CAPÍTULO 06

1628 Words
RAMON Calor dos infernos, 39°graus né fácil de aguentar não. To desde a madrugada na rua perambulando daqui a li, só na atividade doído pra ocupar a mente mas até agora só tenho no pensamento o maldito calor. Isso fora a p***a da sensação térmica que faz o calor subir pelo menos uns 5°graus, o inferno tá na terra maluco. Orelhão: O patrão - bate na porta Ramon: Que é?! Abre essa p***a! Orelhão: Tem uma tia aí - diz coçando o nariz - Que bate um lero contigo Ramon: Já avisei uma pá de vez que aqui num é lugar de muié! Passa a visão que se a v***a num rala eu vou mete o pipoco sem dó! Orelhão: Ela quer abrir uma boca - diz baixo mas consigo ouvir. Tiro a atenção do celular e observo ele que olha o chão Ramon: Manda rala daqui! ##: Com licença seu Ramon? - uma mulher de uns trinta anos mete a cara na porta - É muito importante - me ouve ela parecia nervosa e mesmo não querendo resolvi da atenção Ramon: Solta teu papo! ##: Eu tenho mil reais, quero compra tudo de droga, diversas e quero pedir permissão pra abrir uma boca pra mim - enquanto ela falava analisei a mulher. Bem arrumada, fala bem. Que bosta ela ta pensando?! Ramon: So comédia?! - ela não diz nada, apenas esfrega as mãos nervosa - SO COMÉDIA?! - grito e bato forte as mãos na mesa e ela se assusta - RESPONDE! - levanto e caminho até ela que treme muito e chora - Tu pensa que não sei de onde tu veio? Teu macho num sabe que tenho X9 lá? Sabia que a p**a era fiel de um ordinário de São Paulo, Jardim Peri. Somos inimigos desde crianças, o demônio do Zoio era amigo do coroa dele e vez ou outra nos brotava lá ou eles aqui. Quando soube que eu estava no comando da favela decidiu que ia dominar aqui, tudo isso por birra de infância. ##: Ele me obrigou! Eu juro Ramon! - segurei firme em seu braço e pude notar manchas roxas na rosto e pescoço dela, mas estavam mais apagados - Eu sei que tu vai me matar, sinceramente eu prefiro morrer do que voltar pra lá - a vagabunda pensa que me engana, ja tenho a ficha completa dela e sei que não vale nada Ramon: O que o Caveira quer te mandando pra cá? - soltei ela e perguntei calmo ##: Eu entraria com uma pequena boca e aos poucos ia me infiltrando aqui, até te seduzir e assim te enfraquecer pra ele tomar a favela Ramon: Era isso? - acendo um cigarro e sento na minha cadeira ##: Me deixa viver por favor Ramon, te imploro Ramon: Tu é cria de favela, mulher de bandido, sabe bem como as coisas funcionam com X9. - ela volta a chorar e tremer, destravo a pistola que estava em cima da mesa e atiro no peito dela duas vezes, ela cai e eu levanto dando mais um no rosto da mandada. Orelhão: Que filha da p**a! Ramon: Manda entrega o presunto pro Caveira - ele me olha confuso - Quero nem sabe, dá teu jeito! Entrega pra ele e deu! - ele assente e sai dali arrastando a mulher pelos pés Tamarin: Qual é aí? Ouvi tiro Ramon: Uma ordinária - ele ergue as sobrancelhas Tamarin: Bora bola um? - concordo e ele senta no sofá, coloco um rap pra tocar e mando buscar umas geladas - p***a! Esse é do bom - diz prendendo a respiração e me passa o beck Ramon: Lógico! Vendo jiló não rapá, aqui é só escama de peixe - ele concorda e sorri já na lomba Não sei quanto tempo havia se passado, mas acho que tava doidão demais porque no meu escritório tinha muito ovo junto. Devia ter uns seis vapor mais eu e o Tamarin junto. Nunca dei tanta i********e assim e já tava me sentindo incomodado com aquilo. E ainda tinha o sangue da v***a que estava espalhado pelo chão, aquilo ja tava fedendo Ramon: Ta oh, vão, ralando geral! Tito: É, eu vou mesmo. Amanhã a Gabi vai embora e tenho que aproveitar hoje, quero pegar a dos cachinhos - sorri e os outros sorrir também, fudidos Ramon: Rala! - digo puto, sei lá o que essa mina tem mas mexeu comigo. Nunca nenhuma conseguiu isso mas ela sim Tito: To indo - ergue as mãos - Vou da um trato na morena Ramon: Vai em... ###: É bem p*u no cu! - o vapor diz totalmente chapado. Sei que aquilo não foi pra mim mas não deu pra controlar. Peguei a pistola de cima da mesa e atirei nele Ramon: VAZA! GERAL VAZA! - todos saíram e deitei minha cabeça na mesa, fiquei batendo com o cano da pistola na cabeça tentando assim fazer com que não pensasse em mais nada. Lembranças.. Ele tava ali