1
Oi, deixe me apresentar primeiro. Tenho olhos e cabelos cacheados de um castanho extraordinário na minha opinião. Sou uma moça estadunidense considerada por muitos ainda como sendo uma queen bee, sou invejada por todos em minha cidade. Tenho uma casa dos sonhos, tenho milhares de amigos no f*******:, moro com um pai que me dá e me permiti fazer tudo o que eu quero, tinha um namorado que é desejado por todas. Mas não se deixe enganar, não sou uma hit girl e nem muito menos uma patricinha daquelas de filme. Sou uma garota muito inteligente e determinada a fazer o que quero e com problemas como todo mundo que serão revelados de acordo com o decorrer dessa nossa história.
Hoje eu pretendia acordar cedo pretendendo me vingar do meu irmão, o Peter. Ontem ele me fez vim caminhando doze quadras da escola até em casa, porém além disso, o Peter fez o favor de me acordar com um balde cheio de água em cima de mim e da minha cama. Eu comecei a gritar, lógico.
— Pai!! Papai!!! Pai!!
— O que foi querida? — Ele estava segurando um secador de cabelo e vestido no seu roupão longo e branco com um cabelo molhado ainda. — Achei que tivesse alguém aqui.
— Ainda pergunta o que aconteceu ?! Olha pra mim. Estou toda molhada, e a minha cama encharcada. Eu vi o Peter saindo daqui.
— Ah querida, está tudo bem, vou conversar com a Anabel sobre isso e saiba que não vou deixar ficar assim essa história.
— Pai.
— Sim, querida.
— Se o senhor achava que tinha mais alguém aqui por que veio com um secador? Ia me defender com um secador? Um pai normal viria com um taco de beisebol.
— Ah é? Está tirando sarro de mim? Olha só o que eu podia fazer com ele. — Ele colocou uma das mãos no meu pescoço e a outra ficou bagunçando o meu cabelo com o secador.
— Ok pai. Já foi o suficiente e fico feliz por ter um homem com um secador pra me defender... — Falo num tom de zombaria.
O meu pai é um homem robusto mas com uma aparência de 45 anos mesmo sendo um homem de cabelos meios grisalhos. Possui olhos castanhos como os meus e tem um sorriso bonito que conquista qualquer mulher, até mesmo porque homens como ele que possuem uma poupança relativamente grande é sempre fácil conquistar mulheres. E é claro que ele não poderia continuar solteiro eternamente, desde que a minha mãe havia falecido ele dedicava grande parte de seu tempo para mim e como todo mundo eu fui crescendo e queria que ele me deixasse mais livre então passei a insistir que ele procurasse alguém, para que ele passasse mais o tempo e aproveitasse mais a própria vida e então começamos a dar mas movimento a nossa história a partir do momento em que papai se casa com Anabel e força eu ir morar com a sua nova família.
Ele saiu e foi em direção a cozinha. Eu me levantei e fui tomar banho. Quando voltei pro meu quarto lá estava ele sentado na minha cama me olhando.
— O que você quer aqui? — Perguntei com a voz um pouco trêmula.
— É assim que você quer jogar? Saiba que eu sou um gênio em armação de pegadinhas... Achei que garotas como você fossem mais inteligentes... Eu estou de castigo por uma semana... Fique de olhos bem abertos princesa porque o jogo começou.
— Só uma semana? Não acredito nisso... — Fui interrompida pela voz de Anabel.
— Meninos desçam aqui na cozinha.
Ele saiu e bateu a porta do meu quarto. Eu fui escolher minha roupa para o meu segundo dia de aula na nova escola. Escolhi roupas simples e leves.
Quando cheguei na cozinha estavam todos sentados tomando café da manhã e rindo. Eu comecei a fazer o meu café e a Anabel pediu para que eu me sentasse junto deles porque ela e o papai queriam contar algo pra mim e para o Peter.
— Bem, nós nos casamos e não tivemos a nossa lua de mel... No meu trabalho as meninas ficaram sabendo disso e começou uma pequena discussão e elas deram para mim e para o Charles uma chance de comemorarmos o nosso casamento no Havaí. Vocês vão ter que ficar aqui sozinhos. A gente vai estar saindo hoje a noite daqui. Não quero confusões. Peter você vai ter que trazer todas as vezes a sua irmã para casa.
— O quê? Ela pode vim andando assim ela não queima meu filme. Já fico m*l em ter que levar ela. E ela não é minha ir...
