O Príncipe e a Lua Rejeitada

8 - Um começo

(Alpha Dracos)

Atlas, meu lobo, estava ficando cada vez mais inquieto. Ainda não tínhamos encontrado nossa companheira e, neste ponto, eu tinha visitado a maioria dos grupos por centenas de milhas ao redor da cidade de Centuri. Estava começando a pensar que eu não tinha sido destinado a ter uma, mas estava determinado a encontrá-la se a Deusa da Lua não tivesse me esquecido.

Se eu não fosse um Alfa e tecnicamente um príncipe, teria feito disso minha missão de vida, mas infelizmente eu tinha outros deveres e muitos deles.

O sexo estava perdendo seu apelo, não importava o parceiro, eu simplesmente não conseguia encontrar o alívio que estava procurando. Passei a mão no rosto esperando afastar esses pensamentos.

"Senhor Dracos", minha secretária entrou na linha, droga perfeita.

"O que é?"

"O Sr. Daniels está solicitando uma reunião. Ele está fazendo um acompanhamento de um e-mail que enviou."

"Agora?"

"Sim, a sua agenda está livre para a próxima hora."

Suspirei.

"Sr. Dracos?"

"Mande entrar", eu me levantei e ajustei minha gravata.

-

"Sr. Dracos, não vou tomar muito do seu tempo", ele ficou em frente à minha mesa: "A garota, mulher, que você queria que rastreássemos em nosso sistema, acabou de aparecer."

Eu me inclinei para a frente, a cautela deixando-me imediatamente. Ele tinha toda a minha atenção.

"Parece que ela alugou um apartamento que possuímos no Lower West Side", ele deslizou um papel na minha direção com um contrato de locação em nome de Willhemia Balfour.

Eu o peguei da minha mesa rápido demais: "Alguma outra coisa?"

"Por enquanto é só isso, acabou de chegar. Vou mantê-lo informado se ela aparecer em nosso sistema novamente", ele se levantou, e eu acenei para ele, dispensando-o.

Meu lobo parecia se acalmar em minha mente pela primeira vez em tempos.

(Willa)

Eu me adaptei a um ritmo em poucos dias. Era mais caótico do que eu estava acostumada nos últimos anos, mas era bom sentir que eu estava fazendo algo e isso me deixava com pouco tempo para pensar nos pensamentos negativos que ainda me cercavam. Deixava Emmett na casa da Cali todas as manhãs antes de irmos para o trabalho. Sua filha, Loreli, e ele pareciam se dar muito bem. Ajudava o fato de eles terem menos de um ano de diferença e Emmett não a via como um bebê.

O trabalho acabou sendo a coisa mais difícil de se adaptar. Eu estudava o cardápio durante os períodos tranquilos, mas ainda não conseguia memorizar todas as combinações de comida.

Depois do trabalho, eu buscava Emmett e meus pais e eu preparávamos o jantar juntos. Minha mãe parecia mais apegada a ele agora que planejavam voltar para casa, e eu quase pensei que ela imploraria para morar conosco.

Finalmente escolhi as aulas, mas elas só começariam no período de verão, então eu tinha mais algumas semanas para me estabelecer completamente. Esperava ter nosso lugar um pouco mais como um lar até lá. Ainda havia tantas coisas que eu precisava para a cozinha e para o quarto do Emmett. A lista ficava cada dia mais longa.

Era o primeiro quarto dele sozinho, e eu queria que ele tivesse um lugar onde adorasse estar. Eu viveria em um colchão em um quarto vazio por um ano, se fosse necessário, para garantir que o espaço dele fosse perfeito.

"Vamos ver uma mesa de cozinha com cadeiras e uma cama infantil", minha mãe me entregou uma xícara de café enquanto meu pai ajudava Emmett a se vestir. Sentiria falta dessa ajuda mais do que eu poderia expressar em palavras.

