasse aqui, disse que aqui era o refúgio dele dos gritos da minha mãe - ele rir.
- É você sabe onde tá essas fotos ?
Mt: Não faço ideia Majur, mas nós dois podemos procurar né? - asinto e me levanto atrás dele, o Mateus era calmo e não me olhava com segundas intenções, dava pra ver que ele tava curioso tanto como eu.
Vasculhamos todo o escritório e não achamos absolutamente nada, e agora estávamos aqui sentados no chão exaustos de tanto procurar.
- Achei que eu ia encontrar mais fotos da minha mãe - falo e ele me olha triste.
Mt: Desculpas por te dar esperanças Majur, o meu pai sempre foi mestre em esconder coisas
- Não tem problema, mas agora preciso ir embora- me levanto rápido e perco o equilíbrio, o Mateus se levanta rápido pra me pegar mais eu acabo batendo o braço num livro na estante e a parede se move, nós nus olhamos sem acreditar no que víamos.