Derek Carson:
1 ano antes.................
-Senhor Carson, chegamos no cemitério, tem certeza que quer fazer isso, sabe que sua aparição neste lugar pode ser perigoso, não sabe? Meu segurança e escudeiro fiel me pergunta pela milésima vez em menos de meia hora, mas mesmo preferindo está longe daqui, mas eu preciso está no enterro do meu pai, mesmo que nós dois não éramos assim tão próximos, mas minha mãe precisa de mim, e agora como sou o chefe da máfia, preciso descobrir quem o matou.
-Scott eu já disse que preciso fazer isso, tudo bem que meu pai não merece a minha consideração nem depois da sua morte, afinal se estou nesta vida é culpa dele, mas eu preciso descobrir quem foi o traidor que armou uma emboscada para ele, provavelmente o maldito deve está aí dentro como se não tivesse feito nada, eu preciso ver se o encontro para acabar com isso de uma vez por todas.
-Meu medo é que quem quer que seja o traidor, tente acabar com sua vida também, assim como fez com a do seu pai, senhor Carson.
-Isso não vai acontecer, Scott, diferente do meu pai, eu ando sempre preparado com a minha Glock G19 calibre 9mm, essa nunca me deixou na mão, além do mais eu tenho você e os outros homens, Charlie já chegou?
-Já sim, só espero que se você precisar dele, ele esteja disponível. Acabo rindo da cara que ele fez quando falou isso, afinal não é de hoje que percebo o quanto Scott odeia meu primo Charlie, aliás os dois não se suportam, mas eu não me envolvo nisso, eles que se entendam ou não, tanto faz.
-Vocês dois nunca vão se entender, Charlie é um bom homem, um pouco medroso, mas eu confio nele. Digo rindo da cara dele.
-Só espero que o senhor esteja certo, podemos ir.
Saímos os dois do carro ao mesmo tempo, a máfia toda está aqui para dar o último adeus ao meu pai, um homem duro que sempre foi muito temido e respeitado por todos, até o momento que ele encontrou um traidor que acabou com a sua vida, como agora eu vou assumir o comando de tudo, eu preciso encontrar esse traidor para vingar a morte do meu pai, só assim serei tão temido como Arnold Carson fez ao longo de toda a sua vida.
Entro no cemitério com Scott seguindo atrás de mim, vou direto para onde minha mãe está e a comprimento com dois beijos no rosto.
O reverendo fez uma cerimônia rápida, fiquei olhando para cada rosto presente ali, com os olhos escondidos por trás dos meus óculos escuros, qualquer um aqui pode ser o assassino do meu pai, pode demorar o tempo que for, mas eu vou descobri quem fez isso e o maldito vai pagar com a vida.
Deixo as flores da minha mãe em cima da lápide do meu pai, já que a mesma não se encontra em condições para fazer isso.
Recebemos os pêsames de todos ali presentes, claro que a maioria que estava feliz com a morte do grande gângster Arnold Carson, o carrasco, mas vão ficar menos felizes quando eu ocupar o seu lugar, na cerimônia de hoje à noite, mas estou pouco me fodendo se vão gostar ou não.
Levo minha mãe até seu carro, onde o motorista já estava com a porta aberta esperando para que ela entrasse dentro.
-Filho não deixe de me visitar de vez em quando, agora que seu pai se foi, vou me sentir sozinha se você não vier me ver. Minha mãe diz antes de entrar no carro.
-Eu vou mamãe, mas não será sempre, a senhora sabe que como o novo gângster do clã Carson, as minhas responsabilidades vão aumentar ainda mais, além do mais eu preciso descobrir o assassino do meu pai ou os outros clãs poderão achar que somos fracos e tentar nos atacar também.
-Só tenha cuidado, meu filho, eu não posso perder você também. Ela volta a chorar.
-Não se preocupe comigo, mãe, sou grande e mau o suficiente para cuidar de mim mesmo, agora tente viver um pouco sua vida, coisa que a senhora não fez enquanto meu pai estava vivo, sei que ele não um bom marido e nem um bom pai, não vale a pena ficar remoendo uma falsa lembrança de um homem que ele nunca foi.
-Derek nem sempre seu pai foi aquele homem frio, a vida fez isso com ele, no fundo eu sei que ele amava nós dois. Diz minha mãe com uma convicção que nem ela tem.
