Capítulo 6

2259 Words
Elon Atkinson Depois do jantar que tive com a Ana, esperei ela ir para o quarto e provavelmente pegar no sono para que eu pudesse ir para minha segunda casa. Costumo dizer que a minha primeira casa é a Atkinson Tecnologia. — Kabir — ligo para o meu segurança e amigo — Vamos para o black club. — Sim senhor. Saio do apartamento sem fazer qualquer barulho e vou direto para a garagem, onde Kabir já está me esperando. — E a menina? — pergunta se referindo a Ana. — Dormindo. Ele apenas balança a cabeça. Se me perguntarem o que aconteceu para que eu acolhesse Ana dessa forma, não saberia responder, porém, tem algo no olhar daquela garota que me fascina, que pede por cuidados, carinho. Ana, apesar de toda alegria que deixa transparecer, seus olhos são tristes, eles demonstram o quanto ela é sofrida e naquele dia no saguão da Atkinson estava mais do que evidente todo o seu sofrimento, acho que senti compaixão da garota. Não sou uma pessoa fria, muito menos um cara babaca, até porque não tenho mais idade para essas coisas. Ao longo da minha vida aprendi muito e uma coisa que meu pai sempre me ensinou é que devemos estender a mão para as pessoas que necessitam de ajuda. Sem contar que deixá-la morando em meu apartamento e ceder um bom emprego não vai atrapalhar em nada a minha vida. O apartamento eu quase não uso, tenho mais alguns imóveis espalhados pela cidade e o emprego, estávamos realmente precisando de uma recepcionista, só juntei a fome com a vontade de comer. Entro no black club e fico satisfeito em ver a casa cheia. Encontro dois conhecidos que fiz amizade, eles geralmente costumam frequentar a casa quando estão na cidade. — Adler, Théo, que bom recebê-los em nossa casa — me aproximo e cumprimento os dois. — Se existe clube melhor que esse, desconheço — Théo fala com um sorriso no rosto. — Como vai Elon? Sua casa está cada dia melhor — Adler, um pouco mais sério que Théo também me cumprimenta. — Chegaram a pouco na cidade? — sento-me para conversar um pouco com eles. — Chegamos hoje e vamos partir daqui dois dias — Adler responde. — Depois que Adler me apresentou esse clube, fico ansioso para trabalhar em Nova York — Théo se levanta — Vou me divertir. — Vai lá sadomasoquista — Adler levanta o copo de uísque e toma um gole. — Não enche, Adler. Valeu Elon, foi bom te ver — Théo sai da mesa. — Não vai beber? — Adler pergunta. — Tenho uns assuntos para resolver, amanhã vou viajar, fica para a próxima — levanto-me e estendo a mão para ele. — Até mais, Elon — aperta minha mão — Vou me arranjar também. Vou para o escritório resolver algumas pendências que deixei para trás do clube e do restaurante. — Elon — Juliana entra no escritório — Pensei que não fosse aparecer mais — fecha a porta e se senta. — Juliana, sabe me dizer se Kai está no restaurante? — Provavelmente sim. — Ok — volto a olhar meus papéis. — Só isso? Não quer nada mais? Juliana é uma loira muito bonita, alta, corpo esguio. Já estamos acostumados com o sexo* casual. — Diga-me o que você quer, Juliana — afasto minha cadeira, ela se aproxima e ajoelha-se na minha frente. — Quero tudo, Elon — abre minha calça, abaixando-a junto com a cueca. Meu m****o duro salta para fora, pedindo atenção. Juliana massageia-o com as mãos e sua boquinha quente toma o lugar das mãos, me dando prazer. Jogo a cabeça para trás e relaxo na cadeira, aproveitando a sensação gostosa. Seguro firme em seus cabelos e entro o máximo que eu consigo até o fundo da sua garganta. — Elon, sabe que não aguento — a safada fala com uma voz manhosa. — Você sempre aguenta — puxo seus cabelos colocando-a de pé. Levanto-me da cadeira e a coloco na posição "de quatro". Pego um preservativo* na gaveta, levanto sua saia, coloco sua calcinha de lado e entro fundo nela, segurando firme em sua cintura e puxando seus cabelos para trás, fazendo-a se empinar ainda mais para mim. Nem sei por quanto tempo ficamos transando. — Elon, não estou aguentando mais — Juliana reclama. Afasto-me, sentando na cadeira novamente, retiro o preservativo* e Juliana volta a me dar prazer com a boca, não demora muito e me derramo, despejando