O Acordo de Laura e Nicolas

Capítulo 4

LAURA

Samanta se aproxima de mim acompanhada de outro amigo, ela nos apresenta e digo, essa mulher só tem amigos gatos, é um mais lindo que o outro e eu tenho sorte de ser amiga dela, já que sempre me dou bem.

Mas esse em especial confesso que me deixou constrangida, ele não é apenas bonito, seu olhar é firme e dominante, me senti tímida com seu olhar, um arrepio percorreu meu corpo e eu engoli seco sem conseguir dizer nada por alguns segundos.

Samantha me olhou e achou graça, com certeza notou minha falta de reação.

— Muito pr@zer Laura, me chamo Nicolas.

Ele se apresenta e estende a mão em minha direção, continuei paralisada por alguns instantes até notar Samantha atrás dele, ela acena para mim e só assim consegui voltar ao meu normal ou quase.

Olhei novamente para ele um pouco confusa, respirei fundo e estendi minha mão para o cumprimentar como se deve.

— Pr@zer Nicolas. — Falo, envergonhada.

O amigo de Samantha me olha intrigado.

— Nicolas e eu nos conhecemos a alguns anos, mas ele não gosta muito de socializar com as pessoas, piorou com meus amigos. — Ela fala, animada, após alguns instantes para quebrar o silêncio que ficou entre nós.

— Interessante, ele é totalmente seu oposto.

Sorri na tentativa de ver alguma reação dele, sem sucesso.

— Com certeza. — Ela sorri ao concordar.

— Se conhecem há muito tempo? — Ele pergunta, curioso.

Seus olhos se mantém nos meus e isso me deixa ainda mais envergonhada, olhei para Samantha e deixei ela responder por mim.

— Uns dez meses né, Laurinha.

— Sim. — Falo, tranquila.

Degusto mais um pouco do meu drink, Caio retorna e eu agradeço por isso.

O Nicolas é um gato, mas tem algo nele que me deixa estranha, ele tem um olhar que me deixa intimid@da e eu não gosto disso, seus olhos firmes em mim não me deixam concentrar e isso é loucura.

— Quer mais bebida? — Caio pergunta, gentil.

Ele me entrega outra taça cheia com drink, aceito a bebida e sento em meu lugar, Nicolas continua com seu olhar em mim, ele me olha curioso e sente de frente comigo.

— Cuidado Laura, eu acho que o Caio quer te embriagar, só não sei para qual finalidade. — Sara se aproxima e fala, divertida.

Em seguida, ela caminha na direção de Nicolas e o abraça carinhosamente.

— Saudades de você, gatão. — Ela fala, amável, e beija seu rosto.

Na sequência ela senta ao lado de Nicolas e pega em sua mão, provavelmente eles têm algum lance.

— Eu também estou com essa mesma sensação. — Sorri ao olhar para Caio.

Sara acha graça e em seguida sua atenção é inteiramente de Nicolas, o rapaz continua com seus olhos em mim e eu não consigo parar de olhar para ele, seus olhos são como ímã para os meus.

Samantha me puxa delicadamente.

— Acho que meu amigo gostou de você. — Ela sussurra, em meu ouvido.

Sorri ao olhar para Nicolas.

— Ele conseguiu me deixar nervosa. — Falo, sério.

Meus olhos voltam a olhar para ele.

— Percebi e gostei disso. — Ela sorri e eu voltei à minha posição.

— Saiba que eu não gostei nada disso.

Conversamos e brincamos durante a noite toda, estava um clima bem legal, posso até dizer que vi um breve sorriso em Nicolas, e isso fez com que ele fique ainda mais lindo.

Um sorrisinho breve, sim, mais encantador.

Não consegui desviar meus olhos dele a noite toda, e notei que ele também me olhou muitas vezes, porém de um jeito curioso, cismado.

Acredito que Samantha dessa vez errou quando pensou que ele havia gostado de mim, acredito que foi ao contrário, porém eu não ligo.

Fiquei com Caio durante toda à noite, com direito a algumas mãos bobas, mas no fim de tudo deixei ele com água na boca e gostinho de quero mais.

Já eram quase três da manhã quando Caio foi para a casa dele, nos despedimos e retornei para dentro da casa.

Estava indo para o quarto que Samantha reservou para que eu pudesse dormir, quando encontrei com Nicolas no corredor, passei por ele tranquila e fingi não o ver.

— Sabe da Samantha? — Ele pergunta assim que passo por ele.

— Está no quarto dela com o barman. — Sorrio ao dizer.

— Isso é a cara dela. — Ele fala, descontraído.

— Com certeza é. — Continuei rindo.

— Obrigado. — Ele agradece a informação.

Nicolas começa a caminhar e eu não aguento ficar com minha boca fechada.

— Você é muito estranho. — Falo, calma.

— Eu? — Ele se vira e me olha confuso.

— Sim, você. — Sorri ao dizer.

— Por que estranho?

— Quer dizer, não quiz dizer estranho, me desculpe, você é muito quietinho, quase não fala.

— Verdade, gosto mais de observar, do que de falar.

— Percebi.fala pouco.

— Você também não fala tanto assim para me chamar de quietinho.

— Normalmente falo mais do que falei hoje.

— Por que hoje não?

— Você. — Falo, rindo, ele me olha surpreso.

— Eu? — Pergunta, curioso.

— Sim, me senti intimidada por você, ficou me olhando a noite inteira. — Sorri ao dizer.

Ele me olhou firme e se aproximou.

— Te deixei intimidada? — Sua voz parece mais sexy do que o normal.

— Sim! — Afirmei.

Olhei em seus olhos para responder, um breve sorriso se fez nos lábios de Nicolas e ele se aproximou ainda mais, a ponto que consegui sentir seu hálito fresco.

— Isso é algo bom ou r**m? — Ele pergunta, curioso.

Seus olhos desviam entre meus olhos e lábios.

— Ainda não sei dizer. — Falo, sério.

A conexão dos nossos olhos continua inquebrável.

— Acredito que você precisa descobrir.

Engoli seco porque essa frase me soou de um jeito diferente, posso até dizer que senti malíci@ em seu tom de voz. Ele realmente me deixa tímida, estava ali encurralada entre ele e a parede enquanto seus olhos me dominavam.

— Você está aí, estava te procurando, pensei que tinha ido embora sem falar comigo.

Desviei meus olhos dos dele e rapidamente afastei ao ouvir a voz de Ana, ele respira fundo e continua me encarando.

— Foi bom te conhecer Nicolas, tchau Ana. — Falo, aflita.

Sigo meu caminho até o quarto, Ana parece não ter gostado de ver eu e Nicolas juntos, ela me olha aborrecida.

Antes de entrar no quarto olhei na direção deles que continuavam parados ao fim do corredor, Nicolas continuava olhando em minha direção enquanto Ana tenta a todo custo chamar sua atenção para si, abri a porta e entrei.

No mesmo instante que fechei a porta, encostei nela, meu coração estava mais acelerado do que o normal, minha boca seca e eu não sabia explicar como aquele homem conseguiu me deixar nesta situação em poucos segundos.