Julie Mitchell:
-Que bom que você veio, Ju. Tony me comprimenta assim que cheguei na boate para a festa em comemoração do seu aniversário.
-Eu jamais perderia seu aniversário, Tony, Francine já chegou? Pergunto procurando por minha melhor amiga que já não vejo há algum tempo.
-Já sim, ela e Elton estão aí, só faltava você.
Fomos andando para dentro da boate, e encontrei todos os nossos amigos lá dentro.
É uma turma grande, nos conhecemos no ensino médio, desde então ficamos amigos, mais acontece que ultimamente Tony está interessado em mim, mas eu só gosto dele como amigo, nunca namorei, mas por opção minha, já que nenhum homem mexeu com meu coração ainda, e não quero namorar por namorar ou ficar com qualquer um, enquanto espero o homem que vai mexer pra valer comigo, prefiro focar nos meus estudos apenas.
-Ju. Francine grita assim que me ver.
-Fran, que saudades amiga. Digo dando um abraço apertado nela.
Francine é quase uma irmã pra mim, eu morava com ela, mas ela acabou se mudando para Nova Iorque com seu namorado Elton, mas sempre que pode ela vem para Flórida ou eu vou até Nova Iorque para vê-la, sinto falta de dividir o apartamento com ela, mas agora eu moro sozinha apenas na companhia da minha gatinha Milady.
-Também estava morrendo de saudades, Ju, tem tempo que a gente não se vê, sinto sua falta. Ela diz no meu ouvido.
-Eu também sinto, Fran, mas como estou prestes a me formar na faculdade, estou planejando ficar uns dias em Nova Iorque, antes de me candidatar a uma vaga no hospital Medical Medic.
-Vou cobrar, aliás o meu presente de formatura serão uma passagem de primeira classe para Nova Iorque a futura doutora Julie Mitchell.
-Francine, nem brinca com isso, eu posso ir de carro ou de ônibus. Ela sabe que tenho pavor de viajar em um avião.
-Ju, você vai de avião sim, já passou da hora de você perder esse medo de voar.
-Tudo bem, talvez você tem razão, mas vou ter que tomar um calmante. Digo já com a sensação de pânico.
Ficamos apenas nós duas conversando e matando um pouco da saudade num canto da boate, enquanto Elton e Tony foi buscar nossas bebidas, aproveitamos para colocar o papo em dia.
-E você e Tony, ainda continua apenas na amizade, acho que hoje vocês dois saem do zero a zero. Francine diz apontando para o bar onde Tony está. E eu fecho a cara, porque não gosto quando ela tenta me jogar pra cima de alguém.
-Fran, eu não quero ter nada além de amizade com ele, já deixei isso claro pra ele, se ele insistir, nem isso vamos ter. Digo decidida.
-Amiga, dê uma chance a vocês dois, afinal você nunca namorou, talvez seja hora de começar, e Tony é lindo, vocês são da mesma classe social, quem sabe ele não desperte o amor em você, afinal você está prestes a completar 22 anos e ainda é virgem, Ana está na hora de ficar com alguém. Fico irritada com o que ela acabou de dizer, que história é essa de termos a mesma classe social, eu não acredito neste absurdo que ouvi.
-Fran não quero namorar com o Tony, nem se ele estivesse coberto de ouro, ele pode ser pobre como eu, mas eu não o quero como namorado, além do mais eu não ligo para classe social, se um dia eu me apaixonar não será pela conta bancária de ninguém e sim pelo coração dele, e eu não vejo o Tony assim, aliás eu não vou me entregar para qualquer um, eu escolhi esperar o homem certo e é o que farei, não consigo ser de outro jeito, além do mais nenhum homem chamou minha atenção ainda, mas eu saberei qual é o escolhido, no momento que eu o vê, vai por mim.
-Você está escolhendo demais, Ju, não estou te julgando, só acho que quem escolhe demais, acaba ficando sozinha, você é exigente demais. Esse é o único tempo de discordância entre Francine e eu, mas eu sei o que eu quero.
-Talvez você tenha razão, Fran, mas é assim que eu sou e não pretendo mudar, saiba que ficar sozinha pra mim não é uma coisa r**m, você só diz isso, porque já passou pela cama de vários caras, até encontrar o Elton, mas ao contrário de você, eu não quero ficar experimentando, eu quero entregar o meu corpo e o meu coração somente ao cara certo pra mim. Acabo sendo grossa, mas ela não tem o direito de dizer essas coisas e achar que irei aceitar o que ela diz calada.
