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2532 Words
- O quê?  - Mas estou disposto a correr o risco se você também estiver. - Você é louco.  - Katy eu já sabia... - Já sabia o que? Que você é louco? - Não sua tonta. Se bem que devo ser mesmo louco para estar fazendo tudo isso... - Fazendo o que? Você não fez nada... - Katy, eu já sabia... Eu já sabia que o voo tinha sido cancelado, por isso arrumei isso tudo. Não achou exagerado demais isso tudo? - Não sabia que você era do tipo romântico. - As pessoas costumam nos surpreender não é mesmo? E além do mais eu queria algo normal depois desses dias tão turbulentos que nós tivemos e sei também que você gosta e merece algo assim, especial. -Agora me pego sorrindo para ele, para aqueles lindos olhos azuis. - Ok, e como você pretende fazer que isso funcione? - Primeiro você não vai contar nada para ninguém. Será um segredo só nosso. Ok? - Ok. Algo mais? E quanto ao meu pai e a Anabel? E se eles descobrirem? - Eles não vão. Estão tão apaixonados que nem irão perceber diferença. - E o que faremos? Vamos fingir que não está acontecendo nada quando estivermos com eles e depois quando estivermos sozinhos começa toda essa loucura?! Sinceramente não acredito que isso funcione. - Como pode saber se não quer nem arriscar? Vamos. Cadê aquela menina que não tinha medo e não estava nem ai? - Não sou mas aquela garota. Aconteceram coisas de que não me orgulho porque eu não tive cuidado, nem receio e muito menos medo. - Só me responde uma coisa, você sente algum tipo de atração por mim? - Essa não é a questão Peter. Eu não posso jogar tudo assim pra viver uma paixão i*****l. Eu não quero um namorado pra ficar as escondidas. Quero namorar alguém que não tenha problemas em andarmos de mãos dadas ou em me beijar em público. Isso nunca daria certo Peter. - Ninguém vai saber. Vamos fazer apenas um teste. - Isso não funcionaria. Eu e você não temos nada em comum. - c*****o garota, dá para parar de crias desculpas? Eu estou aqui disposto a fazer o que você quiser e você fica testando minha paciência. Faz o seguinte você pensa e me avisa quando decidir. Mas por favor não demore, porque quando você descobrir que isso não vai fazer m*l a ninguém eu quero poder aproveitar com você isso que estamos sentindo enquanto mamãe e o Charles não chegam. - Ele se levantou tirou as coisas da mesa. Ele pegou uma vela. - Boa noite Katy. - Ele beijou minha testa e saiu com a vela como se estivesse acompanhando uma procissão de cabeça baixa. Peguei uma das velhas e subi em direção ao meu quarto. Chorei o resto da noite. E pela primeira vez essa noite foi a noite em que eu senti mais falta do que eu tinha antigamente, uma noite tranquila. Sábado, 11 setembro, 2021 Quando acordei me deparei com um dos bilhetes do Peter colado no corre mão da escada. "A mamãe e o Charles ligaram, disseram que iram passar o resto do final de semana lá voltam na segunda. Fui para a casa de um amigo, vou passar o final de semana lá. Tchau, Peter." Tomei café e troquei de roupa, vesti uma calça jeans e uma camiseta regata azul. Fui para o salão, às meninas conversavam entre si, riam e fofocavam sobre tudo. Aquela manhã foi bem lenta, acabei aceitando fazer as unhas também depois que recebi um SMS do Christian. De: Chris Oi Katy. Você vai a festa da Jenny H.? Havia me esquecido totalmente dessa festa. Quando sai do salão passei em casa para trocar de roupa e pegar um dinheiro para comprar uma roupa nova para a festa. Acabei comprando um vestido azul tomara que caia e lanchei umas batatas. Quando cheguei em casa senti um vazio, falta a bagunça, o cheiro dele, faltava ele. Mas já estava ficando tarde pra quem tinha que se arrumar para uma festa. Banhei, me maquiei e me vesti. Esperei que o horário passasse um pouco e então sai de casa. Quando cheguei lá mandei um SMS para o Crhistian dizendo que havia chegado e ele me respondeu no mesmo minuto. De: Chris Katy estou no segundo andar. Vem aqui. É urgente!!!  Entrei na casa e passei por um corredor lotado de gente bêbada que estavam se agarrando, alguns até me empurraram até que consegui sair de lá. Achei as escadas e subi. Me dei em frente de três portas, abri a primeira e não havia ninguém lá dentro mas a luz da outra porta estava aberta quando abri encontrei o Christian deitado no chão. - Oi. - Oi Katy. Até que enfim você apareceu. - Então o que você está fazendo aqui em cima enquanto estão todos se embriagando lá em baixo? - Porque eu precisava falar com você primeiro. - E o que vossa senhoria quer comigo? - Eu queria que você me ajudasse. Os caras estão começando a pegar no meu saco por conta de você sabe o que. - E o que você sugere? - Que você aceite os meus flertes e que fique comigo. - Hmm... E você acha que eles vão acreditar? - Claro. Você é neutra aqui. Não tem histórico e eu fui a primeira pessoa a ter contato com você. Eles podem pensar que foi porque eu te achei bonitinha. - Bonitinha? Éguas! Ok então. Mas por que você não simplesmente entrega todos eles para o reitor da escola? - Porque ai mesmo que vão pegar no meu pé, e não é só eles mas toda a escola porque eles iriam ter a certeza de quem eu realmente sou. - Chris, você não deve se sentir constrangido por quem você realmente é. Não precisa fazer nenhuma dessas coisas, eu vou te ajudar como você quiser. Mas na minha opinião você não deveria fazer nada disso. - E na minha opinião devemos descer e fingir que estamos apaixonados. Mas sem exagerar.  Descemos as escadas e fomos para o quintal da casa. Nós nos sentamos em um balanço que tinha e ficamos conversando, rindo e zoando com a cara de alguns que estavam lá. E ninguém dava muita atenção pra gente como eu esperava até o momento em que eu tive um grande ataque de riso e o Chris saiu me puxando para irmos até a cozinha pegarmos algo para beber. A cozinha estava cheia de adolescentes como o resto da casa. Eu peguei uma das garrafas de vodca que estava pela metade no balcão e puxei o Chris para o quintal de volta onde estavam todos dançando. Dei um gole e passei a garrafa para o Chris, ele sorriu para mim.  - Você é louca. - Ele bebeu um gole também e eu o puxei para dançar, ficamos no centro de todos. Começamos a dançar com os corpos bem juntos um do outro. Ele subiu uma das mãos até a minha nuca e empurrou meu rosto com delicadeza para que selássemos um beijo. Minhas mãos subiram para a nuca dele e comecei a mexer no cabelo dele e sorri, então nos beijamos de novo mas dessa vez o beijo foi mais intenso e duradouro. Ele beijou meu queixo e meu pescoço e foi em direção ao meu ouvido e sussurrou. - Pronto, acho que isso é suficiente para que eles fiquem curiosos com o que acontece agora. Nós podemos sair daqui agora. Eu sorri para ele e quando me virei dei de cara com quem eu menos queria ver, justamente com a pessoa que tem me tirado o sono. E lá estava ele me olhando, ou melhor dizendo, olhando eu o Chris. - p**a merda! - Chris me olhou e me estendeu o braço. Saímos de lá e no momento em que passei pelo Peter senti um frio e um vazio. Christian me carregou até a cozinha e me puxou de vez em quando para me beijar. Eu bebi o resto da garrafa de vodca. - Christian, eu preciso de mais uma garrafa dessas. - Não acha que o que você já bebeu não é suficiente? - Não acho. Se importa de procurar uma para mim enquanto vou no banheiro? - Ok. - Ótimo. - Sai em disparada para o quintal a procura do Peter, mas ele não estava mais lá. Resolvi procurar ele nos outros compartimentos da casa e ele não estava em nenhum. Ele não estava mais ali. - Até que enfim encontrei você, Christian. A onde você estava? Estive procurando você feita louca. Me dá a garrafa por favor. - Tomei a garrafa da mão dele e comecei a beber. - Quer sair daqui? - Estou louca para sairmos daqui. - Ele trouxe meu corpo para perto do dele e fomos em direção ao carro. - Tudo bem Katy? - Está tudo cor de rosa. - Levantei um pouco o rosto e sorri para ele. - Mesmo? Não tem nada que queira me contar? - Não. - E você soltou aquele "p**a merda" por algum motivo? - Não, desde quando se precisa de motivo? - Ah, desde sempre. Só quero te ajudar Katy. O motivo tem nome? - Hmm... Talvez tenha...  - O que aconteceu? - É o seguinte Christian eu não estou a fim de falar disso agora. Beleza? Dá de você me levar para casa agora? - Achei que fossemos dar uma volta mas dá sim.- Ele deu a partida e eu bebi o resto da vodca que havia na garrafa. Fomos em silêncio até chegarmos em casa.- Quer que eu entre e te faça companhia por um tempo? - Não precisa. Obrigada pela noite Chris.