Capítulo 37

1221 Words
Ela se soltou apreensiva - Não, tá maluco? - Vai dormir! Ele insistiu a abraçando por trás - Para de ser medrosa, eles estão dormindo. A encostou na parede, puxou sua mão para o sentir excitado - Vai me deixar assim na vontade? - Olha que eu não vou demorar, vamos tomar banho juntos. Ela deu uma pegadinha de leve rindo - Pare de falar bobagem, eu não consigo aqui. Deu um selinho - É sério Justin! - Desculpa. Ele a puxou forte pelo cabelo a fazendo lhe olhar nos olhos - Não tem porque se desculpar, eu entendo. Mereço um beijo de boa noite? Ela o beijou afetuosa - Até dois, depois do que fez comigo. O beijou com muita vontade, até perder o fôlego, ele a soltou - Quero morar em você! Boa noite meu bem. Ela se afastou rindo - Boa noite Justin! Foi tomar banho, ele deitou com o pensamento nela, impaciente por passar tanta vontade, demorou pra conseguir dormir. Na manhã seguinte levantou muito cedo, foi andar para longe da casa, só pra poder mexer no celular, fez um pedido grande de bebidas da sua própria vinícola, mandou entregar lá no sítio. Conversou com a mãe e a avó, dizendo que não ia passar o natal com a família, todos já estavam sabendo da doença de Royce, o caos estava instalado por lá, Justin levou muito xingo por isso, recebeu cobranças sobre abandonar o pai doente, mentir pra todos, largar tudo por uma mulher, acabou se irritando, ficou super triste preocupado. Mexeu nos carros para dar carga na bateria do seu, foi para a cidade comprar presentes, decidiu viajar pra casa, ver pessoalmente como as coisas estavam. Era véspera de natal, o dia do casamento, Olívia levantou cedo, precisavam terminar os doces da festa. A primeira coisa que fez foi procurar ele, viu que tinha saído de carro, começou ficar preocupada, as horas foram passando. Na hora do almoço um caminhão chegou no portão, Valter saiu atender, eram as várias caixas de bebidas, muitos garrafões de vinho de cinco litros, engradados de chopp de vinho, Olívia saiu ver já imaginando que era coisa do Justin, Valter ficou emburrado fuçando tudo - Óia que exagero, é coisa daquele amostrado né, onde que ele se meteu em filha? - Num vai no casamento não? Ela já estava agoniada e triste - Acho que vai pai, liga pro pessoal vir buscar isso tudo, por favor. Tô muito ocupada na cozinha! Começou ficar confusa, decidiu ligar pra ele, foi no quarto com o celular da mãe, nem chamou e caiu direto na caixa postal. Os familiares foram lá buscar as coisas, Chelly foi pessoalmente cheia de grampos no cabelo, chorou muito emocionada, perguntou onde Justin estava, Olívia disse que ele tinha ido a cidade. A cada pessoa que perguntava, ela inventava uma coisa, começou deixar transparecer o quanto estava desconfortável. Já era hora de começarem a se arrumar, a cerimônia seria às 17:00, seguida de festa, depois ceia de natal a meia noite. Olívia se arrumou engolindo o choro, foi para o casamento toda mexida, chorou bastante emocionada, quando a cerimônia estava acabando, Justin chegou, ficou no canto assistindo, todos estavam distraídos com os noivos, os parabenizando, Olívia não viu ele, foi se esquivando das pessoas evitando estar no grupo que queria pegar o buquê, encostou em um deck com o pensamento distante. Justin a viu de longe, estava indo até ela, quando quase foi acertado no rosto, pelo buquê que caiu literalmente em suas mãos, chamando atenção de todos para si, ele começou rir, olhou na direção de Olívia que o encarava fixamente séria. Foi até ela, com o buquê - Oi, sorte que não sou supersticioso. - Quer pra você? O que faço com isso? Ela se manteve fria, com aquela olhar crítico decepcionado - Não quero. O que aconteceu? Eu te liguei. Ele deu um passo à frente, tentou pegar a mão dela - Eu posso explicar. Ela deu um passo para trás, puxando sutilmente a mão - Justin, você podia ter enviado uma mensagem, todo mundo ficou falando de você e das bebidas. Eu nem sabia o que dizer ou se viria. - Não é justo sabe, não faz idéia de como eu me senti o dia inteiro. Poxa, custava fazer uma ligação? Ele se debruçou no deck, também ficando de lado, olhando para a paisagem - Na verdade eu sei, senti o mesmo quando partiu sem se despedir. Só que a diferença é que voltei. - Você não voltou! - Precisei ir pra casa, minha mãe e todo mundo já sabe, sobre meu pai. - Eu não queria ficar lá e nem aqui. - Pra ser sincero, voltei para você, fiquei bastante tempo lá fora no carro criando coragem, pra entrar e passar a festa toda sorrindo pra todo mundo, quando na verdade a única coisa que eu queria, era ficar com você. - Te pegar pela mão e sumir daqui, só nós dois. Ela o olhou com os olhos marejados - Não posso. Ele a olhou também chateado, acariciou seu rosto - Eu sei, a minha Olívia não faria isso. - E por saber disso, estou aqui. Mas agora, não sei se devo ficar, sua família é incrível, seu pai me odeia com carinho. - Não quero te constranger mais! Me desculpa por ontem na frente dos seus amigos e por hoje, eu sei que sou difícil, às vezes faço tudo errado, perco a cabeça. Ela colocou a mão em cima da dele, chegou um pouco mais perto - Você não fez nada errado, além de roubar o buquê e os sonhos das meninas. Beijou a mão dele afetuosa - Quero que fique, não tem palavras pra te agradecer pela bebida e daqui a pouco as coisas vão ficar piores, com todo mundo bêbado, ninguém vai saber quem é você muito bem. - Depois vamos conversar melhor e você me conta, como estão as coisas por lá, não quero te deixar sozinho. - É natal, tenta aproveitar, afinal, não é sempre que tem casamento na roça pra você ir. Ele sorriu enxugando os olhos - Você é uma parceira pra vida, se soubesse o quanto é especial. Queria que se olhasse, com meus olhos, às vezes. - Preciso de um beijo seu! Ela sorriu, olhou para os lados - Vamos sair daqui, você vai pela esquerda entra na casa, diz que precisa de uma tomada duzentos e vinte, tenta sair sem chamar atenção, me encontra lá na frente perto do pomar, vou dar a volta. Se afastou e foi saindo escondida, ele demorou alguns minutos, foi parado pra conversar, quando saiu não a viu. Ela surgiu do escuro fazendo psiu, o pegou pela mão guiando no meio do breu total - Não acende a lanterna ou vamos ser vistos. O levou para atrás de uma casinha afastada, no escuro, acariciou seu rosto lhe dando vários beijinhos por toda a parte - Também preciso de um beijo seu. Ele a envolveu em seus braços puxando seus corpos um contra o outro, a beijou com intensidade, mostrando o quanto a queria. Ela percorreu os botões da camisa, de cima para baixo, até encontrar o cinto da calça dele - Acho que tem um vale, adquirido na noite passada. Foi desabotoando - Quer goz ar pra mim?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD