Dia chuvoso
O dia era chuvoso, havia muitas trovoadas e a tempestade estava forte, Luna acordou assustada com os barulhos de passos próximo ao seu quarto, sua tia havia ido trabalhar e só estava seu tio em casa. Ela se mantinha trancada dentro de seu quarto todos os dias, já que acabara seus estudos pois era muito inteligente, tinha o desejo de fazer uma faculdade, mas não tinha dinheiro para isso, e já que seu tio já havia deixado claro que na primeira oportunidade a violaria, Luna passava o dia todo trancada, saia somente a noite pois era a hora que sua tia chegava. Ela nunca tentou falar para sua tia oque acontecia, pois tinha medo de sua reação, e a tia era uma mulher doce que jamais faria m*l a ninguém, não merecia essa decepção.
A noite chegou, junto com sua tia, Maria era uma mulher que havia apanhado muito da vida, mas era forte, havia sofrido muito com a morde de sua irmã, mãe de Luna, e havia prometido cuidar dela.
Luna desceu as escadas, cumprimentou sua tia, e olhou para seu tio, o homem a encarava com olhos de predador, e isso lhe dava nojo, ela só queria sair correndo dali, mas estava com muita fome para subir ao seu quarto. Maria fez um ótimo jantar, já que o crápula não se mexia nem para cozinhar, e Luna passava os dias reclusa em seu quarto. Após a janta Luna lavou a louça e organizou a cozinha, quando sentiu um calafrio, olhou para trás e o homem estava lá, escorado na mesa, a encarando, mas um detalhe não passou despercebido por seus grandes olhos verdes, em sua camisa havia um respingo de sangue, Luna gelou, não conseguia se mexer, foi então que respirou fundo e finalmente falou:
-O que você fez?
E o crápula, com um tom de deboche respondeu:
-Coloquei sua tia para dormir mais cedo, hoje é o dia da minha diversão..
Luna ficou estática, ao mesmo tempo em que pensava em como iria correr dele, se questionava oque ele havia feito com sua tia, a coitada não merecia um destino r**m, era uma mulher batalhadora, mas naquele momento Luna deveria ser egoísta, deveria zelar por sua segurança, então como um jato, conseguiu correr, correr o máximo que conseguiu, estava descalça e seus pés já estavam sangrando, por ser uma zona mais afastada da cidade estava caminhando no escuro, não sabia oque fazer. Um carro estava se aproximando, a menina estava tão cansada que não conseguia mais respirar direito, então ali, na beira da estrada, na mais terrível penumbra apagou..