- Beije a bochecha dele e sai. Avistei o carro na garagem. Ele havia voltado para casa. Meu coração acelerou e eu senti as borboletas em meu estômago novamente. Sai correndo quase tropeçando em meus próprios passos e abri a porta quase caindo em cima dela. - Peter!!! Eu sei que você está aqui. Me deixa explicar o que aconteceu de verdade. - Querida, tudo bem com você? Onde você estava? - Ah não, eu conheço essa voz e definitivamente não é do Peter. Virei para a porta da cozinha e lá estava o Peter sorrindo da minha cara de surpresa e o meu pai estava um pouco mais a frente dele. - Pai, que surpresa. Achava que você só iria chegar na segunda... - Corri e o abracei e fiquei encarando o Peter por cima do ombro do Charles. - Então, como foi por lá? - Foi ótimo. Conseguiram vagas em um voo em cima da hora e chegamos antes do previsto. Estou surpresa em encontrar os dois vivos. A onde você estava querida? - Ah, fui à festa de uma amiga da escola. - Hmm, tudo bem, isso explica o cheiro de álcool. E o que você precisa explicar para o Peter? - Peter levantou uma das sobrancelhas e sorriu para mim. - Ah nada demais pai. Onde está a Anabel? - Ela chegou cansada e já foi se deitar. E acho que eu já vou também. Conversamos mais amanhã. Boa noite crianças. - Ele beijou minha testa. - Estava com saudades meu doce. - Ele subiu as escadas bem devagar, esperei ele bater à porta para ter a certeza de que estava sozinha com o Peter. E pude voltar a encarar ele, Peter chegou bem próximo de mim e colocou o braço em volta da minha cintura me puxando para perto do seu próprio corpo e com o outro braço puxou de leve o meu cabelo para trás e encostou os lábios em meu ouvido e perguntou em tom de sussurro. - Então, quer se explicar agora? - Bem, o que você viu não é o que parece. - Ah não?! Achei que não quisesse ficar comigo porque ainda estava m*l com o que tinha acontecido e aí eu te vejo dançando e beijando aquele i*****l. - Não fala dele assim. Eu só estava... - Só estava testando suas opções, correto? - Não. Mas que se dane essa história toda. Eu não tenho nada com o Christian. Eu quero você. Eu quero você Peter. - Tirei a camisa dele e joguei no chão, comecei a desabotoar o cinto e depois a calça dele. Ele beijou meu pescoço e foi subindo os beijos de forma ordenada até que chegou a minha boca. Ele me levantou e me fez cruzar as pernas em volta da cintura dele, me carregou até o meu quarto, nos deitamos na cama. Eu estava por cima dele e tirei a minha camiseta. Fui me abaixando e tirei a calça dele, estava preste a fazer um oral nele quando... - Jesus! Katy. - O que foi? - Vem aqui. -Subi novamente e comecei a beijar ele. -Não precisa fazer isso. - Mas eu quero. E sei que você também quer. - É claro que quero. Não posso evitar, sou homem. - Então, relaxa e aproveita. - Voltei a beijar ele. Ele passou a acariciar a minha b***a depois subiu a mãos para a minha cintura e me jogou para o lado dele. - Qual o seu problema? Eu estou aqui disposta a fazer o que você quer e você fica me jogando de lado. - Isso não é o que eu quero. - E o que você quer? Me fazer passar por palhaça? - Ele riu. - Pelo visto parece que eu acertei. E ai, está se divertindo? - Muito, não tem noção do quanto. - Ele virou o rosto para que ficasse de frente para o meu e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e começou a acariciar de leve minha bochecha. - Lembra daquele dia que eu te beijei pela primeira vez? - Sim, e o que isso tem haver com a situação? - Tudo. Beijei você naquele dia porque estava bêbado, e hoje você está me beijando por está bêbada também. Você não teria coragem de falar que me quer se não estivesse bêbada. - Continuo sem entender. - Eu não quero você assim. Essa não é você.  - Qual o seu problema? Uma hora você diz que me quer e na outra me joga de escanteio porque estou bêbada. Seu broxa de merda! Cai fora. - Katy, eu não quero só t*****r com você, ok? Quero te dar uma primeira vez divina, mas você estando bêbada não pode se lembrar dela e me fazer pensar que está comigo só porque está bêbada. Não fui adiante em nenhuma das vezes quando ficamos não foi por pena e nem medo, foi por respeito a mim mesmo. Cara, você não tem noção de como eu te quero. Tem noção de como isso é difícil para um cara? Fui sincero quando disse que podia estar apaixonado por você e caso tenha uma primeira vez nossa quero que seja inesquecível. Consegue me entender agora? - Sim. - Ótimo. Pena que eles já chegaram e não posso passar a noite aqui com você. Boa noite pirralha. Sonhe comigo e tudo acabará bem. - Ele beijou minha testa e saiu. 
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