-Tudo bem, não vamos discutir por isso, é melhor mudar de assunto. Francine diz no momento que os meninos voltam com as nossas bebidas.
-Está tudo bem com vocês duas? Tony pergunta, me servindo um copo de cerveja, enquanto se senta ao meu lado.
-É claro que está, Tony, só estávamos pondo o papo em dia. Dou uma resposta vaga, enquanto bebo minha cerveja.
-Oi Ju, como você está. Elton me pergunta, depois de dar um beijo na Fran.
-Olá Elton, eu estou bem, e você?
Gracas a Deus Elton conseguiu deixar o clima mais leve com suas piadas prontas, ele sempre deixa o ambiente mais leve, já que sua energia é boa demais pra caramba, fico feliz que minha melhor amiga encontrou o seu par, os dois formam um casal lindo demais, embora Elton seja mais simples do que minha amiga, nem parece que ele é um homem rico.
Espero um dia ter um relacionamento parecido com o deles, que me complete em todos os sentidos, quero um homem forte, onde eu possa me sentir segura sempre que estiver nos braços dele.
Francine e eu fomos para a pista de dança juntas com outras amigas nossas, depois os meninos vieram dançar conosco, como Tony já tinha bebido um pouco mais além da conta, ele começou a ficar inconveniente, Fran estava gostando das investidas de Tony em mim, mas eu não estava gostando nem um pouco disso, eu sei que Francine torce para minha felicidade, mas não gosto quando ela tenta dar uma de cupido, ela como minha melhor amiga deveria respeitar minha escolhas como eu respeito as delas. Que saco!
Me esquivei o máximo que pude dele, não querendo ser grossa, mas ele estava pedindo por isso, mas quando ele estiver sóbrio, vou deixar claro outra vez pra ele que não o quero como homem, apenas como amigos, se ele aceitar bem, se não f**a-se.
Voltei para nossa mesa, já que estava com o pé doendo por conta dos meus saltos altos.
Quando o resto da turma voltou para a mesa também, Elton pediu uma rodada de tequila para todos nós.
Minha cabeça estava um pouco zonza, por isso resolvi tomar água e depois fui ao banheiro.
Aproveitei para fazer xixi, depois passei uma água no rosto e retoquei minha maquiagem.
Mas quando sai do banheiro, fui puxada para um corredor da boate que estava mais vazio, pensei em gritar com o desconhecido, quando vi que era Tony.
-Ju, será que podemos conversar um pouco? Ele pergunta com a voz enrolada, tentando me abraçar.
-Depende da conversa, Tony, acho que é melhor fazemos isso quando você estiver sóbrio. Tento me desviar dele, mas o mesmo fica na minha frente.
-Eu gosto de você, Julie, e acho que você já percebeu isso, mas pra mim é mais do que amizade, deixa eu ser seu namorado? Reviro meus olhos.
-Tony, você está bêbado, vamos conversar em outro momento, além do mais eu não quero estragar a comemoração do seu aniversário, é melhor a gente voltar para a nossa mesa. Tento sair dali, mas ele não me deixa ir.
-Eu bebi para te coragem de falar com você sobre meus sentimentos, Julie, eu te amo, sempre te amei, aceitei ser apenas seu amigo para ficar perto de você, mas eu não consigo mais esconder o que sinto. Ele diz ficando mais perto de mim e fico incomodada com isso.
-Isso não é papel de um homem, Tony, beber para ter coragem para falar com uma mulher, mas eu estou sóbria o bastante para te dizer que eu não quero namorar com você, porque eu não te vejo dessa forma, você pra mim é só um amigo e sempre deixei isso claro, mas se você não consegue ser apenas meu amigo, é melhor a gente cortar o m*l pela raiz. Digo de uma vez para que ele entenda.
-Você já tem alguém na sua vida? Ele pergunta invadindo meu espaço pessoal e tenho vontade de socar o seu nariz.
-Não tenho ninguém Tony, eu só não quero você como meu namorado, porque eu não te amo. Que homem chato.
-Eu posso amar por nós dois, Ju. Ele diz tentando me beijar, mas eu o empurro e me desvencilho dele.
-Já disse que não, Tony, nunca mais faça isso ou não respondo por mim. Saio dali p**a da vida.
Continua......................