Capítulo 05

1335 Words
Larissa narrando Acordei linda e plena, e fui até o presídio levar a doce notícia do divórcio ao Augusto, no fundo o que eu mais quero é irritar ele, eu preciso tirar o foco dele, tirar ele do eixo, para poder ver até onde ele é capaz de ir, quero deixar ele completamente desconcertado e atingir ele de todas as formas Eu preciso conseguir hackear ele, ou grampear seus celulares, pra ficar por dentro dos acordos sujos dele, eu preciso me armar mais contra ele, e na hora certa eu vou ter muita munição pra jogar contra ele, eu preciso ser esperta Me arrumei com um conjunto branco e cheguei no presídio já com passagem liberada, mas achei uma graça uma carcereira querendo me privar de entrar na sala do escroto do meu marido, achei isso o cúmulo do ridículo, eu não sou uma esposa qualquer, eu não sou uma v***a qualquer, eu sou além de esposa do nojento, juíza com vários sentenciados por mim aqui dentro, o mínimo que eu exijo é respeito por parte desse povo que querendo ou não, juridicamente, aqui dentro, são inferiores a mim Não gosto de usar o meu status ou o meu poder, não gosto de diminuir as pessoas, isso não combina comigo, mas a minha profissão, a minha posição, deve sim ser respeita, e cada um tem que saber até onde vai, e respeitar a hierarquia do local, e como se dirigem com cada um Falar com Augusto é sempre um inferno, não conseguimos ter dois minutos de conversa como pessoas civilizadas, a todo momento eu quero enfiar minhas unhas nos seus olhos e arrancar com a minha própria mão Eu não sabia que era possível sentir tanta raiva de alguém como eu sinto por ele, chega a ser algo estranho, mas o amor incondicional que eu sentia por ele se tornou ódio, raiva, e muita mágoa, coisa r**m acumulada, eu olho pra ele hoje e não consigo ver um mísero traço do homem que eu fui apaixonada anos atrás, eu não consigo ver nada de bom nele Esse tapa foi só mais um de tantos que ele já me deu, eu me surpreendi com o presidiário ficando entre nós, ele não precisou falar nada, apenas deu uma encarada no Augusto que foi o suficiente pra fazer ele se afastar de mim na mesma hora, bizarro, nunca vi o Augusto recolher sua insignificância dessa forma, e também esse homem não precisava se meter, ele me pegou de surpresa nessa atitude Além do mais, quando eu encostei na mesa na hora que o Augusto saiu correndo pra ver o que estava acontecendo, ele mais uma vez me encurralou, e se aproximou de mim além do limite, me deixou com o corpo agitado e sem saber o que fazer - saia de perto de mim, eu não vou repetir - falo empurrando ele- aliás, o que você faz aqui ?- eu cruzo os braços o encarando - gostei de ver que pediu o divórcio, quer dizer que vai ser mais fácil você ser minha né - ele muda de assunto e eu ando na sua direção colando o meu corpo no dele Como o Augusto sempre que sai dessa sala tranca por fora, caso ele volte eu vou escutar ? barulho da chave também - você se acha muito né, mas olha pra mim e vê se eu faço o tipo de um presidiário - eu falo com ele colando a boca no seu ouvido - muito mais que o tipo, eu quero ter você, e eu sempre consigo tudo o que eu quero - ele fala e eu me sento na mesa cruzando as pernas e encarando seus olhos Um preto bonito, forte, com olhar pesado, barba bem feita, músculos perfeitamente marcados, e uma voz grossa que me deixa excitada, e curiosa por ele - já te disse, nem tudo que você quer será possível, tal como sua liberdade - eu falo rindo apoiando minhas mãos na mesa e inclinando o corpo pra trás - você gosta de brincar com a cabeça de um homem né vossa excelência - ele se aproxima de mim com brutalidade e afasta minhas pernas uma da outra se encaixando no meio delas - mas você sabe que eu posso ser muito útil pra você, se não você não estaria aqui falando comigo - ele fala apertando o meu rosto e eu dou risada jogando o meu corpo pra frente e afastando ele de mim - exatamente, você chegou onde eu queria- eu falo e ele me olha surpreso quando eu fecho as pernas e saio de cima da mesa - se você quer sua liberdade você terá que negociar comigo, se você for útil pra mim eu posso te ajudar, caso contrário não tem governador e muito menos Augusto que livre a sua cara, entendeu bem ?- eu falo segurando o seu rosto quadrado e estranhamente gostoso - então esse é o seu jogo? - ele fala e eu concordo - mas eu já paguei muito caro a esses dois e também não posso sair perdendo - ele fala e eu dou de ombros passando por ele e parando nas suas costas - aí é um problema seu e deles- eu falo no seu ouvido e passo a mão pelos seus ombros musculosos e firmes - seu processo não sairá das minhas mãos, e eles não conseguirão nada comigo pra te ajudar, então você só tem uma escolha, espero a sua resposta- falo com ele que n**a rindo de lado - mas o que eu vou ganhar de você além da minha liberdade ?- ele me pergunta me pegando pela cintura e me apertando - a princípio apenas isso já é um grande feito, considere-se com sorte - eu falo com ele bem perto da sua boca - como você ficou tantos anos com esse fudido? Uma mulher como você ?- ele olha direto para o meu decote e eu dou risada - isso não é da sua conta, a única coisa que quero de você é seu compromisso com a proposta que te fiz, de resto, você não significa nada - eu falo me afastando dele Ouço o Augusto abrir a porta e o fumaça se afastou de mim se sentando no sofá que tinha ali e eu fiquei sentada na cadeira do Augusto - não demore a assinar os papéis do divórcio, não vejo a hora de me ver livre de você - eu falo me levantando e ele me agarra pelos braços - você acha que eu vou aliviar pra você ?- ele fala com ódio - eu não vou assinar p***a nenhuma, você é minha mulher e não tem quem tire você de mim, você sabe muito bem do que eu sou capaz, não me faz perder a cabeça ou eu acabo com você - ele fala entredentes - então acabe comigo, vai, faz o que você quer - eu falo empurrando ele - você não vai mais me manipular, você vai me pagar caro por todas as humilhações, se prepare- eu falo e ele puxa meu cabelo e sinto uma outra mão sobre mim - solta - Henrique fala grosso com Augusto - não me faça repetir, Augusto - ele exclama exigente - você vai ver, eu tenho você em minhas mãos, sempre tive, você não vai se ver livre de mim nunca nessa vida- Augusto fala e eu pego a minha bolsa e saio da sua sala sem olhar pra trás Sai do presídio e mantive a postura até chegar no meu carro, lá eu desabei, meu peito estava acelerado, muitas emoções rolando, eu não sabia o que fazer e como lidar com tantas coisas acontecendo, me veio uma vontade de chorar, e eu só liguei o carro e acelerei pela pista, eu não acredito que vou me aliar a um bandido, mas eu vou precisar dele e dessa ligação que ele tem com o Augusto pra conseguir me ver livre dessa merda toda que vivo
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