tudo em sua boca. — Nossa, Elon, você estava insaciável e muito bruto hoje — Juliana se levanta e sorri. — Estou atrasado, Juliana — visto minha roupa e aponto para a porta. — Já entendi, não precisa falar duas vezes — sai da sala pisando duro. Depois de resolver os assuntos pendentes, volto para o apartamento. No caminho lembro de ligar para Kai. — Senhor Atkinson — Kai atende no primeiro toque. — Kai, desculpe te ligar a essa hora, mas gostaria de falar sobre a Ana. — Não tem problema. Pode falar. — Você falou que precisaria dela para trabalhar no período da noite? Não quero ela trabalhando aí de noite, tudo bem? Se for preciso, contrate outra pessoa para o período da noite. — Só segui o protocolo, falei o mesmo que falo para todas, mas eu estou ciente disso senhor Atkinson e jamais a chamaria para o turno da noite. — Ótimo. Até mais Kai, boa noite! — Boa noite! Desligo o telefone, entro no apartamento e vou direto tomar um banho. Não demoro mais que dez minutos para dormir. ............ Levanto, faço minha higiene matinal, olho o relógio e ainda são quatro e meia da manhã, muito cedo e provavelmente Ana está dormindo, provavelmente não, com toda certeza ela está. Passo no quarto dela, entro bem devagar para não correr o risco de acordá-la. Carinhosamente eu a beijo de leve na cabeça. Não sei porque eu a acolhi dessa forma, acho que nunca me importei com uma pessoa estranha, essa é primeira vez. Gosto dela, verdadeiramente, ela desperta o melhor de mim. Poucos dias juntos e parece que eu a conheço há anos. Ontem ela me contou o que passou na mão da mãe e do padrasto, a princípio eu prometi que iria esquecer essa história, não queria magoá-la ainda mais, mas eu não esqueci e jamais esquecerei, aquele maldito* vai pagar por isso e a mãe dela também. Saio do apartamento e vou direto para a minha casa, tenho que pegar algumas coisas, às sete eu vou viajar para Alemanha, queria poder levá-la, mas ainda é cedo para ela saber quem eu sou. É maravilhoso dirigir esse horário, sem trânsito, chego em casa em menos de trinta minutos. Vou direto para o escritório, buscar uns papéis, assinar umas pendências e organizar minhas coisas. Sou extremamente organizado, qualquer coisa fora de ordem me deixa maluco. — Bom dia, Elon — Kabir entra no escritório. — Bom dia, ainda é cedo — olho no relógio e ainda vai dar seis da manhã. — Já ajeitei as coisas para a viagem, precisa de mim por agora? — Se puder, chame o meu sobrinho, por favor — ele balança a cabeça e sai. Antes de viajar preciso falar com o meu sobrinho, um moleque completamente irresponsável, parece que não vai crescer e amadurecer nunca. — Bom dia tio, mandou me chamar cedo, não? — Nathan aparece com a cara amassada. — Já está na hora de levantar, que eu saiba sua aula começa às sete. — Não vou para a aula hoje. — E por que não? — Estou cansado. Aponto a cadeira e ele se senta. — Nathan, vou falar rápido e espero que ouça com bastante atenção, não estou com muito tempo... Vou viajar e volto assim que possível, até lá, você vai se comportar e fazer tudo direitinho, entendeu? Não quero ter nenhum problema com você enquanto eu estiver fora. — Pode ficar tranquilo tio. Não, eu nunca posso ficar tranquilo quando o assunto é o meu sobrinho. Minha irmã faleceu quando ele tinha sete anos e desde então eu o criei, sempre dei tudo que ele precisava, impondo limites e regras, mas mesmo assim Nathan sempre foi impulsivo, temperamento difícil, não sei onde falhei na educação desse garoto. — Nathan, ainda está namorando aquela moça que mencionou? Me lembro que há um tempo atrás ele andava sumido aqui de casa e mencionou estar com uma menina, me preocupo com a menina, pois não acho que ele tenha maturidade ainda para lidar com um assunto desses. — Não, terminei. — Você não fez merda, fez? — Não tio, tudo você acha que eu fiz alguma coisa de errado. Terminei porque ela era pobretona e eu não quero me relacionar com gente assim. — Pode passar o tempo que for e você não muda. Já conversamos sobre esse assunto, não? Dinheiro é bom, mas não é tudo na vida. — Eu não gosto dela, tá legal? Era só isso? Posso voltar a dormir? — Sim, era só isso e não, você não pode voltar a dormir, está na hora de se arrumar e ir para a empresa, já que não vai para a aula, vai trabalhar. — Caramba, tio, você não me dá sossego. — Por falar nisso, a prestação do seu apartamento está perto de vencer. — Até hoje não consigo acreditar que me vendeu um apartamento pequeno daquele ao invés de me dá. Faço o meu melhor para mostrar para o Nathan que as coisas não são fáceis e que dinheiro não cai do céu. Quer mordomia? Trabalhe e conquiste. Ele queria um apartamento, então eu vendi para ele o que era adequado com o seu orçamento. Esse dinheiro vai fazer diferença para mim? Não. Porém, ele precisa aprender. — Tio, porque você não tem ficado mais em casa? — Resolvendo outros problemas. — Mulheres? — pergunta rindo. — Não. — Sei... — Já pode ir Nathan, se não vai se atrasar. Com uma cara emburrada, sai do escritório pisando duro. Sinceramente, não sei mais o que eu faço com esse garoto, tudo para o Nathan, absolutamente tudo é sobre dinheiro e olha que eu nunca dei nada de mão beijada para ele, sempre ensinei a valorizar as coisas, a respeitar as pessoas independente da classe social. Algumas pessoas até me dizem que isso é fase, "coisa de adolescente", e sinceramente eu espero que realmente seja só isso. — Senhor, vamos? — Kabir vem me chamar. — Sim, vamos... Kabir, tudo certo sobre aquele assunto que te pedi? — Tudo sim — abre um sorriso fraco. — Obrigado. Vou viajar, mas dessa vez não estou tranquilo, antes a minha única preocupação era o meu sobrinho, mas agora não, agora eu tenho outra preocupação, minha doce menina. Eu nem tenho ficado em casa, estou ficando mais no apartamento com ela, não quero que ela se sinta sozinha ou desamparada, nunca mais quero que ela se sinta assim. A viagem foi tranquila, assim que pousei, mandei uma mensagem para ela. Eu: Oi, sei que agora você deve estar ocupada trabalhando, mas no final do dia eu ligo para saber como você está, beijos. Não espero sua resposta, pois sei que ela está trabalhando e não tem acesso ao telefone. Vou para o hotel descansar, de noite tenho um jantar com o dono da empresa de automóveis que estou fechando negócio. Depois de descansar algumas horas, me arrumo e vou direto para o restaurante. Não conheço o dono da empresa, quem tratou direto com ele foi a advogada, mas ele exigiu que queria fechar negócio somente com o dono e cá estou eu. — Boa noite senhor Ammer — cumprimento ao chegar na mesa. — Boa noite senhor Atkinson — levanta-se para me cumprimentar. — Elon, apenas Elon. — Então me chame apenas de Alexandre — concordo e me sento — Vinho? — Uísque? — devolvo a pergunta e ele ri. — Me parece bem melhor. Bebemos, comemos e conversamos muito sobre os negócios, Alexandre Ammer me parece um homem bastante simpático e humilde, me agradou bastante tanto sua personalidade quanto sua proposta para os nossos negócios. — Elon, será um prazer trabalhar com você. — O prazer será totalmente da empresa Atkinson. — E me fale sobre você, casado, filhos? — Não. — Não vai falar sobre você? — levanta uma sobrancelha. — Não para suas perguntas, não sou casado e não tenho filhos — ele ri — E você? — Não sou casado, mas sim, tive uma filha. — Sua herdeira então. — Sim — sinto que ele responde com uma certa tristeza. — Algum problema? — Minha filha faleceu. — Sinto muito. Quer falar sobre isso? — História longa meu amigo, vamos deixar para outro jantar. — Claro — concordo e vejo meu celular apitar, é uma mensagem de Ana. Ana: Obrigada pelo presente, senti sua falta, beijos. Inevitavelmente abro um enorme sorriso para o celular. Ana me faz bem! — Não é casado, mas não está muito longe disso. Olho sem entender para ele. — Não entendi — confesso. — A pessoa que te mandou mensagem parece ser importante para você. Só então me dou conta e guardo o celular. — Ah, sim — pigarreio — Acho que sim. — Acha? — sorri. — Uma amiga. — Se você está dizendo — dá de ombros. Terminamos nosso jantar bastante agradável e eu volto para o hotel, sei que está tarde, mas só vou conseguir dormir depois de ouvir a voz dela.
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