-Não vamos nos enganar mamãe, não é porque ele acabou de morrer que vai virar santo, ele nos deu dinheiro, proteção e poder, mas foi só isso, quantas vezes ele me obrigou a fazer coisas que nunca quis, só não quero ser igual a ele, por isso não pretendo me casar nunca, uma mulher não merece viver uma vida sem ter amor e respeito ao meu lado, como a senhora viveu ao lado do meu pai, ele esfregou cada amante que teve na sua cara. Sinto raiva toda vez que lembro de todas as humilhações que meu pai fez minha mãe passar durante todos esses anos.
-Mesmo assim eu o amava, filho, foi uma escolha minha continuar ao lado dele, mas você não é igual a ele, tenho certeza que a mulher que consegui obter seu coração será amada e respeitada, como eu nunca fui pelo seu pai. Isso nunca irá acontecer se depender de mim.
-É melhor a senhora ir agora, te vejo em breve, me liga se precisar de alguma coisa. Digo para fugir deste assunto, vejo seu carro se afastando e entro no meu.
-Para onde quer ir senhor Carson? Scott pergunta, assumindo a direção.
-Me Leve para a Carson's D Industry, tenho uma reunião daqui uma hora. Digo atendendo uma ligação da minha secretária.
-Agora mesmo senhor Carson.
Meu nome é Derek Carson, tenho 26 anos, sou filho e herdeiro do clã Carson, uma geração antiga e a mais perigosa de Gângsteres dos EUA.
Meu bisavô Jimmy Carson foi o mais perverso gângster de todos, seguidos por meu avô Dom e meu pai Arnold.
Fui introduzindo nesta vida quando tinha apenas 9 anos de idade, no começo foi bem difícil, sofri demais para provar que um dia conseguiria ficar no lugar do meu pai, meu pai sempre foi um homem duro, nunca me deu carinho, só lições.
Claro que achei que isso iria demorar para acontecer, afinal meu pai era um homem forte pra caramba, até que recebi uma ligação de Scott, me avisando sobre morte do meu pai, no dia eu estava curtindo a minha festa de aniversário, no dia eu estava tão bêbado que custei assimilar a notícia.
Provavelmente eu estaria morto também se estivesse ao lado dele, pois ele queria minha presença ali ao seu lado naquele dia, eu bati o pé para não ir, já que o Charlie tinha preparado uma super festa, regada a muitas bebidas e principalmente cheia de prostitutas gostosas, então preferi ir a festa ao invés de um jantar chato na companhia do meu pai.
Agora cabe a mim, descobri o traidor e quem mais participou dessa emboscada, como disse, Arnold nunca foi um bom pai e muito menos um bom marido para minha mãe, mas mesmo assim ele era o meu pai, eu não posso permitir que o traidor ou os traidores fiquem impunes, ou o novo alvo será eu.
Claro que se tornar o chefe automaticamente me fará um alvo, mas eu tenho bons soldados e seguranças ao meu lado, assim como Scott que é o meu braço direito que sempre me protege.
Embora eu venha de uma máfia terrível, não costumo cometer injustiça, quando vou acertar minhas contas com alguém, checo sempre o que a pessoa fez antes de merecer a morte, além disso odeio violência contra as crianças e as mulheres, sou capaz de esfolar um homem vivo, caso este tenha encostado um dedo em um desses seres indefesos.
E era isso que meu pai não aceitava em mim, por isso sempre fiz isso sem ele saber, além disso criei a Carson's D Industry para ter algo meu que não viesse do sangue derramado de outras pessoas, meu pai pensava que minha empresa era apenas de fachada, mas não é, ali trabalho longe de armas, além disso emprego muitas mulheres que veio de lares abusivos, e que precisam de um novo começo para refazer a vida, claro que eu dava um fim nos seus homens que batiam ou ameaçava a vida delas e dos filhos, hoje ela vivem em paz, porque as pragas dos ex-maridos estão no inferno e não poderá infernizar mais a vida delas.
Isso não me faz um santo, eu sei disso, mas pelo menos embaixo da minha alma n***a, possui um pouco de humanidade, mas nem por isso pretendo abrir meu coração para alguma mulher, eu nunca vou arrastá-la para viver na escuridão comigo, nem sei se sou capaz de amar alguém, além da minha mãe, acho que a vida que eu levo, meu destino é viver sozinho.
Claro que já sonhei em ter minha própria família, mas quando lembro do que eu e minha mãe tivemos que passar ao lado do meu pai, esse desejo some na hora.
As armas são minhas companheiras de vida, e terei que me conformar apenas com isso.
Continua....................