Pov. Tomai
Depois que minha festa de aniversário acabou a casa estava toda bagunçada dava até a impressão de que um furacão havia passado ali e revirado tudo , depois daquela festa eu só queria ficar na minha e ir dormir mas a minha mãe não conseguia descansar vendo tudo bagunçado , bagunça era algo que incomodava ela.
- Amanhã a gente arruma essa casa - disse para minha mãe enquanto me espreguiçava no sofá.
- Sim , amanhã ! - disse Vitor com preguiça.
- Levantem daí agora ! Vocês já viram como está a pia ? Já viram como o chão está imundo e o banheiro fedendo ? - Perguntou nossa mãe para nós dois.
- Ah não mãe ! - disse o Vitor com preguiça.
- levantem desse sofá e vão procurar alguma coisa para fazer - disse minha mãe para mim e o Vitor.
Vitor e eu estavamos sentados no sofá junto com a Kássia e o nosso pai , o Vitor estava com o controle na mão e assistia algo quando contra a vontade ele se levantou do sofá e ia procurar fazer algo.
- Você lava os banheiros Vitor e varre a parte de cima da casa , e você Tomai vai recolhendo esses balões estourados e esses plásticos espalhados no chão - disse nossa mãe.
Quando o Vitor se levantou do sofá e largou o controle a Kássia correu para onde ele estava sentado e sorrindo pegou o controle , ela ia colocar em algo que ela queria assistir.
- O que vocês dois estão fazendo sentados aí ? vão fazer alguma coisa - disse minha mãe para o nosso pai e para a Kássia.
- E nem adianta fazer cara de birra - disse minha mãe para a Kássia.
Vitor olhou para a Kássia com um sorriso de deboche no rosto.
Nosso pai disse que estava cansado e que não estava com cabeça para fazer nada mas nossa mãe também disse que estava muito cansada e estava fazendo as coisas.
- Vamos fazer tudo agora para amanhã a gente não ter que fazer nada - disse nossa mãe , mas eu sabia que não era bem assim e no dia seguinte ia ter outras tarefas para a gente fazer.
Eu usando uma sacola preta fui recolhendo latinhas de cerveja e refrigerante junto com balões estourados no chão enquanto minha mãe foi lavar uma pilha enorme de louças e o Vitor foi lavar o banheiro.
Enquanto recolhia o plástico do chão eu escutei minha mãe dizer na cozinha que o Vitor estava colocando muita água sanitária banheiros e o cheiro estava muito forte , típico do Vitor , ele fazia tudo de qualquer geito para se ver logo livre da tarefa.
Eu recolhi tanto plástico e garrafa do quintal que a sacola ficou na metade , depois voltei para dentro de casa recolhendo o plástico que estava espalhado pela casa , eu recolhi tanto plástico que a sacola ficou cheia.
Minha mãe ainda estava lavando o restante das louças enquanto a Kássia varia a casa e minha mãe dizia para ela varrer a casa direito , Kássia estava fazendo um trabalho mau feito , o nosso pai estava colocando uma capa limpa nos sofás.
Quando minha mãe viu que eu havia recolhido todos os plásticos ela mandou que eu enchesse os litros e depois ela ficou procurando alguma coisa para mim fazer e disse para mim subir e ir ajudar o Vitor a varrer a parte de cima e lavar os banheiros.
- Essa casa não está sendo varrida direito - disse minha mãe para a Kássia.
O meu pai se ofereceu para fazer a tarefa que a Kássia estava fazendo de maneira desleixada e a Kássia alegre correu para o sofá e pegou o controle , era assim mesmo , a Kássia era a filha mais nova e era mulher, ela era a preferida de nosso pai.
Quando eu subi as escadas eu senti um cheiro muito forte de água sanitária invadindo minhas larinas
- Vitor chega de água sanitária, o cheiro está muito forte , você não está sentindo? - Perguntei para ele.
O Vitor estava no quarto de nossos pais varrendo o chão.
- Abre essas janelas para ver se esse cheiro se dissipa - disse indo até ele e abrindo as janelas , depois fui até o banheiro e até ao meu quarto e abri as janelas.
- Você quer se m***r ? - Perguntei para ele , o cheiro de água sanitária estava muito forte e ele estava em um local todo feixado.
Vitor pareceu nem se importar e parecia está com pressa de acabar logo aquela tarefa e se ver livre.
- Varre esse quarto direito , eu tô vendo arreia acumulada daqui - disse para ele.
Eu fui até o banheiro e o banheiro estava mau lavado e ainda estava cheios de pêlos na parede e nos vasos.
- Me der a vassoura , deixe que eu varro e limpe o banheiro - disse para ele.
Vitor não exitou em largar de fazer as tarefas e entregou logo a vassoura na minha mão, ele já queria se ver livre do serviço de qualquer maneira e eu sozinho fui varrer a parte de cima e depois limpei o banheiro direito.
Depois de varrer a parte de cima da casa e limpar o banheiro eu me sentia cansado e só queria ir dormir e foi o que fiz indo para a minha cama.
O Vitor naquele dia foi dormir no quarto dele.
Eu me acomodei na cama e quando estava quase no primeiro sono sinto alguém tocando no meu ombro e quando abri os olhos vi minha mãe e meu pai diante de mim.