"Me avise o valor. Eu pago ou te reembolso", tomei um longo gole, desejando que me despertasse. Me sentia mental e fisicamente exausta após cada dia, e era mais difícil afastar o cansaço até o ritmo do trabalho começar.

"Não se preocupe com isso", minha mãe sorriu para mim.

"Mãe", coloquei a xícara em uma bancada da cozinha: "Sério. Você sabe que eu aprecio toda a sua ajuda, mas você pagou o depósito deste lugar e o aluguel do primeiro mês, além dos colchões novos e lençóis e tudo mais. Eu cuido do resto."

Meus pais não tinham tanto dinheiro guardado. Eles trabalhavam antes, mas não nos anos desde que saímos. Eu sabia que eles estavam usando suas economias.

"Ok, eu te aviso", ela assentiu, mas eu não estava convencida.

Eu me despedi deles e segurei a mão do Emmett, suas bermudas estavam subindo acima dos joelhos, e adicionei isso à minha lista mental de coisas que eu precisava fazer e comprar, roupas novas de verão.

"O que você acha que vai fazer hoje com a Loreli e a Summer?", Summer era a babá deles, ela tinha filhos adultos, e o Emmett e eu nos apaixonamos por ela imediatamente, tão maternal, e eu confiava completamente nela com as crianças.

"Acho que talvez o parque", ele gritou: "Aquele grande com todas as cercas pretas ao redor."

"Bem, isso parece ser o melhor dia de todos. m*l posso esperar para ouvir tudo sobre isso."

Ele falou quase sem parar até chegarmos ao apartamento da Cali, e ela nos deixou entrar. O lugar dela era menor que o nosso, mas em uma área um pouco melhor da cidade, com um parquinho e um parque a poucos minutos de distância.

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"Adivinha só?", ela levantou uma sobrancelha. Com ela, poderia ser qualquer coisa, desde estar noiva de alguém que nunca mencionou ou ter encontrado uma nova marca de grão-de-bico que amava.

"O quê?"

"Você está oficialmente fora do treinamento. Bem-vinda à equipe, Willa."

"É tudo o que eu sempre quis", respondi secamente.

Ela riu, descendo as escadas na minha frente.

Era bom ter uma amiga. Eu tinha a Lola, mas era diferente ter alguém pessoalmente, alguém que conhecesse essa nova versão de mim. Era libertador de certa forma.

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Eu estava nervosa, mas animada por finalmente estar sozinha e começar a receber gorjetas reais em vez das que Cali dividia comigo. Eu me sentia culpada, mas ela insistiu, e não culpada o suficiente para admitir que precisava do dinheiro. Vesti o avental rosa feio e segui para a minha seção. Hoje eu estava no balcão, pelo qual fiquei grata. Sabia que era porque eu era nova que consegui a seção mais fácil, que não exigia tanto correria.

Comecei a trabalhar imediatamente, verificando as cafeteiras e preparando novos lotes de café. O tilintar do sino da porta m*l chamava minha atenção, mas notei que o ar parecia mudar.

O burburinho ao fundo parou completamente. Tanto os clientes quanto os outros garçons que estavam ocupados limpando após o movimento do café da manhã pareciam congelados.

Um bip da máquina de café me tirou dos meus pensamentos, e voltei ao que estava fazendo, de olho no balcão caso um cliente se sentasse ali. Esperava que o cheiro de café me despertasse enquanto ficava perto das cafeteiras enchendo-as em uma velocidade agonizantemente lenta.

Meu corpo parecia acordar, finalmente, a cafeína estava fazendo efeito. Cada fibra do meu ser parecia alerta quando um aroma doce e amadeirado me atingiu, uma combinação perfeita de masculino e suave. Virei confusa por um momento, enquanto meus sentidos despertavam. Meus olhos se fixaram em um par de olhos azul-claros que quase pareciam gelados. Minha loba, Iris, dançou em minha mente dizendo algo que pensei nunca mais ouviria.

Companheiro.