na minha frente com aquele sorriso m*****o no rosto. Ele me chamava com o dedo e eu negando com a cabeça. Então ele cansa e pega algo qualquer de cima da mesa e atira em minha direção, quero desviar mas estou travado pelo medo, é assim toda vez, sei que tenho que fugir, me defender mas não consigo reagir. Já sou um moleque de deseseis anos, tenho que fazer algo pra que isso acabe. Zoio: É pelo teu pai p***a! - ele diz brabo e caminha devagar em minha direção - Tu num é homi?! Tem que aguentar! Bora fudido, bora lá pra cima! - ele chega bem perto e o cheiro do álcool misturado com o suor embrulha meu estômago Ramon: Não vou! - cerro os punhos com força e quando percebo acabo falando. Essas são minhas primeiras palavras diante dessas situações, as outras nem falar eu conseguia Zoio: Fiquei só dois anos fora, o que aconteceu contigo filhão? - sorri debochado e cutuca o dente. Nojo! Ele havia sido preso, estava dois anos longe desse demônio mas pra minha infelicidade ele resolveu fugir e voltou pra me atormentar. Ele me pega pelo braço apertando firme e puxo de volta, ele cerra os olhos em mim e aperta ainda mais. Empurro ele que acaba me soltando e se afasta um pouco. Zoio: Então agora tu tá machão? Te ensinei bem! - diz orgulhoso e vem pra cima mais uma vez. Tiro do bolso da bermuda uma chave de f***a e cravo na barriga dele que grita e dá um pulo - p*u no cu! Olho o que tu fez d***o?! Vou te matar na porrada garoto! Ele vem pra cima mas consigui enfiar mais duas vezes, então ele para com as mãos sobre a barriga e é onde eu aproveito pra dar uma gravata nele fazendo ele desmaiar. Assim que solto ele no chão Tamarin entre na casa, ele sempre soube do ódio que tinha do Zoio e também sabia que eu era maltratado, meu amigo só nunca soube o que de fato acontecia naquela casa. Tamarin me ajudou a puxar ele pros fundos da casa onde havia um galpão, eu estava preparado pra volta dele. Muitas noites passei em claro aqui imaginando o que faria com ele. Colocamos ele deitado no chão, disse pra por de bruços e o Tamarin não entendeu mas também não questionou. Depois dele amarrado disse pro meu mano ir embora ele foi. Sentei em um canto e fiquei esperando ele acordar, não demorou nada e assim que percebeu estar amarrado começou a se debater. Caminhei até ele e chutei seu rosto fazendo pingar sangue do nariz, sem dúvidas quebrou. Peguei uma tesoura e cortei as roupas dele deixando aquele imundo totalmente nu. Ele tentava gritar mas por causa da amarra em sua boca não conseguia. Girei no cômodo decidindo o que faria primeiro e meus olhos pararam em um cabo de vassoura, peguei e enfiei rápido no cu dele que se debateu e rosnou. Ramon: Tem que ser forte, tu não é homem?! - ele me olhou com o canto dos olhos e retirei o cabo da vassoura Entre as peças em cima da mesa havia um p*u de uma cadeira de madeira antiga, tinha uns 60cm e era bem grosso. Mais uma vez enfiei sem dó e ele desmaiou. Atirei água e assim que ele acordou retirei o p*u fazendo ele urrar de dor. Deixei ele caído gemendo e voltei pra mesa, peguei uma gilete e comecei a fazer cortes em suas costas, eram cortes muito profundos só parava quando podia ver o osos. Ele desmaiou umas duas vezes mas fiz acordar. Depois de uns vinte cortes e podendo ver as costelas do demônio que tanto me fez sofrer parei e fiquei olhando pra ele atirado ali no chão cheio de sangue. Caminhei de volta pra mesa pegando o ácido e comecei a jogar em suas costas por cima dos cortes. Ele desmaiou e dessa vez pensei que tivesse morrido mas depois de muita água ele acordou. Abri a porta do galpão e chamei os cachorros pra comer ele, sai de lá e ainda podia ouvir alguns gemidos saindo dele. Na casa Tamarin me esperava sentado no sofá, não dissemos nada apenas sentei ao seu lado e liguei a tv colocando em um filme qualquer. Foi minha primeira tortura, minha primeira morte assim. Antes só havia matado com tiro, mas acabei gostando legal do que fiz com o desgraçado do Zoio. Algum tempo depois entramos no barraco, havia só pedaços lá. Juntamos tudo e levamos até o mato onde cavamos e enterramos o desgraçado. Má mano, parece que ele sempre vai voltar ta ligado? Parece que isso tudo ainda não acabou não. Mó doído.
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