— Calado Peter, me deixa terminar. — Anabel interrompe Peter. — Eu não quero saber de festas, a Katy vai estar no comando. Vou deixar um cartão de crédito com ela pra comprar apenas o necessário. Eu não quero saber de nenhuma festa, estamos entendidos? — O Peter balançou a cabeça confirmando — Agora terminem pra irem pra escola. — Ela e o papai se levantaram e saíram da cozinha.
Anabel era aquela tipo de coroa enxuta que por onde passa ela chama atenção. Possuía a aparência de uma mãe como os seus amigos costumam chamar de Mama Hot. Anabel mimava o Peter mais do que papai me mimava. Ela é uma mulher loira de olhos azuis, acredito que tenha sido sua beleza que conquistou o coração do velho Charles.
— Cuida, senão vou te deixar aqui e você vai caminhando pra escola. — Ele também saiu da cozinha e eu terminei de tomar meu café queimando minha língua.
Quando terminei fui buscar a minha bolsa e quando sai ele estava lá encostado no carro com aparência de Bad Boy, a mesma do meu ex namorado o que me irritava ainda mais ter que olhar pra ele.
Sabe aquele garoto que todos conhecem na sua cidade? Pois é, Peter é esse garoto. É o garoto bonito que é convidado para as melhores festas, que as garotas fazem filas para ficar com ele mesmo sabendo que ele não do tipo de querer algo sério com elas, tem um carro legal, pratica artes marciais e nunca ninguém ousou derrota-lo, e como se a vida não já tivesse sido muito boa para ele, ele também possui os olhos azuis da mãe e um sorriso bem mais enigmático e magnífico do que o do meu doce querido papai.
— Nossa!! — Achei que vinha um elogio logo a seguir mas me lembrei que se tratava da pessoa mais lesada do universo. — Por que você demora tanto pra ficar mais feia? Entra logo no carro porque a gente tem que sair logo, eu vou passar na casa de um amigo.
Eu entrei e fui ouvindo música no meu iPod, ou melhor, estava tentando ouvir até que desisti. Ele tinha colocado AC/DC pra tocar no carro e bem alto até que chegamos na casa do amigo dele.
— Fica aqui. Eu não demoro.
Depois de uns trinta minutos jogando no celular eu perdi a paciência e fui para o banco do motorista, dei a partida e fui pra escola deixando o Peter na casa desse tal amigo, afinal de conta são apenas 7 quadras, menos do que ele me fez andar. Cheguei na escola e quando desci do carro percebi que todos me olhavam. Comecei a achar que a minha roupa aparentava ser mais velha do que realmente era ou então estava suja, porém estava errada, era o carro, a placa melhor dizendo, "O número 1", deviam estar se perguntando quem é essa garota que chegou aqui no carro do Peter. Eu sai andando e fui em direção a minha sala. Assisti meu primeiro horário e no intervalo quando bati a porta do meu armário lá estava ele me olhando com raiva.
— Por que você fez isso? Eu mandei você ficar me esperando... — Ele foi interrompido por um rapaz forte de olhos verdes, moreno, confesso que era muito bonito, que falou no ouvido dele "mandou bem em papai, essa garota nova é uma gata". O Peter tossiu e depois começou a rir. — Josh, ela é minha irmã, filha do babaca que casou com a minha mãe. Me devolve as chaves do carro. — Falou voltando a atenção para mim.
— Não. Quero ter a certeza de que não vou pra casa andando. Esteja me esperando na frente da escola quando terminar ou eu vou embora sem você.
O sinal da escola tocou e eu peguei meus livros do armário e percebi que o tal do Josh estava encantado no meu decote, então por que não posso me aproveitar um pouquinho dele?
— Josh, isso?
— Sim, e você é a...?
— Katy. — Dei um sorriso para ele — Se importaria de carregar meus livros?
— Está zoando? Acho que vou vomitar. — Peter falou e saiu de perto de nós dois.
— Ah, claro que não, seria uma honra. — Começamos a andar em direção a minha sala e por incrível que pareça esse amigo do Peter é bem legal. — O que você está achando da Califórnia?
— Apesar de ter que suportar o Peter todos os dias a Califórnia é um ótimo lugar, tem pessoas bonitas, eu gosto do clima daqui, eu achava que precisava esquecer um pouco das coisas do passado... Bem, é aqui que eu fico. — Eu peguei meus livros dos braços dele e dei um beijo na bochecha dele. — Foi um prazer.
Josh e Peter são amigos a um considerado tempo. Josh é aquele amigo que sabe os seus segredos e que te acompanha em todas as coisas por mais insanas que lhe pareçam. E é claro que Josh é um rapaz bonito, afinal de conta ele anda com o Peter e eu ouvi dizer que pessoas bonitas são atraídas por outras pessoas bonitas. Josh é um rapaz com uma cor bronzeada, de sorriso bonito mais não tão bonito se for comparar com o de Peter, tem cabelos castanhos e olhos verdes fascinantes.
Entrei na sala, estava feliz por ter aulas de francês, estava feliz por poder exibir algo que sabia, estava feliz por ter conseguido ficar por cima do Peter.
Conheci um garoto ruivo de olhos verdes que ficou impressionado por eu saber falar francês tão bem, o nome dele é Christian, e quando acabou a aula ele me perguntou se eu queria almoçar com ele e eu aceitei, afinal de contas não conhecia ninguém naquela escola e não queria ficar sozinha.
Ele me apresentou suas amigas, entre elas estavam uma garota asiática bonita que ofuscava sua beleza porque assustava os garotos por ser muito inteligente, seu nome era Lindy, e a outra garota Emy tinha cabelos azuis, aparentava ser meio doidinha mais na minha opinião ela só queria se encontrar nesse mundo maluco assim como todo mundo.
— Então Katy, você tem namorado? — Perguntou Emy.
— Não mais, terminamos a algumas semanas.
— E por que você veio morar aqui na Califórnia? Desilusão amorosa? Divórcio dos seus pais? — Perguntou Lindy.
— Bem, o meu pai ele se casou com uma mulher e ela não podia largar o emprego dela aqui então nós nos mudamos para cá.
— Já sei quem você é. O seu pai foi quem se casou com a mãe do Peter Vanderwaal... Então, ele não é um máximo? Como é estar com ele? — Perguntou Emy.
— O que? Como vocês podem idolatrar alguém com o Peter? Ele é a pessoal mais tapada de todo o mundo, é um garoto que só se importa em ficar com garotas... — Parei de falar quando olhei que o Josh me olhava, dei um sorriso tímido e fiquei o olhando até ser interrompida pelo Christian.
— Katy, tome cuidado, garotos como o Josh são piores do que o Peter, ele quer ficar com você por uma noite porque você é nova nessa escola, mais ele nunca quer nada sério com nenhuma garota.
— Eu sei me cuidar. — Olhei para o Christian e ele me parecia estar surpreso com minha resposta — Mas obrigada por se importar, caso eu precise de sua ajuda eu falo ok? — Dei uma piscadinha para ele e ele me assentiu com a cabeça.
Peguei minha bandeja e fui em direção ao lixo, joguei tudo fora e fui em direção ao banheiro. Molhei meu rosto e tentei me reconstruir por um segundo, não estava sendo tão r**m ter sido forçada a mudar de escola.
Apoiei-me na pia por alguns segundos e respirei fundo, peguei minha bolsa passei um pouco de base e um brilho para parecer um pouco mais viva. Quando sai do banheiro o cara charmoso que estava encostado na parede veio para perto de mim, era o Josh.
— Hey, vai ter uma festa hoje para comemorar o início do ano letivo na casa de um amigo meu... Está afim de ir comigo?
— Eu ia adorar mas ainda não me acostumei com a rotina daqui, estou meio cansada, fica para uma próxima ok?
— Sem problema. Tem aula de que agora?
— De geografia, sabe onde fica a sala do professor Gates?
— Sim, você sobe as escadas e entra no corredor a esquerda, é a terceira sala. E uma dica, não sente na frente porque ele fala cuspindo. Boa sorte.
— Obrigada, tchau.
— Tchau.
Assisti todos os meus outros horários. E fui pra onde tinha marcado de esperar o Peter e por incrível que pareça ele estava lá.
— Vamos princesa, eu estou com pressa.
— Calma meu príncipe, já estou aqui, já podemos ir pra casa para você voltar a usar drogas no seu quarto. - Peguei as chaves na minha bolsa e dei pra ele.
Chegamos em casa e como o de costume eu fui para o quarto dormir, quando acordei tinha um bilhete do Peter na minha porta.
Princesa, fui para uma festa e caso precise de mim não me ligue.
