Ele se aproximou também nervoso
- Tenta retornar, vou me trocar.
Começou se vestir rapidamente, Alysther bateu na porta o chamando, Olívia entrou no banheiro com o celular, se fechou para conversar melhor, pediram pra ela ir ao hospital com urgência e não disseram nada do que aconteceu.
Justin havia ido para a sala conversar, sua irmã estava possessa, pois já sabia de toda a verdade sobre o namoro falso, porque Lucca contou, estavam muito preocupados.
Justin se revoltou iniciou uma discussão com Lucca
- Porque você contou?
- A Olívia é o menor dos meus problemas aqui.
- Alysther você nunca se preocupou com ninguém, além de você.
- Porque agora decidiu virar a super irmã protetora?
Ela também se alterou
- Porque você voltou a ser um moleque irresponsável, como se já não bastasse todos os problemas da nossa família e o papai doente.
- Tinha que arrumar duas qualquer, pra enfiar dentro de casa?
- Isso com certeza é um golpe e grande. Eu não sei o que essa mulher fez com você, pra virar sua cabeça dessa forma!
- Justiniano na melhor das hipóteses, ela só é m*l caráter com a melhor amiga, que vai acordar e aí?
- Vai namorar as duas?
- Desfaça isso e logo!
Ele estava sentado com as mãos no rosto retrucando que era pra ela calar a boca, Olívia ouviu tudo, ficou super ofendida e triste, saiu pelos fundos e pegou o carro dele, eles não perceberam.
Ela só foi até a portaria do condomínio, largou o carro lá e pediu um Uber, quando ligaram na casa para avisar e ver se estava tudo bem, ele ficou mais bravo ainda, rompeu com o Lucca, dizendo não confiar nele, tocou a irmã embora e fez questão de dizer, que eles não tinham o direito de se meter naquele assunto.
Foi até a portaria com o Lucca, pegou o carro e correu para o hospital, Olívia havia acabado de chegar lá aos prantos, com medo de que o pior tivesse acontecido.
O médico explicou o que estava acontecendo, Daisy acordou desorientada e recebeu leve sedação, já haviam a examinado, feito alguns exames rápidos, aparentemente estava tudo indo bem.
Olívia entrou apreensiva, encostou ao lado da cama segurando a mão de sua amiga
- Oi eu cheguei.
- Você voltou!
- Eu sinto muito por ter saído daqui. Mas eu não vou sair de novo!
Daisy se mexeu um pouco, de olhos fechados sonolenta, sussurrou esboçando um leve sorriso
- Olita! Eu morri.
Ela caiu no choro agradecendo a Deus, pediu para Daisy tentar descansar e ficar tranquila, que tudo ia se resolver.
Daisy apertou sua mão sutilmente
- Te amo amiga.
Pegou no sono profundo, Justin chegou confuso todo preocupado, não teve coragem de entrar no quarto após saber pelo médico o que aconteceu, começou passar mau na sala de espera com uma crise de Pânico.
Sua irmã e seu melhor amigo logo chegaram, ele não dizia absolutamente nada, parecia estar surdo, muito desorientado.
Lola chegou preocupada, com a missão de conversar com Olívia, bateu na porta do quarto e entrou apreensiva
- Oi Olí, como vocês estão?
- Vim ficar com ela, pra você comer, respirar um pouco.
Olívia beijou a mão de Daisy, que ainda dormia
- Eu já volto!
Saiu no corredor toda tensa
- Não vou sair daqui até ela se estabilizar. Eu cheguei falando e sonolenta, ela me respondeu!
- Eu nem consigo acreditar, que ela voltou.
Começou chorar, Lola a abraçou
- Eu sei que você queria isso, eu melhor que ninguém te entendo.
- Mas, o Justin. Ele não está bem!
- Desde que chegou aqui sabe, olha é complicado, as coisas saíram do controle entre vocês.
Olí interrompeu
- Pare por favor. Onde ele está?
Lola apontou na direção tensa
- Na sala de espera. Ele vai perder o pai, tá perdendo o trabalho. Acho que se apegou a você, muito!
- Por causa dessa fase, ele não está conseguindo. Olí por favor, não temos o direito de te pedir muito, só vocês dois sabem de fato o que rolou ou não.
- Ele precisa de você.
Olívia respirou fundo enxugando as lágrimas
- Lola ele não vai morrer por ficar menos rico.
Foi até lá, Justin estava em pé, encostado olhando a janela, quando a viu olhou como quem pedia socorro angustiado
- Oi, como ela está?
Olívia parou ao lado dele, sem o olhar
- Ela está dormindo, mas vai acordar de novo e já falou brevemente comigo. Você precisa se acalmar!
