4° Capítulo.

1336 Words
Julie Mitchell: Acordo com o barulho do meu celular, pego ele na mesinha perto da cabeceira da cama, vejo que recebi uma mensagem da companhia aérea, fico torcendo para que a viagem seja cancelada para que eu possa ir de carro ou de ônibus para Nova Iorque, mas para o meu azar ele só avisa que meu vôo mudou de horário por conta da chuva, agora terei que viajar a noite. Respiro fundo para não pensar nos piores cenários, sempre morri de medo de avião, claro que já viajei neles por duas vezes, mas desde a última vez que estive em um e quase caímos, eu fiquei com pavor, mas eu sei que Francine tem razão, já passou da hora deu superar isso, afinal para morrer basta estar viva. Fico fazendo hora na cama, já que ainda é cedo para levantar, mas fico inquieta, afinal tenho que terminar de arrumar minha mala. Recebo outra mensagem, dessa vez é da Fran. *Não vejo a hora de te ver aqui, já preparei um monte de passeios legais para nós aproveitarmos muito sua estadia aqui, doutora Mitchell. Ps: te busco no aeroporto, me ligue assim que tiver descido do avião. Respondo sua mensagem, depois acabo dormindo outra vez. Quando olho no relógio vejo que já passa das 09:00h. Pulo da cama, depois de escovar os dentes e fazer xixi, vou para a cozinha preparar meu café da manhã que nem fica lá essas coisas já que não sei cozinhar, ainda bem que minha cafeteira elétrica faz o café pra mim ou teria que buscar meu café em um lanchonete. Ajeito a cozinha, depois checo meus email para ver se apareceu alguma proposta de trabalho de algum hospital, mas nada ainda, só espero voltar de Nova Iorque empregada. Volto para o meu quarto a fim de tomar um banho, depois coloco mais alguns itens na mala. Quando termino, deixo a minha gata Milady no pet shop, depois vou para o salão de beleza para pintar e escovar meus cabelos, aproveito para pintar as unhas também. Saio do salão no horário do almoço, por isso aproveito para almoçar no shopping, já que o salão fica de frente. Como estou no shopping, eu entro em algumas lojas para comprar algumas peças de roupas para levar para a viagem, comprei também dois casacos novos, quis me dar esses presentes, embora não tenho muito dinheiro para gastar assim, mas como a Fran pagou minha passagem, posso usar um pouco das minhas economias. Fico a tarde toda no shopping, quando volto para o apartamento, eu coloco tudo que eu comprei dentro da mala, tomo outro banho, me arrumo e saio do apartamento quando o porteiro me avisa que o táxi está me esperando para me levar ao aeroporto. Ele me ajuda com a mala quando estaciona em frente ao aeroporto, p**o a corrida e entro no saguão. Faço o check-in no balcão de atendimento da companhia aérea, depois disso sou encaminhada para uma espécie de sala vip, afinal estou na primeira classe, acabei revirando os olhos diante da extravagância da Fran, pois eu poderia muito bem viajar na classe econômica, nunca me importei com esses luxos, acho que é porque sempre tive que dar muito duro para conseguir pagar meus estudos na universidade, dou valor a cada centavo, já minha melhor amiga nunca se preocupou com isso, também ela nem precisava, já que seus pais são ricos e seu namorado também, mas a nossa diferença bancária não nos impediu de sermos amigas, mesmo que ela às vezes se mete muito na minha vida. Um garçom me ofereceu uma taça de champanhe, mas acabei tomando três, pois preciso do álcool no meu sangue para conseguir subir naquela coisa chamada avião. Quando meu voo é chamado, eu respiro fundo, e arrasto minha mala para a área de embarque. Entro no avião e uma aeromoça me indica onde fica meu assento. Guardo minha bagagem de mão no compartimento que ficava em cima do meu assento, quando fui sentar eu percebi que não estava sozinha. Quando olhei em direção para a pessoa que estava no assento do lado, meu coração parecia que ia sair pela boca. O desconhecido estava de olhos fechados, mas eu consegui ver sua beleza através dos seus cabelos acobreados que dava vontade de acariciar e sentir a maciez entre meus dedos. Seu nariz afilado era o mais lindo que eu já tinha visto em um homem, seu corpo era bem malhado e pude ver isso mesmo através do seu terno preto, aliás ele estava vestindo todo de preto, algo nele parecia ser sombrio, mas isso o deixava ainda mais bonito, passaria horas apenas me deliciando com esse projeto de homem perfeito que estava me dando uma excitação e umidade entre minhas coxas pela primeira vez na vida e amei a sensação. -Algum problema, senhorita? Sou tirada dos meus devaneios eróticos, quando um dos homens que está sentado no assento da frente se levanta e me faz essa pergunta, um loiro que estava ao seu lado, apenas me observa. -Não tem nenhum problema, senhor, eu estou bem. Digo ainda o observando, afinal o homem parece um guarda-roupa de tão grande que é. -Senhor Carson, quer que eu o troque de lugar? Ele pergunta ao deus grego sentado ao meu lado, e olho para o tal homem, o que foi o meu pior erro, já que ele estava de olhos abertos olhando para mim, e acabei me afogando no azul acinzentados que era a cor magnífica dos seus olhos, ele também não tirou os olhos de cima de mim, mesmo falando com o outro homem. -Está tudo bem, Scott, não preciso trocar de lugar, pode ficar tranquilo. Ele fala com a sua voz grossa, e eu tenho certeza que minha calcinha está arruinada, já que sinto mais umidade entre minhas coxas. O bonitão volta a fechar os olhos, aproveito para me sentar com cuidado, já que minhas pernas estão bambas, olho mais uma vez para o homem desconhecido, e percebo que seu rosto está com algumas gotículas de suor e fico me perguntando se ele também tem medo de voar, assim como eu. Acho que ele sente meu olhar sobre ele, pois ele abre seus olhos mais uma vez e me encara, me fazendo perder o fôlego com tanta beleza. Ficamos nos encarando por muito tempo sem conseguir desviar nossos olhos um do outro, ele parecia um homem importante e muito sombrio, mas meu coração não parecia se importar com isso, já que desde que o viu não para de bater descompassado. Minha bochechas pareciam pegar fogo todas as vezes que ele me pegava olhando para ele. Notei que às vezes ele fazia algumas caretas de dor, enquanto levava a mão ao peito várias vezes como se estivesse ferido, mas eu não conseguia ver nenhum ferimento visível, já que ele estava com um terno completo, deixando amostra apenas a pele do seu pescoço. Faltava pouco tempo para chegarmos em Nova Iorque, quando a voz do piloto soou alta no alto falante: -Atenção senhores passageiros, estamos a 10 minutos de pousar no aeroporto internacional de Nova Iorque, mas estamos prestes a passar por uma forte turbulência, mas está tudo sob controle, só penso que mantenham a calma e apertem os cintos. Bastou o piloto informar isso nos altos falantes do avião, para eu entrar em pânico total, o avião começou a balançar, quando comecei a chorar e enfiei as unhas em algo que eu não vi o que era já que estava com meus olhos estavam fechados, provavelmente minhas unhas estão rasgando o tecido da poltrona. Foi quando senti uma mão enorme cobrir a minha, estava tão apavorada que não conseguia abrir meus olhos, até que ouvi a voz do piloto, avisando que passamos pela turbulência e que o avião estava pousando no aeroporto de Nova Iorque. Quando tomei coragem de abrir meus olhos, vi que a mão que segurava a minha era do bonitão ao meu lado, fiquei sem ar vendo seus dedos cruzados nos meus. Continua.............
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