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1461 Words
ANA NARRANDO Estou achando o Marco tão estranho, misterioso, parece guardar segredos. Vi esses dias um envelope de uma clínica em cima da sua mesa no seu escritório, mas ele rapidamente pegou e guardou, será que ele está doente e não quer me contar. Estou aqui na piscina tomando um sol e o Feliciano encontra-se quase na minha frente parado feito um dois de paus, enfim só em pensar nesse nome p*u e lembra do dele o meio das minhas pernas aquece. Passaram-se cerca de 4 semanas após aquele dia e não tem nada do que aconteceu sai da minha cabeça. Sinto uma saudade daquele corpo no meu, das suas mãos enormes a me pegar, me tocando e quase me virando ao avesso. Que noite foi aquela? Às vezes me dá vontade de jogar tudo para o alto, mas sei que não iria muito longe. Nascer no meio da máfia para muitos principalmente homens pode até ser um privilégio, pois o poder para alguns é fonte de prazer, mas para nós mulheres é um ônus muito grande a ser cobrado. Só nos resta aceitar tudo isso e viver, se não vegetamos. Volto a olhar para o Feliciano. Sei que ele me olha através daqueles óculos escuros, e sinto que o seu olhar me deixa nua, ele tem esse poder e o meu corpo responde só em imaginar o seu olhar de cobiça e desejo. O Marco vem para a piscina junto com o seu pai. A sua mãe estava viajando, foi para Paris para casa de uma prima. Eles ficam conversando sobre trabalho, afinal é só isso que ele sabe fazer. Não me sinto muito bem, meu estômago revirando me levanto e vou direto para o banheiro e chegando lá, começo a vomitar sem parar. Droga acho que a comida de ontem a noite que tinha queijo demais não me fez bem. Tenho uma certa intolerância a queijo e os seus derivados.. Os dias foram passando e eu passei a ter enjoos matinais, vômitos e até vertigens. Será que eu estava grávida, enfim??afinal éramos casados a quase 2 anos e nos últimos 7 meses eu não fazia uso de nenhum método anticonceptivo. Mas acho que não é não, isso é coisa da minha cabeça. Passaram mais umas duas semanas e eu não me sentia bem, os meus s***s mais doloridos, com muita sensibilidade a cheiros. Tinha que tirar aquilo a limpo, vou aproveitar que o Marco fez uma viagem às pressas para resolver umas coisas em Nápoles e vou e pedi a Feliciano para ir até uma farmácia. Pedi para ele comprar 2 testes. Sei que não é tão seguro assim, mas vamos ver o resultado disso. Fico aguardando ansiosa a sua chegada. Estava deitada na cama quando escuto a Angel chamando batendo a porta. Levanto rapidamente e peço para ela entrar, ela me entrega, mas não me pergunta nada, gosto dela, porque além de ser uma senhora muito amável ela cuida muito de mim e sempre está do meu lado. — Minha filha, aqui tá o remédio que você pediu ao Feliciano para comprar. - Pego das mãos dela. — Obrigada Angel. - A chamo assim, porque ela além de tudo é um anjo na minha vida. Dou um beijo nela e ela sai, fecho a porta e vou direto para o banheiro. Não vou negar, estou extremamente nervosa, leio as instruções do teste que diz que uma linha apenas o teste é considerado negativo, duas linhas, sejam elas paralelas ou perpendiculares, indicam teste positivo. Faço tudo conforme as instruções do produto espero, faço aos mesmo tempo com os dois testes De repente vai aparecendo uma linha e em seguida a outra que indica positividade, aqueles seguidos de espera pareciam horas para o galope que meu coração se encontrava. E sim, ali mostrava que eu seria mãe, e aquilo aqueceu o meu coração, eu sonhava com isso fazia tempo. Começo a chorar, o Marco vai ficar louco. Mas não vou falar por telefone, amanhã quando ele chegar eu conto. Pego os testes, jogo tudo na bolsinha que veio, também não vou contar a Angel a surpresa, vai que o Marco liga e ela atende e solta sem querer. Vou deixar ele chegar amanhã, e aí conto tudo. Vou descendo com o saco para por na lixeira quando vejo o telefone do escritório tocar e vou lá atender. Era a minha mãe, estava louca para contar para ela, mas queria surpresa em tudo. — Mãe, como estão as coisas por aí? — Tudo bem filha, estou com saudades. — Você bem que poderia vir amanhã aqui, o Marco vai chegar de viagem, vou fazer um jantar, venha você e o pai. — Pode deixar, amanhã chegaremos perto da hora do almoço. — Está certo, fico ansiosa esperando vocês.- Ele vão amar a notícia, afinal são loucos para serem avós assim como o pai do Marco. — Liguei só para saber se voces estão bem. — Estamos sim mãe, o Marco que está sempre muito ocupado, as vezes me sinto só, mas de resto tudo está bem sim. — Ah minha filha, quando casamos é assim mesmo, a nossa rotina muda e vai se conforme a do nosso marido. Sei que vocês ainda não fizeram nem 2 anos de casamento, mas não pensam em ter filhos não? Isso seria bom para vocês e você se ocupava. — Estamos pensando sim, bom mãe vou fazer umas coisas aqui, amanhã não esqueça de vir. — Pode deixar meu amor. — Tchau filha. beijos — Beijo Mãe. Estou ansiosa para chegar logo amanhã, mais tarde ligo para os pais do Marco e os chamo também para jantar conosco. Quando estou saindo do escritório vejo aquele envelope que ele havia escondido de mim semanas antes. Naquele momento a vontade de bisbilhotar era enorme. Olho e me viro para sair. Quando estou perto da porta algo me diz, leia, afinal ele pode estar doente e precisando de você, giro o meu corpo e volto até a mesa, pego o envelope e abro. O que vejo é algo que eu jamais poderia imaginar o meu Deus, meu coração acelera, começo a suar frio. Coloco a folha dos exames dentro do envelope . Saio da sala passando m*l e quando chego a cozinha e a Ângela chega perto de mim e pergunta o que eu tenho, ela fala que eu estou branca demais, não lembro mais de nada.Abro os olhos e estou na sala com a Angela e o Feliciano próximo de mim. — Angela pega uma água para mim, por favor. — Você está melhor, minha filha. - Vou me levantando devagar. — Estou, olha, não traz água, traz uma limonada, acho que esse calor não está me fazendo bem. — Está certo, por favor Feliciano fique com ela até eu volta da cozinha. — Pode deixar dona Angela, fico sim. - Ela sai e eu olho para ele. — Estou numa enrascada. — O que houve? do que você está falando? — Fui até o escritório e olhei um envelope de um laboratório que estava em cima, esse envelope ja rondava a mesa do Marco a alguns dias, mas ele escondia de mim todas as vezes que estava com ele em mãos. — Nunca questionei porque achava que era coisa da minha cabeça, e não deveria ser nada demais, afinal ele tem uma ótima saúde. — Você abriu? Qual era o conteúdo? ele tem alguma doença? - Quis o Feliciano saber. — Era o resultado de um espermograma cujo resultado é que ele é infértil.- Olho para ele, mas não vejo nenhuma reação. Mas também ele não pode esboçar nenhuma, afinal não sabe o resultado do teste de gravidez. — Ah, mas você quer ser mãe? - Ele me olha ainda confuso. — Feliciano eu estou….. - A Ângela chega com a limonada eu paro de falar e pego a limonada. — Você se sente melhor, né? - Fala a Angel toda preocupada. — Eu estou, sim, não se preocupe. - Digo mas sem ter a certeza, afinal meu coração está a mil. — Eu preciso ir ao mercado com o Ramon, você pode ficar com ela aqui dentro enquanto eu vou no mercado Feliciano. — Podo sim dona Angela. - Retruca o Feliciano. — Mas qualquer coisa que ela não se sentir bem, a leve no hospital. — Não se preocupe, eu levo. — Não vai precisar Angel, eu estou bem, vai tranquila. - Fico tomando a limonada e depois eu eu tenho a certeza que a Angel saiu falo para ele. — Precisamos conversar seriamente. Mais uma história maravilhosa para vocês... Já me seguem no insta? Poxa ainda não? Vai lá Aut.GabiReis Acesse o link na bio e entre no nosso grupo de leitoras s2.
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