A Nova vida de Pedro

Capítulo 19

Pov. Tomai

Era 11 de Fevereiro de 2016 , era um sábado e naquele dia seria o meu aniversário mas eu tinha me esquecido e estava lá no meu terceiro sono ,depois de ficar sexta feira até tarde jogando Minecraft com o Gustavo eu só queria dormir pois me sentia muito cansado.

Eu virava de um lado para outro procurando dormir , dei uma olhada na direção da cama do Vitor e a cama estava vazia o Vitor já havia se levantado.

O Vitor tinha um quarto só dele mas eu não entendia porque ele insistia em dormir no meu quarto ou no dos meus pais.

Eu virei as costas para a cama do Vitor ficando de frente para a parede, levando o lençol até a minha cabeça e voltando a dormir.

Eu caí em um coxilo gostoso por alguns minutos, as minhas patas dos pés ficaram descobertos enquanto minha cabeça ficou coberta com o lençol.

Enquanto eu coxilava eu sentia algumas cossegas nas minhas patas e acordei sentindo uma claridade invadir o lugar onde eu estava e atrapalhar o meu sono , tirei o lençol do rosto e notei que a janela do meu quarto estava aberta e sem a cortina que a cobria.

- Só pode ser coisa do Vitor - Pensei

Me levantei da cama e fui até a janela para feixa-la e colocar a cortina eu me sentia ainda sonolento e queria dormir mais um pouquinho , eu ia na direção da janela como um zumbi , me sentindo um pouco irritado por alguém ter tirado a cortina da janela e atrapalhado o meu sono.

Quando cheguei na janela senti uma briza gelada e suave soprar contra o meu rosto balançando meus pêlos , olhei para o céu e este estava limpido com um azul claro , as cores do dia pareciam está bem mais vivas me passando uma sensação de bem estar , naquele momento eu senti o meu mau humor sumir , sabe aqueles dias em que você olha para o céu ou a natureza e sente uma sensação de bem estar ? Eu senti aquilo naquele dia , tanto que me permiti por alguns minutos ficar observando o céu pela janela do meu quarto enquanto via os pássaros passarem cantando e aquela briza suave e gelada soprava no meu rosto.

Eu devo ter ficado observando o céu alguns minutos a fio e depois senti a sensação de sono voltando , eu não costumava acordar tarde , eu sempre acordava bem cedo mas naquele dia eu queria dormir mais.

Me permiti ficar admirando o céu por mais alguns segundos, depois feixei a janela e coloquei a cortina e voltei para a minha cama me embrulhando todo , senti minhas pálpebras ficarem pesadas e pouco a pouco o sono foi tomando de conta de mim.

Estava quase sonhando quando senti uma claridade invadir o lugar onde estava novamente, eu irritado tirei o lençol da minha cabeça e tomei um susto com o que vi

- Surpresa ! - Gritaram em coro todos em volta da minha cama

Minha mãe trazia um bolo do Minecraft meu jogo preferido

- Feliz aniversário Tomai - disse minha mãe

Eu ainda um pouco surpreso e me recuperando do susto dei uma olhada ao redor e vi o Vitor a Kássia , o Gustavo o Guaxinim, meus primos , meu pai e tios e notei um rosto que nunca tinha visto era um garoto raposo meio cachorro que parecia ter só cinco anos , notei que a Daniele estava ali.

- Feliz aniversário irmão ! - disse o Vitor indo até a minha cama e me abraçando , Vitor me abraçava com tanta força que eu sentia meus braços doerem.

- Para Vitor você está me machucando - disse para ele , o Vitor estava ficando cada vês maior e mais forte , era como se ele estivesse sugando para ele toda a genética de lobo cinzento da família.

Os abraços do Vitor me machucavam mas eu gostava dos abraços dele

Minha mãe pós o bolo sobre minha cama e disse que estava na hora de cantar o parabéns.

- Mãe quer isso ? Tá parecendo festa de criança - disse um pouco envergonhado ainda mais por a Daniele está ali me olhando.

Depois que o Vitor me soltou a Daniele veio até mim e me abraçou desejando a mim um feliz aniversário.

Vitor ficou fazendo movimentos com a boca como se fosse para mim beijar ela , mas eu era muito envergonhado e não tinha coragem, eu mau abracei a Daniele direito.

Minha mãe fez um rosto enviesado dizendo para o Vitor parar de me envergonhar.