Com amor seu irmão sexy
Eu ri bastante, imaginei ele me dizendo isso com o seu tom sarcástico. Fui para cozinha e preparei um macarrão com queijo e depois que comi fui ver alguns filmes e acabei pegando num sono no sofá. Acordei com um barulho vindo da cozinha. Peguei meu celular e um jarro da Anabel que tinha em cima da mesinha de centro e fui em direção a cozinha me deparei com o Peter sentado com a cabeça no bar, estava fedendo, coloquei o vaso na mesa e cheguei mais perto dele.
— Jesus, você me deu um susto. Quer alguma coisa? — Ele não me respondeu, aparentava estar completamente bêbado. Eu estava saindo da cozinha quando...
— Fica aqui, bebe comigo, não quero ficar sozinho.
— Você quer a minha ajuda?
— Vai mesmo forçar a barra comigo nesse estado? — Ele parou por um segundo e levantou o rosto para poder ver o meu. — Sim, eu preciso da sua ajuda.
— Ótimo, era o que eu queria ouvir, vem cá. — Coloquei o braço dele no meu ombro. E levei ele até o banheiro do quarto dele que por minha sorte era no primeiro andar da casa, encostei ele na pia e comecei a desabotoar a camisa dele e deixei ela cair no chão, ele tirou os sapatos empurrando com os próprios pés, eu abri o botão da calça dele e tirei. Ele tinha ficado apenas com uma cueca box cinza, e p**a merda, ele era muito gato, tinha um corpo completamente perfeito. Quando me levantei ele encostou o rosto no meu ombro e começou a soluçar.
— Aquela v***a vai me pagar. Não acredito que ela estava se jogando pra cima do Josh.
Eu não sabia o que fazer provavelmente ele estava falando da namoradinha. Eu acho que essa é uma hora muito indelicada para perguntar se ela ficou com o Josh... Então eu abracei o Peter e ele conteve o choro. Empurrei-o para debaixo do chuveiro e dei um banho nele. Depois peguei um roupão e o fiz como uma cortina e virei para o outro lado pedindo que ele tirasse a cueca. Ele tirou e se enrolou no roupão, depois foi em direção ao espelho e o abriu e tirou algum comprimido da prateleira e tomou. Quando fechou o espelho o seu olhar se encontrou com o meu e ele me deu um sorriso e abaixou a cabeça. Eu fui até ele e o puxei até a cama e o coloquei nela, o cobri e ele segurou meu braço bem firme.
— Obrigado princesa.
— Você faria o mesmo por mim se fosse eu que estivesse nesse estado.
— Pode deitar aqui comigo por um tempo? Acho que deveria te dar uma chance, então me deixa te conhecer melhor. — Ele falou isso puxando o meu braço mais para próximo de si.
— Ok. — Me deitei encima do braço dele.
— Então... Você está gostando do meu reino?
— Até que ele é um pouco legal, têm garotos bonitos, pessoas legais, professores legais, enfim, está sendo um pouco legal. Não se compara com o meu antigo reino.
— Um pouco? Sente falta do internato? É tem razão. Não é tão legal quando não se é uma pessoa conhecida, mas como esse é meu último ano talvez eu deixe o meu reino pra você no próximo ano, tudo depende de você princesa.
— Como um peixe sente falta da água, é assim que eu me sinto... Você está completamente bêbado, está falando coisas que nunca falaria se estivesse sóbrio.
— Quer me ver fazer algo que eu nunca faria se estivesse sóbrio?
— Claro, adoraria. — Ele me puxou para próximo dele e só parou quando estava sendo possível sentirmos a respiração um do outro, ele olhou meus lábios por alguns segundos e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha e em seguida me beijou. Foi um beijo inesperado e intenso, ele me puxou para cima de si e acariciou minha b***a eu abri um pouco a parte do seu roupão e ele invadiu minha boca com sua língua e o seu hálito de álcool, e só fomos forçados a parar quando já se estava faltando ar para nós dois. Eu me joguei do lado dele e deixei minha mão em cima de seu peito. Ficamos rindo daquele momento por um pequeno intervalo de tempo.
— Viu? Agora sabe que não tenho controle quando estou bêbado, já sabe o que tem que fazer para conseguir arrancar algo de mim que eu nunca faria na minha vida.
— Pode deixar... Acho melhor eu ir, amanhã nós dois temos aulas. Boa noite Peter.
— Boa noite princesa.
Essa foi uma das noites mais longas da minha vida. Não acredito que fiquei com o Peter, fiquei pensando se ele ficou imaginado também o nosso beijo, e como seria quando fossemos tomar café, se teríamos que fingir que tudo aquilo não foi nada até que peguei num sono.