- Ouça o que vou falar, com atenção, por favor.
Ele balançou a cabeça que não, levou as mãos no rosto
- Eu não consigo.
- Não da.
Ela se aproximou séria o olhando nos olhos
- Você consegue tudo o que quiser. Se não por nós, faça por ela.
- Daisy não tem nada e ninguém. Esperou por meses, por esse momento.
- Se ela estiver realmente bem, vai querer viver tudo no máximo, o tempo não passou pra ela. Então, seja o cara que ela sonhou durante esse tempo todo!
- Eu te imploro, por favor, se esforce pra ela ficar bem, e feliz, seja o amigo e namorado, que deveria ser.
- Seja homem de verdade.
- Seu pai está doente e nem isso o deixou menos ganancioso. Você está trabalhando muito, ao invés de estar ao lado dele, e pra que?
- A segunda oportunidade, nunca vem como a primeira. A vida é aqui e agora!
- Aquela garota lá dentro, não tem pai, nem mãe ou um lar. Nós somos tudo o que ela tem, e vai precisar de apoio!
- Você tem que fazer a coisa certa! Promete, que não vai perder a cabeça e estragar tudo?
Ele permaneceu calado, Alysther se aproximou
- E então, o que vão fazer?
Olívia respirou fundo a encarou séria
- Justin e eu namoramos de mentira, por causa da situação de seu pai. Só isso!
- No momento certo, vou contar a Daisy e acredito que vocês, podem lidar com a sua família e amigos.
- Como já esperado, Justin vai fazer a coisa certa e ajudar ela.
Alysther sorriu com afronta
- Ajudar? Eu não consigo acreditar em uma palavra que venha de você.
- Vocês duas já fizeram muito estrago e agora, meu Deus.
Ele interrompeu hostil
- Fique quieta Alysther, você não veio pra ajudar, vá embora.
Começaram discutir, ela dizendo que ele era completamente irresponsável, porque ia levar problemas a família toda, com aquelas duas golpistas, Olívia se irritou
- Não se atreva a falar de nós. Eu nunca pedi nada a ninguém, você e toda sua família, são um bando de lunáticos egocêntricos.
Os deixou lá brigando, voltou para o quarto preocupada, Lola estava toda perdida, convidou Olívia pra ficar na casa dela, até tudo se resolver, virou o telefone sem fio de Justin, ele passou o resto do dia no hospital, bem longe do quarto.
Olívia estava lendo um livro sentada ao lado da cama, já havia falado com os pais sobre a melhora de Daisy.
A enfermeira falou que ia sair para comer, se ofereceu para trazer um chá ou café, Olívia recusou, foi até a janela olhar a rua, Daisy acordou
- Eu poderia comer uma dúzia de panquecas Olita.
Ela se aproximou da cama toda sem jeito
- Oiii, como está se sentindo? Lembra do que aconteceu?
- Vou chamar o médico!
Daisy a segurou pela mão
- Devagar, eu estava semi morta, espero que não esteja muito feia.
- Me lembro de estar andando na chuva, atrasada e...
- Um carro veio!
Levou as mãos até o corpo, barriga, quadril, quase alcançando as pernas
- Eu vou ficar bem?
Olívia sorriu acariciando seu rosto
- Vai é claro. Você foi atropelada e ficou em coma, por semanas.
- Foram dias difíceis, mas o pior já passou. Estou muito feliz por ter acordado!
Daisy sorriu confusa acariciando o cabelo
- Não estou careca, isso é bom. Como viemos pra cá?
Olívia sorriu e foi direta
- Foi o Justin, seu namorado estranho sociopata da internet. Ele foi atrás de você, pagou tudo, a viagem, o hospital, enfermeira particular.
- Aconteceram muitas coisas!
Daisy se emocionou confusa
- É sério? Onde ele está?
- Como ele é?
- Eu preciso vê-lo!
Olívia engoliu o choro
- Ele vai vir logo logo. É do jeito que você gosta, forte, alto, uma pessoa que eu diria, difícil, mas...
- Olha vocês tem tudo em comum e ele tem um bom coração.
- Se não fosse por ele, eu não sei onde estaríamos, nós duas.
Rindo e chorando Daisy perguntou se podia falar com ele, mandar uma mensagem talvez ligar, ficou super ansiosa, Olívia correu limpar as conversas, deu o celular nas mãos da amiga
- Acho que ele está no trabalho, ansioso e preocupado. Pra ter notícias!
Daisy começou rir, gravou um áudio
" Oii Ju acho que a sua bela adormecida acordou "
" Temos muito o que conversar imagino "