Derek Carson:
-Derek, você queria falar comigo? Tommy entra com seus homens, mas ele é o único que se aproxima de mim.
-Pra você é, senhor Carson, Tommy, esqueceu que sou o novo líder dessa máfia? Digo indignado por ele ainda achar que pode ter alguma i********e comigo.
-Foi m*l, só achei que por ter sido melhor amigo do seu pai, não precisaria ter toda formalidade com você, já que praticamente te vi nascer. Ele diz com sua cara cínica e tenho vontade de furar ele todo de bala.
-Achou errado, principalmente porque você era amigo meu pai, não meu, aliás amigo traidor na verdade você é. Rosno para ele que fica branco na mesma hora.
-Do quê você está falando, eu nunca traí ninguém, como ousa me acusar dessa maneira? Ele se altera, me fazendo ficar ainda mais irritado
-Tem certeza Tommy, então me explica porque você ligou para o meu pai marcando um encontro naquela noite que ele foi assassinado, aqui estão as provas, seu traidor de merda! Bato na mesa jogando todos os papéis em cima dele.
-Eu só liguei porque precisava da ajuda de seu pai para resolver algumas coisas. Ele tenta se justificar, mas sua justificativa não me convenceu em nada.
-Isso não importa mais, afinal nada irá trazer meu pai de volta, mas você vai ter o mesmo destino dele seu traidor, você sabe que quem trai a máfia merece morrer e é isso que farei com você, seu desgraçado. Cuspo a verdade na sua cara.
-Acha mesmo que vai ser assim tão fácil, eu não tenho medo de um rapazote como você, nem sei como você pode ser o novo líder dessa máfia, seu pai sim foi um grande gângster, claro que a velhice o deixou burro, já você não passa de uma piada entre nós. O que ela fala me deixa ainda mais irritado.
-Isso tira sua máscara, seu desgraçado, essas serão suas últimas palavras. Grito sacando minha arma, mas o infeliz aponta sua arma para mim também.
Pelo canto do olho vejo os homens que ele trouxe também de armas em punhos, mas eu não tenho medo, por isso atirei na cabeça de Tommy.
Mas o infeliz conseguiu me acertar no peito antes de cair morto, já que seu dedo estava no gatilho da sua arma.
Maldito!
Em câmera lenta assisto uma troca de tiro começar entre meus homens e os homens de Tommy, Scott vem sobre mim e me puxa para o chão, mas eu consigo atirar em vários homens, mesmo ferido, no final todos eles estão mortos diante de mim.
-Senhor Carson… Scott diz olhando para minha camisa coberta de sangue.
-Eu vou ficar bem, Scott.
-Venha senhor, vou tirá-lo daqui antes de limpar toda essa sujeira. Ele me ajuda a ficar de pé e depois me leva para a
cobertura.
-Senhor Carson, acho melhor te levar ao hospital, esse ferimento pode ser sério.
-Está louco, Scott, eu não posso ir em um hospital com ferimento de bala no meu corpo, ligue para o doutor Lopes e diga para vir pra cá rapidamente. Ordeno enquanto encho um copo com Whisky.
-O Dr. Robert Lopes está em Nova Iorque, senhor Carson, mas eu posso contratar outro médico para lhe atender aqui mesmo, senhor.
-Eu não quero outro médico, Scott, você sabe muito bem que só confio no Robert, mas como ele não está aqui, você fará a extração da bala eu mim.
-Tem certeza disso, senhor Carson? Não, mas eu preciso fazer antes que aconteça algo mais grave comigo.
-Tenho Scott, faça um favor pra mim, esquente na cozinha uma faca até que ela fique em brasa.
-Sim, senhor. Assim que Scott some na cozinha, eu r***o minha camisa.
Bebo mais Whisky, e jogo um pouco na minha ferida, quando vejo Scott vindo com a faca, eu bebo um pouco mais da bebida, coloco minha blusa rasgada na boca, e peço ao meu segurança para remover a bala com a faca.
-Senhor Carson… Scott fica chocado com o meu pedido, mas tiro o tecido da minha boca e dou a ordem.
-Faça logo, Scott!
Assim que a faca quente entra na minha pele, eu mordo a camisa para controlar a dor enquanto meu grito fica abafado por conta do tecido da camisa, Scott continua trabalhando até que finalmente encontra a bala.
Quando ele termina, eu subo para o meu quarto, tomo um banho, depois tomo uns comprimidos para tirar a dor e me deito na cama.
Evitei sair de casa nos dois dias seguintes, já que a ferida estava aberta e eu ainda sentia muita dor.
Mas a ferida acabou Infeccionando, e isso não era bom, e precisava dos cuidados do Lopes como médico, por isso vou precisar da ajuda de Scott para viajar até Nova Iorque.
-Me chamou, senhor Carson? Scott entra no quarto após eu permitir sua entrada.
-Chamei sim, Scott, por favor prepare o meu jato que vou precisar ir até Nova Iorque, ligue para Lopes e diga para ele me encontrar no meu apartamento de lá, eu não estou me sentindo muito bem.
-Tem um problema senhor, o seu jatinho está em manutenção, só ficará pronto daqui uma semana. Maldição!
-Droga, tinha me esquecido disso, então compre passagem de avião para nós e embarcamos amanhã mesmo, Charles vai conosco também.
-Vou cuidar de tudo, senhor Carson, vou pedir a Norma para arrumar uma mala para o senhor, com licença.
Tomo mais alguns analgésicos e volto a me deitar, na manhã seguinte estávamos embarcando na primeira classe rumo a Nova Iorque.
Deixei Scott e Charles cuidando da bagagem, enquanto me ajeitava dentro do avião, a dor estava ficando pior, por isso fiquei bem quieto com os olhos fechados.
Como o lugar ao meu lado já estava reservado por outro passageiro que não sei quem é, Scott e Charles tiveram que comprar assentos que ficavam na minha frente.
-Algum problema, senhorita? Abro meus olhos quando escuto a voz de Scott falando com alguém, encontro uma mulher linda na minha frente e a observo dos pés à cabeça.
-Não tem nenhum problema, senhor, eu estou bem. Ela diz ainda olhando para Scott.
-Senhor Carson, quer que eu o troque de lugar? Scott me pergunta, enquanto ainda estou de olho na tal mulher, ela olha para mim, e fico hipnotizado com um tom lindo de azul que tem os seus olhos.
-Está tudo bem, Scott, não preciso trocar de lugar, pode ficar tranquilo. Eu digo para tranquilizá-lo, e também porque quero muito a companhia da senhorita gostosa.
Mas a dor aperta o meu peito e volto a fechar os olhos, sinto ela sentar ao meu lado e seu perfume de rosas invade minhas narinas, sinto seu olhar sobre mim, mas a dor está ficando difícil a cada vez que eu respiro.
Mas eu sinto seu olhar sobre mim ainda, e confirmo isso assim que abro meus olhos e a encaro também, vejo ela respirar fundo quando nossos olhos se encontram.
Ficamos nos encarando por muito tempo sem conseguir desviar nossos olhos um do outro, ela parecia me estudar o tempo todo, estava ficando intrigado com essa linda mulher que parece me engolir nessa imensidão azul que são seus belos olhos, ela parece um anjo em forma de mulher.
Suas bochechas assumiram um tom vermelho todas as vezes que eu a pegava me olhando e isso a deixava ainda mais linda.
Eu tive que disfarçar minha dor para que ela não percebesse nada, mas o efeito dos analgésicos estava passando, aumentando a minha dor.
Ainda bem que faltava pouco tempo para chegarmos em Nova Iorque, mas a voz do piloto soou alta no alto falante me chamando a atenção para saber o que diabos estava acontecendo na p***a desse avião, já que achei que estávamos prestes a pousar.
-Atenção senhores passageiros, estamos a 10 minutos de pousar no aeroporto internacional de Nova Iorque, mas estamos prestes a passar por uma forte turbulência, mas está tudo sob controle, só penso que mantenham a calma e apertem os cintos.
Bastou o piloto informar isso nos altos falantes do avião, para a mulher sentada ao meu lado entrar em pânico, o avião balançou bastante, quando ela começou a chorar, pensei em fazer alguma coisa, mas sentir quando ela enfiou suas unhas afiadas na palma da minha mão, tenho certeza que ela nem percebeu que fez isso, já que estava com seus olhos fechados, suas unhas estava rasgando a minha pele, mas eu nem me importei, deixei ela descontar seu medo em mim.
Quando o aperto das suas unhas na minha pele diminuíram um pouco, peguei na sua mão pequena e a cobrir com a minha, tentando dar um pouco de conforto pra ela, mas o contato da sua pele com a minha, me trouxe um arrepio pelo corpo, e eu gostei da sensação que isso me causou.
Seus olhos continuam fechados, até que nós ouvimos a voz do piloto, avisando que passamos pela turbulência e que o avião estava pousando no aeroporto de Nova Iorque.
Ela foi abrindo seus olhos lentamente, e percebeu que nossas mãos estavam unidas, meus dedos cruzados nos seus, e eu não queria mais soltá-la, nunca mais.
Continua...........