O Gustavo só apertou a minha mão me desejando um feliz aniversário, o Gustavo havia trago um relógio de presente.

As velas do bolo estavam ascessas e todos começaram a cantar parabéns , eu tinha um pouco de vergonha de fazer aniversário, para mim era vergonhoso está no meio de uma roda enquanto todos cantavam parabéns para você e ficavam te observando, mesmo sendo o meu aniversário eu sentia um pouco de vergonha e fiquei lá sentado na cama duro como uma estátua enquanto via todos ao meu redor , sorrirem e cantando parabéns para mim.

O Vitor estava na roda e parecia muito mais animado do que eu , o Vitor estava alegre com um sorriso largo e olhos brilhando de felicidade , o Vitor não era um irmão chato eu pensava ter a sorte de ter um irmão divertido e companheiro como ele.

- Assopre as velas e faça um pedido - disse minha mãe

Antes de assoprar as velas e fazer um pedido eu fiquei um pouco pensativo.

Daniele olhava para mim e o Vitor estava perto do meu pai e ficou apontando para a Daniele e olhando para mim , era como se ele estivesse dizendo para mim escolher a Daniele.

Eu me sentindo um pouco envergonhado ia assoprar as velas quando o Vitor foi mais rápido e assoprou todas as velas do meu bolo a apagando.

- Poxa Vitor - disse Kássia a minha irmã como se o Vitor estivesse estragado tudo.

- Vitor - disse o meu pai reprovando a atitude de meu irmão.

- Que foi ? Eu não fiz nada - disse o meu irmão sorrindo com uma cara sinica.

Minha mãe ascendeu novamente as velas do meu bolo e depois eu as assoprei e fiz um pedido na mente , o meu pedido foi ficar com a Daniele

- Para quem vai o primeiro pedaço de bolo ? - Perguntou a minha mãe

- E para a senhora mãe - respondi.

Minha mãe pegou a bandeja com o bolo e disse que íamos descer para dividir o bolo

Os convidados acompanharam a minha mãe e já iam descer , eu ia me levantar da cama quando percebi que estava só de cueca e a Daniele ainda estava ali na minha frente.

Vitor deve ter notado que eu estava só de cueca e meu pai ainda perguntou se eu ia descer

- Eu já já desço - disse para o meu pai.

- Espere ! - disse Vitor.

- O que ? - Perguntou meu pai.

Daniele , e Gustavo olharam para o Vitor que veio na direção da minha cama e eu fiquei sem entender nada.

- Está faltando uma coisa - disse Vitor pensativo e com uma cara sinica.

- O que ? - Perguntou a Daniele.

Vitor com um sorriso de uma ponta a outra do rosto pegou o lençol que estava me cobrindo com uma velocidade enorme e o puxou , revelando o meu corpo só de cueca.

- Olha só o que você está perdendo Daniele - disse o meu irmão sorrindo.

Eu tentei pegar o lençol e ele o jogou para longe enquanto a Daniele e o Gustavo se matavam de rir na minha frente

Eu coloquei um travesseiro na minha frente e fiquei dizendo para o Vitor sair do meu quarto , eu fiquei realmente bravo com ele , o nosso pai ficou bravo e disse para o Vitor parar.

Eu pedi que o Gustavo e Daniele saísse do meu quarto porque estava com vergonha, Daniele ficou sorrindo me vendo esconder meu corpo com um travesseiro mas ela e o Gustavo saíram do quarto enquanto o Vitor ficou sorrindo, irritado com o Vitor eu ainda dei alguns socos no corpo dele mas era como se ele nem sentisse nada , o Vitor ainda me deu uma rasteira e eu caí no chão do quarto.

- Vitor pare ! - disse meu pai.

- Que foi ? , eu tô só brincando - disse o Vitor.

- Sai do meu quarto Vitor - disse irritado.

- O quarto e meu também - disse meu irmão.

- Não e , você tem o seu quarto - disse irritado.

- Chega Vitor saia daí - disse o meu pai começando a ficar bravo com o meu irmão.

- Tudo bem papai raposo - disse o meu irmão levantando as mãos e saindo pela porta do quarto.

O Vitor já era bem maior e mais forte que o nosso pai e o Vitor ainda pediu pro nosso pai não bater nele , o nosso pai estava na porta do quarto e o Vitor passou por ele de orelhas baixas , calda abanando e com o braço nas costas com medo de levar um murro.