- Mãe ? Pai ? - Perguntei confuso.
- Levanta , vem dormir com a gente - disse minha mãe me olhando com um rosto meigo
- Dormir com vocês ? - disse , pensei que já era bem grandinho para ter que dormir com os dois.
Meus pais insistiram que eu fosse dormir com eles e foi o que fiz , a cama dos meus pais era grande e como eles eram pequenos cabia umas quatro pessoas na cama.
Eu me deitei no meio dos meus pais e eles começaram a lamber o meu rosto fazendo carinho em mim , eu me sentia um pouco constrangido por eles estarem me tratando como um filhote mas eu estava gostando das carícias que estava recebendo, eu estava crescendo e eles talvez quisessem só aproveitar o momento comigo.
- O tomai vai dormir com vocês ? - Perguntou a Kássia aparecendo na porta do quarto.
- Sim - disse minha mãe.
- Eu posso vir dormir com vocês ? - Perguntou a Kássia sentindo um pouco de ciúmes.
- Sim - disse nosso pai e a Kássia correu e foi para o quarto dela buscar o lençol e o travesseiro, fiquei escutando os barulhos da Kássia correndo para o quarto dela e indo buscar o lençol e o travesseiro e voltar para o quarto nossos pais.
A Kássia subiu na cama e se deitou perto da nossa mãe animada como se ali fosse acontecer uma festa do pijama , Kássia grudou na costela de nossa mãe enquanto se embrulhava no travesseiro.
- Não se joga de uma vez na cama - disse o nosso pai enquanto a Kássia se remexia e fazia movimentos bruscos.
Todos nós nós agassalhamos na cama e já estávamos quase nos preparando para dormir quando escutamos os passos de alguém vindo em direção ao quarto e essa pessoa era o Vitor.
- Tem espaço para mais um ? - Perguntou o Vitor parado na porta do nosso quarto.
- Vitor não! Você e muito pesado - disse o nosso pai.
Vitor não ligou para o que o nosso pai disse e correu para a cama se deitando bruscamente entre o meu pai e eu.
Vitor se deitou de uma vez na cama fazendo com que a mesma balança-se.
Vitor se acomodou entre eu e meu pai fazendo uma chave de braço em mim e no meu pai.
- Vitor não se mexe muito por favor e pare com essas brincadeiras porque eu quero dormir - disse o nosso pai.
- Desculpa papai - disse Vitor.
Eu escutei algumas risadas vindo da parte do Vitor e depois escutei um para Vitor dito pela minha irmã.
- O que eu fiz ? - Perguntou Vitor sorrindo
- Ele tá pegando minha calda - disse minha irmã reclamando.
- Vitor vá dormir no seu quarto - disse nossa mãe.
- Tá bom ! Eu paro ! - disse o Vitor
Ficou uns três segundos em silêncio e eu comecei a ouvir rosnados vindo da direção do Vitor e eu só conseguia enxergar os olhos dele brilhando no escuro enquanto ele falava sobre uma casa mau assombrada e nossa irmã fazia barulho de choro.
- Vitor pare agora ! - disse nosso pai.
- Está bem ! - disse o Vitor se mexendo bruscamente na cama.
Sentimos a cama começar a balançar e escutamos um barulho do que parecia ser madeira cedendo ou quebrando, senti a cama afundando no lugar onde o Vitor estava fazendo o colchão ficar suspenso pelos dois lados.
- Vitor - disse nosso pai se levantando da cama e ligando a luz.
- Desculpe - disse Vitor com um sorriso amarelo enquanto continuava deitado na parte do colchão que havia afundado.
Vitor estava com uma cara engraçada de espanto , como se não esperasse o que havia acabado de acontecer.
Nosso pai e nossa mãe estavam bravos pois o Vitor havia acabado de quebrar a cama no meio e me deu uma vontade de sorrir mas eu fiquei segurando o riso.
- levanta daí - disse o nosso pai para o Vitor e ele se levantou com nosso pai levantando o coxão e revelando que as madeiras que suspendam o coxão estavam quebradas bem no lugar onde o Vitor havia se deitado.
Olhei para minha mãe e ela estava bem brava , olhei para a Kássia e ela estava tamby tentando segurar o riso.
Meu pai analisava o estrago e disse que teria que comprar só duas tábuas novas para colocar na cama.
Vitor olhou para mim e engoliu em seco segurando o riso , eu estava tentando não sorrir vendo os meus pais bravos , até que a Kássia não segurou a risada e começou a sorrir junto comigo e com o Vitor , quando percebi até o meu pai estava rindo um pouco, e minha mãe também, ver a cara de espanto do Vitor foi engraçado.
Vitor era um garoto grande mas infantil e engraçado as vezes, ele era a pessoa que fazia o clima melhorar e ficar mais leve , mesmo sendo irritante as vezes.
Minutos depois estávamos nos cinco , eu , minha mãe , a Kássia , meu pai e o Vitor deitados juntos mas com o colchão no chão, com o Vitor perto de mim e nosso pai e a Kássia abraçada a nossa mãe , estávamos todos cobertos e aconchegados no calor um do outro enquanto chovia lá fora e escutávamos a chuva bater contra o telhado , bons tempos eram aqueles !