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Entre o Altar e o Submundo

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Blurb

Jenny tinha um desejo de descobrir sobre seu passado dentro do seu coração desde pequena, para conseguir o que almeja, decidiu se tornar freira e viajar para Itália, mas seus planos foram bagunçados ao conhecer Andréa, chefe da máfia. Aquele encontro intenso e inesperado, colocaria a vida de Jenny de pernas para o ar.

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Serei uma freira!
Você já teve algo que desejou com tanta intensidade que seria capaz de qualquer coisa para alcançar? Eu tive. E por isso, faria o impensável, até mesmo me esconder atrás de um hábito de freira, se isso me trouxesse as respostas e vingança que venho planejando por anos. Quando a oportunidade surgiu, foi como se o destino me estendesse a mão. E eu, sem pensar duas vezes, a agarrei com força. Com um panfleto amassado nas mãos, corri pelos corredores do orfanato em direção à sala da diretora, com o coração disparado, sentindo uma mistura de ansiedade e adrenalina. Nem me dei ao trabalho de bater à porta, invadi o espaço sem cerimônia, assustando a diretora e a freira que estavam em meio a uma conversa. O cheiro de mofo da pequena sala, abarrotada com livros velhos e móveis desgastados, me invadiu, mas eu ignorei o desconforto. Estava focada demais no que queria. — Eu quero participar. Quero ir para a Itália. Vou me tornar uma noviça, freira, o que for. O que preciso fazer? — as palavras saíram apressadas e decididas, enquanto eu colocava o panfleto sobre a mesa. A diretora, ainda atônita, demorou alguns segundos antes de cair na gargalhada. — Ah, Jenny, essa foi boa! Você, uma freira? Só falta dizer que vai transformar o Vaticano numa festa. Não é como se você já não tivesse quase destruído este orfanato com suas travessuras. — Ela sorriu, achando que era mais uma das minhas brincadeiras. Claro, eu sou conhecida por isso. — Agora, vá brincar com as outras crianças. Os adultos estão tratando de coisas sérias aqui. Aquela risada irritante. A diretora tinha todos os motivos para duvidar de mim, afinal, eu nunca fui a criança mais tranquila por aqui. Aliás, sou Jennifer, mas todos me chamam de Jenny. Tenho 18 anos e estou neste orfanato há dez, desde que meu pai me deixou prometendo voltar em uma semana... uma semana que nunca chegou ao fim. Sim, eu causei minha cota de problemas. Rebeliões, fugas, brincadeiras de mau gosto. Mas desta vez, ela estava errada. Eu nunca estive tão séria. — Não é piada, diretora. Quero mesmo participar desse programa. Os selecionados vão para um monastério na Itália, sem custos. Passagem, moradia, alimentação, tudo p**o. E ainda recebemos um salário por ajudar no orfanato de lá. — Continuei, a voz carregada de convicção. — Essa é minha chance, e não vou desperdiçar. Me tornarei freira na Itália. A diretora me olhou com a seriedade que sempre me reservava quando as coisas passavam do limite. — Jenny, isso é sério. Não vê que está atrapalhando? Já passou da idade dessas brincadeiras. — Diretora, eu estou falando sério. Eu vou me tornar freira. Eu vou para a Itália. Nem que seja a última coisa que eu faça. — Falei com uma firmeza que a fez me encarar como se eu tivesse começado a falar outra língua. Para ser honesta, eu não sou exatamente religiosa. Acredito em Deus, mas raramente vou à missa. Fiz meu crisma apenas para impressionar um garoto. Então, entendo a confusão da diretora. Nunca fez parte dos meus planos viver num convento, mas esta era a única oportunidade que eu tinha de encontrar as respostas que busco desde que fui abandonada. De descobrir a verdade sobre meus pais. E de finalmente concretizar a vingança que venho arquitetando. Eu estava pronta. A vida me preparou para esse momento. Mas, m*l sabia eu que, ao chegar à Itália, meus planos sairiam completamente do meu controle. E que, ao me envolver com aquela vida, eu acabaria participando de algo muito maior do que minha própria vingança. Olhei para a diretora com um sorriso confiante, mesmo que por dentro meu coração estivesse a mil. Eu não sabia se era o medo ou a excitação que me dominava, enquanto a freira ao seu lado me analisava em silêncio, com aquele olhar julgador que parecia atravessar minha pele. — Você? Isso é uma piada, certo? — A diretora soltou entre risadas, enquanto a freira mantinha a expressão neutra. — Você quase foi reprovada na eucaristia porque nem conseguia fazer o sinal da cruz direito. E a Ave Maria? Você repetia o primeiro verso duas vezes! Lembra do crisma? Você foi pega beijando o coroinha depois de trancar o padre no confessionário! Jenny, de todas as pessoas que já passaram por esse orfanato, você é a última que eu imaginaria como freira. Isso parece mais um roteiro de comédia de terror! — Sério? Pensei que nada era impossível para quem acredita. — Apontei para a frase inspiradora pintada na parede do escritório, e vi o sorriso da diretora desaparecer aos poucos quando percebeu que eu estava falando sério. — Será que você esteve nos iludindo todo esse tempo? Não foi você quem disse que eu poderia ser o que quisesse, desde que me dedicasse de verdade? Não importa de onde eu vim, mas sim onde eu quero chegar, certo? Foi isso que me ensinou por todos esses anos. A freira, que até então se mantinha em silêncio, falou com uma voz rouca e autoritária: — A garota tem razão. Se Deus tocou o coração dela para seguir esse caminho, quem somos nós para questionar Seus planos? As linhas de Deus podem parecer tortas aos nossos olhos, mas são perfeitas para Ele. — Ela pegou uma ficha de cadastro e um pequeno livro e me entregou. — Aqui estão as orientações. Responda com sinceridade e entregue à diretora. Marcaremos sua prova para a próxima semana. Vamos ver o quanto você deseja isso de verdade... ou se está brincando com algo sagrado. — Prova? — Perguntei surpresa, olhando para o livro que ela me entregava. A freira, séria, parecia impassível, como se quisesse me testar. — Sim, para ser aceita, você precisa demonstrar o mínimo de conhecimento. Claro que o programa vai te ensinar muito, mas é essencial que saiba o básico da eucaristia e do crisma. Tudo está no livro. Afinal, só aceitamos aqueles que estão realmente dispostos a se dedicar ao serviço de Cristo. — A freira disse, antes de sair pela porta sem sequer olhar para trás. — Fodeu! — Sussurrei enquanto folheava rapidamente o livro, tentando absorver o conteúdo. Havia tópicos que eu nunca tinha ouvido falar, e os passos do programa estavam descritos com tantos detalhes que me senti afogada naquelas palavras. — Você perdeu o juízo? — A diretora perguntou, assim que a freira saiu. — Jenny, que ideia maluca é essa de se tornar freira? Você não consegue nem seguir as regras do orfanato! Você m*l se aguenta acordada durante uma missa e agora quer se consagrar? Está com medo de ser expulsa porque já tem dezoito anos? Eu já te disse que vamos te contratar para cuidar das outras crianças. Não precisa exagerar tanto! — Talvez. Mas, a propósito, o que é o Credo? E por que tem tantas orações? Eu pensei que só precisasse saber o Pai Nosso e a Ave Maria. — Perguntei, ignorando a preocupação da diretora e focando na avalanche de informações que eu tinha que aprender em tão pouco tempo. — Viu só? Impossível! — A diretora gargalhou mais uma vez. — É o que vamos ver. — murmurei. Se havia uma coisa que me movia era ser subestimada. Eu adorava provar que os outros estavam errados. — Que tal uma aposta? Se eu passar, você me dá o que eu pedir. Se eu falhar, fico encarregada de lavar toda a louça do orfanato pelos próximos três meses. O que acha? — Perfeito! Eu aposto. — A diretora concordou na mesma hora, com um sorriso de quem tinha certeza de que venceria. — Combinado. Agora, se me der licença, tenho muito o que estudar. — Respondi com um sorriso travesso. Tinha um longo caminho pela frente, mas nada me impediria de chegar à Itália e descobrir a verdade sobre a minha família. Ou eu não me chamo Jennifer Moretti.

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