Eu coloquei um calção e uma camisa depois de ficar sozinho no quarto e depois desci para o quintal onde o bolo estava sendo repartido.

- Ele e mesmo um lobo ? - Perguntou o rapaz que parecia ter cinco anos e que parecia ser metade raposo e lobo ,o rapaz se chamava Taylor era filho de um primo distante do meu pai

Quando teylor perguntou ele e mesmo um lobo ele estava falando do Vitor o meu irmão.

Vitor sorriu e abriu a boca revelando seus enormes dentes de lobo fazendo com que Taylor ficasse um pouco assustado.

- Ele e lobo coisa nehuma - disse Kássia minha irmã.

- Sou sim - disse Vitor colocando o focinho para cima e imitando uivos.

O primo distante do meu pai se impressionou quando meu pai havia dito que eu e Vitor éramos irmãos , porque éramos muito diferentes , ele havia pensado que o Vitor poderia ser um amigo meu.

Quando eu cheguei na cozinha o bolo não havia sido repartido ainda , ele estava sobre a mesa.

Eram dois bolos sobre a mesa um de TNT e outro com a sigla manicraft.

- Qual você escolhe ? - Perguntou a minha mãe antes de repartir um dos bolos.

Eu gostei dos dois bolos eu estava em dúvida sobre qual escolher para tomarmos o café da manhã, eram dois bolos muito bem feitos que dava até pena de comer.

- A senhora escolhe - disse para a minha mãe

Minha mãe olhou para os dois bolos com um pouco de dúvida sobre qual dos dois escolher enquanto os convidados estavam um pouco ansiosos , eles tavam com cara de quem está com fome , ninguém havia tomado café ainda e eles queriam que ela dividisse o bolo logo.

Minha mãe começou a repartir o bolo vermelho enquanto isso o Vitor estava atentando a vida do Taylor.

Minutos depois meus avós chegaram , eu tinha uma avó mestiça de raposa e lobo guará da parte de mãe , um avô metade raposa de cerrado e metade lobo ibérico também da parte de mãe ,avô da parte de pai que era um lobo marrom e uma avó da parte de pai que era uma mistura entre lobo cinzento , raposa vermelha , lobo guará e raposa ibérica , uma mistura bem incomum.

Meus avós ao chegarem me abraçaram e trouxeram presentes para mim , eles estavam me tratando como se eu fosse uma criança , minha avó da parte de mãe trouxe um carrinho para mim e eu estava completando 15 anos naquele dia mas eu recebi os presentes de bom grado , afinal eles eram meus avós e eu gostava deles.

De todos os meus avós eu sempre me dei melhor com a mãe de minha mãe e a mãe do mau pai , o meu avô da parte paterna era um lobo marron puro e ele mostrava muito mais simpatia pelo Vitor do que pela Kássia ou pot mim já o meu avô da parte de mãe parecia gostar muito mais da Kássia.

Meus avós ficaram na sala da casa enquanto minha mãe ficou arrumando a festa que seria no quintal muito mais espaçoso.

Eu fui até os meus avós levar bolo e cafe para eles , eles pareciam tão tranquilos ao contrário de mim e Vitor , parece que existe algo na velhice que faz com que as pessoas se tornem melhores eu percebia que os mais idosos as vezes pareciam ter um olhar mais doce e calmo e os jovens pareciam ser mais impacientes em tudo ou ter um olhar mais arrogante.

Meus avós estavam tranquilos eles já não tinham pressa para nada , eles já tinham vivido bastante enquanto os netos deles iam para lá e para cá e minha mãe já começava a perder a paciência com Vitor que ficava atentando.

Quando minha mãe me chamou para ir buscar salgadinho para levar para os meus avós eu vi o meu pai rosnar e mostrar os dentes para o Vitor que abaixava as orelhas e abanava o r**o.

Vitor saiu da cozinha e depois sumiu no quintal.

Eu voltei para a sala e entreguei os salgadinhos para os meus avós.

- Se prescisarem de mim e só me chamar - disse para os meus avós e depois sai da sala indo buscar o meu pedaço de bolo para tomar café.

Eu peguei um pedaço de bolo e uma xícara de café e fui para o quintal, eu vi que havia uma cadeira vazia perto de onde a Daniele estava sentada , com um pouco de vergonha pensei em ir até onde ela estava e me sentar perto dela.

Eu comecei a caminhar até onde a Daniele estava mas quando eu ia chegando perto um tio meu pegou a cadeira e a aproximou de uma roda de conversa.

A Daniele me olhou e minha coragem de ficar perto dela se foi e eu dei um passo para outra direção, disfarçando o que eu realmente queria fazer.

Eu me sentei em outra cadeira um pouco distante de onde a Daniele estava , eu até queria chamar ela para vir ficar perto de mim mas eu fiquei com vergonha de fazer isso e ficarem dizendo que eu tava namorando ela.

Eu levei uma xícara de café para a boca e comecei a comer o bolo e toda vez que a Daniele olhava na direção em que eu estava eu evitava olhar para ela.

O Vitor começou a encher uma piscina inflável no quintal e depois de a encher ele começou a enxe-la de água , era uma piscina com 50 cm de altura dava para nadar a vontade e um pouco grande para caber umas oito pessoas.

Eu me impressionava com a coragem do meu irmão que depois de encher a piscina apareceu no quintal de sunga sem um pingo de vergonha na cara.

Vitor entrou na piscina e depois os meus primos também ali havia uns cinco primos meus , tirando o Taylor , dos cinco três pareciam metade de uma espécie ou outra só havia uma que parecia uma raposa vermelha pura como a Kássia mas com uma pelagem mais clara e um outro primo que parecia um pouco um cachorro só que bem mais magro.

Os meus primos e meu irmão começaram a fazer uma algazarra na água enquanto eu o aniversariante preferi ficar só na minha observando tudo de longe , minha mãe até disse para mim ir me divertir mas eu disse que estava bem ficando só na minha.

Vitor e os meus primos ficaram se divertindo quase o dia todo naquela piscina só saindo para comer ou beber algo o meu pai só falava com eles as vezes, quando eles pulavam na piscina e água era lançada para todos os lados , molhando quem estava no quintal ou mandando água na direção da churrasqueira assando as carnes.

Eu me sentia um pouco feliz por ver todos se divertindo só não estava gostando do modo como a Daniele olhava para o meu irmão de sunga mas tirando isso o dia foi divertido e eu só entrei na piscina depois de tanto pedirem mas ainda sim usando um calção.

Daniele ficou na dela só observando tudo a festa inteira , ela era mais retraída assim como eu era.

Quando fomos repartir o outro bolo já era final de tarde.

Havia até lembrancinha com balões de creepy e caixinhas de TNT com vários bombons dentro.

Nós repartimos o bolo com a sigla manicraft mas daquela vez eu tomei coragem suficiente e dei o primeiro pedaço de bolo para a Daniele enquanto todo mundo ficou sorrindo dizendo que ela era a minha namorada me fazendo sentir meu rosto ficar quente de tanta vergonha que estava sentindo e o meu irmão ficou dizendo para mim beijar ela , Daniele ficou envergonhado também mas eu estava muito mais tanto que eu não conseguia olhar na cara dela.

Quando a festa acabou a casa estava toda bagunçada mas minha mãe insistiu para mim e o Vitor começarmos a limpar tudo , o Vitor disse que poderíamos limpar tudo no dia seguinte mas meu pai ficou insistindo e nós tivemos que obedecer ele.

Quando deixamos a casa em ordem eu já me sentia cansado e só queria ir dormir quando minha mãe me convidou para dormir no quarto dela.

- Mãe eu já tenho 15 anos - disse para minha mãe.

Mas minha mãe ainda me via como um filhote e eu fui dormir no quarto dela junto com o meu pai . A cama dos meus pais era grande e como eles eram pequenos cabia quatro pessos e eu me deitei no meio dos meus pais apoiando a cabeça no travesseiro enquanto os dois lambiam o meu rosto fazendo carinho, não demorou muito para a Kássia com ciúmes aparecer no quarto e querer deitar junto com os meus pais também.

Meu pai permitiu que ela deitasse na cama deles e Kássia animada correu e subiu na cama ficando entre eu e nossa mãe , a Kássia tinha ciúmes da nossa mãe.

- Só falta eu - disse o Vitor aparecendo na porta do quarto.

- Vitor não! Você e muito pesado - disse o meu pai.

Vitor correu e se deitou na cama ficando entre meu pai e eu e como Vitor era pesado nós sentimos a cama começar a balançar e depois ceder com um barulho de madeira se quebrando fazendo com que o lugar onde Vitor havia se deitado afundar.

- Vitor ! - Gritou meu pai irritado.

- Desculpa - disse Vitor com um sorriso amarelo.