Capítulo 44

1341 Words
Ela apenas sorriu, preferia não responder aquele tipo de coisa, ele continuou falando - Você se meche muito, mas eu gosto de te sentir na cama. - Eu quero te levar para jantar. Ela pediu licença, levantou rindo - Justin não precisa ficar de conversa mole para me agradar. Ele deitou de barriga pra cima, pegou na cueca de forma provocativa - Se agrada mais com dura? Ela começou mexer na mala, na bolsa, como quem procurava algo - Você é bem insistente as vezes né? Temos mesmo que sair jantar? - Sinceramente, não estou muito afim hoje. Começou olhar a agenda, fez algumas anotações, ele disse que não podia faltar ao jantar, por causa do trabalho, mais que ela não precisava ir. Levantou e foi escolher roupa, ela disse que só ia falar com a enfermeira e também ir se arrumar, ele se aproximou a abraçando - Eu não queria pedir, acho que estou exigindo muito de você. Desculpa por não parar de trabalhar nunca, eu tô dando o meu melhor, pelo meu pai, ele fica impaciente lá, achando que tudo pelo o que lutou a vida toda, vai ser perdido. - Eu sei que estou falhando e muito com você. Acho que com todos! Ela interrompeu afetuosa - Você não é uma máquina, né? Não se cobre tanto! - Não se preocupe comigo, com certeza não vim para tirar sua atenção, te roubar da sua família. Ele a beijou, começou rir - Mas tomou tudo de mim e eu sim quero te roubar. Não podemos nos atrasar, se importa se eu for primeiro? Ela disse que não, ficou sentada mexendo no celular, trocando mensagens com a Lola e a Chay, que eram duas curiosas, sempre querendo saber da viagem. Olívia disse apenas que estavam tirando um tempo para passear, deu a entender que estavam bem como casal, mas não entrou em detalhes e nem confessou nada. Ele tomou banho, se trocou falando sobre os valores que precisava para começar o ano bem na vinícola, estava tenso e preocupado, disse que iria vender a casa e outras propriedades da família. Ficou quase vinte minutos conversando por ligação com o advogado da empresa, saiu sem nem falar com ela, a deixou tomando banho. Ela saiu do banheiro achando que a roupa estaria separada como sempre, mas não tinha nada na cama, teve que escolher sozinha com receio de se arrumar m*l. Como quem tinha feito a mala era ele, tinham muitas roupas novas que compraram juntos, ela escolheu um vestido branco de alças finas, curto e justo ao corpo, prendeu o cabelo em um coque clássico, passou maquiagem leve e incomodada com o comprimento da roupa, colocou um cardigã que acompanhava o vestido, as opções de sapatos eram menores, colocou a única coisa mais casual, sandália preta de salto alto. Ao ficar pronta desceu sem o avisar, achou que talvez o encontrasse facilmente perguntando. Foi para a recepção, disseram que ele estava no restaurante, assim que parou falar com a hostess, Justin a viu de longe, se levantou da mesa para ir encontrar ela. Olívia estava distraída conversando sobre o hotel, viu o Theo se aproximando também chegando, sorriu sem jeito, ele se aproximou sério, deu um beijo no rosto - Olá, tudo bom? Toda sem jeito desviou o olhar - Oi, nossa você por aqui, tô bem. E você? - Desculpa por não responder, fiquei sem celular e aí quando vi já tinham passado dias. Ele interrompeu irônico - Acho que não custava ter apenas respondido. Justin se aproximou os interrompendo, cumprimentou Theo dizendo que seria uma grande noite, beijou Olívia sutilmente marcando território se mantendo próximo - Preparada? Está linda, eu não vou conseguir prestar atenção em nada, com você desse jeito. Foram indo para a mesa de mãos dadas, apresentou Olívia como namorada a um outro casal que ela não conhecia, Dom e Fábia. Tinham quase dez pessoas a mesa, duas crianças que estavam tagarelando rindo muito entre si. Fábia estava ao lado de Olívia, perguntou se ela conhecia a sua comadre Melanie, começaram conversar sobre isso e bebidas, as duas começaram escolher juntas o que iriam experimentar. Fábia deu sugestões, disse que estava montando o cardápio de bebidas do aniversário do Theo, começou falar sobre ser decoradora, eles trabalhavam juntos, ela prestava serviço a ele que era organizador de festas. Olívia perguntou o dia, começou puxar assunto, estava toda desconcertada com as encaradas de Theo que m*l conseguia disfarçar que tinha algo errado acontecendo. Os homens estavam falando de negócios, a esposa do futuro investidor convidou elas pra irem beber longe deles. As crianças também levantaram foram brincar, Fábia estava dizendo que a Melanie era sua melhor amiga, Olívia perguntou se eles tinham amizade com o Theo a bastante tempo, ela sorriu intrigada - Sim, alguns anos, ele quem organiza todos os eventos da rede dos restaurantes, o Dom é sócio do Vini, era um negócio dos pais deles, os dois são melhores amigos. E você, conhece o Theo a bastante tempo? Ela disse que não, Fábia arqueou as sobrancelhas com irônia - Não é o que parece. Olívia foi dar atenção para as crianças, evitou Fábia o quanto pode, sem saber do quanto dá verdade ela sabia ou não. Estava encostada no balcão bem no cantinho quase escondida, alisando uma taça de suco com a ponta dos dedos e o pensamento distante. Justin se aproximou com o semblante fechado - Porque não está com elas? Tudo bem? Ela o olhou apreensiva - Eu vim pegar um suco. E aí como está sua reunião? Ele chamou o garçom, começou digitar mensagens no celular - Uma porcaria! Ficou com os olhos marejados - Não era pra ser assim, Deus sabe do quanto amo meu pai, mas as vezes acho que... - Deixa pra lá! Eu preciso voltar, desculpa não poder te dar atenção. Ela disse que tudo bem, o observou voltar para a mesa rindo todo simpático, logo ela voltou para junto das mulheres, já estava ficando tarde, impaciente foi caminhar para um pouco longe, começou se sentir culpada por tudo o que aconteceu com o Theo, ele saiu do restaurante sozinho, estava indo para o carro, não muito longe viu Olívia o olhando, ela acenou e chamou, ele apenas ignorou entrou no carro e foi embora. As outras duas já tinham ido deitar, os homens estavam ainda bebendo e conversando, Olívia ficou esperando sentada sozinha no balcão, sorria toda vez que Justin a olhava. Já era mais de meia noite quando ele se despediu dos outros e se aproximou dela fragilizado - Não precisava ter ficado aqui. Deve estar com sono! Ela sorriu e segurou sua mão - Eu quis ficar. Está chateado? As coisas não foram como esperava? Ele virou um copo com duas doses de whisky, soltou a mão dela - Estou p da vida. Você tinha razão, eu gosto de estar no controle. Tirou uma caixinha cinza de veludo brilhante do bolso - Não era pra ser assim, Olívia eu não sei do que você gosta, acho que somos muito diferentes, não te conheço a bastante tempo, mas não quero saber de po rra nenhuma hoje. Desculpa, palavrão! Colocou no balcão e empurrou para perto - É fod a sentir te são na pessoa e não poder tra nsar com ela, eu quis sua boca todos os dias desde que te conheci. Essa vontade não saí de mim! - Quando acho que estou ficando louco, você faz algo como hoje, dia após dia me mostra o que eu não quero ver. Não sabe o quanto me apoiou ficando aqui, eu não gosto do quanto saio de mim, por você, mas o que sinto quando isso acontece, dá um novo sentido pra minha vida. Ela estava o encarando fixamente nos olhos, foi ficando mexida quase chorando, não disse e não fez nada, ele mesmo pegou a caixinha de volta, abriu - É o seu presente de natal, saiba que você foi o meu. Era um solitário de ouro branco com uma pedra brilhante e grande.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD