✔ 8. O nome dela

837 Words
✔ 8. O nome dela: Em uma semana Martín completaria vinte e nove anos, estava tranquilo, tinha encontrado a mulher perfeita para ser a primeira dama da Fratelli. A única coisa que o senhor Camilo conseguiu foi o deixar irritado com suas falas inconvenientes. Não gostava de ser pressionado de forma alguma. Já tinha a sua escolhida mesmo que ela não soubesse. Apenas estava esperando seu aniversário passar para uma aproximação. Não queria de modo algum a obrigar a se casar com ele, seu desejo era conquistar seu amor. Martín percebia a ansiedade da sua avó, conhecia o seu medo. O medo da senhora eram as consequências caso Martín não se cassasse até os trinta anos, e o conselho da Fratelli se voltasse contra ele, o que seria um grande problema. Poderiam atentar contra a vida dele. Na máfia já bastava Fabrizio, que se recusou a casar quando completou trinta anos, e ainda sacou uma arma durante uma reunião na casa de um dos membros do conselho. Ameaçou matar aquele que ousasse falar de casamento com ele. Sua vida, suas regras. Luzia começava a pensar que ela precisaria ajudar o neto como fez com Enrico. Chegou a pensar que Chiara poderia ser uma boa esposa para Martín, mas sua delicadeza e ingenuidade não condizia com o meio em que eles viviam. A escolhida de Martín teve problemas com a mãe. Martín designou dois homens para a seguir dia e noite e lhe informar sobre tudo o que ela fazia. Os dois homens mudaram-se para a mesma rua em que ela morava, bem próximo à casa dela. Após o telefonema de um dos seus homens, saiu do estacionamento do cassino cantando pneu. Enquanto dirigia conversava consigo mesmo. _ Minha Verena, que família complicada você têm. Dirigia em uma velocidade considerável. _ Irei tirar você das garras deles, e te darei a vida de princesa que você merece. Em pouco tempo ele estava chegando ao bairro simples em que ela morava. A família Costa era complicada. Moravam em um bairro no subúrbio, numa casa simples de dois quartos, somente um banheiro. Verena dividia quarto com a sua irmã Vittória e a sua avó Adelina. Além das três moravam na pequena casa Anna, mãe de Verena, e seu padrasto Giovanni. Anna nunca contou à filha quem era o seu pai, nunca se quer nem falou o nome dele a ela. Porém Martín em poucas semanas possuía conhecimento sobre o pai de Verena, e os motivos para que a sua mãe não revelasse a sua identidade. Martín ainda não tinha ido até o local, somente conhecia pelas fotos que eram enviadas diariamente por seus homens. Não encontrou dificuldades em chegar à rua em que a família morava, foi guiado pelo GPS. Foi recebido por um dos seus homens, que explicou toda a situação a ele. Para não levantar suspeitas, e não chamar atenção dos moradores da rua, os escolhidos por Martín, para a missão de produzir relatórios diários com informações de como foi o dia da futura primeira dama da Fratelli, os homens se mudaram para a rua com as suas respectivas famílias. As esposas logo fizeram amizades com as mulheres que moravam na rua. Pode-se dizer que elas tiveram um papel fundamental na obtenção das informações. Conseguiram informações preciosas. Martín olhou com atenção cada detalhe da rua, que era formada por casas simples. Ficou impressionado ao perceber que muitas não tinham se quer uma pequena varanda na frente, para separar a casa da calçada. Muito diferente da realidade em que estava acostumado morando em um condomínio com casas luxuosas, com jardins imensos. De longe observou a casa que era o lar da família Costa. Optou por conversar com seu informante dentro do carro. Optou por ir até o bairro, para conversar pessoalmente com seu informante. Foi informado que Verena teve uma briga feia com a mãe. Anna queria o dinheiro das economias da filha, trabalhava como faxineira, não ganhava muito. Entretanto seu salário seria suficiente para pagar as contas da casa, ter uma vida tranquila se Geovanni, também ajudasse com as despesas da casa. Vitória, essa só queria ostentar, trabalho não era com ela. A aposentadoria de Adelina, também era usada para ajudar nas despesas da casa, porém boa parte ela usava para comprar seus remédios. O sonho de Verena era conseguir se sustentar sozinha, sair de casa, e levar sua avó para morar com ela. Verena também não tinha uma boa relação com o padrasto, eles sempre discutiam. Constantemente era assediada por Giovanni, chegou a contar para a sua mãe, porém foi em vão. A mulher que deveria a proteger, ignorou a própria filha e ficou a favor do @busador. Disse que ela estava inventando história para a separar do marido. Anna não conseguiu colocar as mãos nas economias de Verena, mas conseguiu que ela fosse trabalhar em um bar, como garçonete. Giovanni era conhecido do dono. Começaria no outro dia. Martín anotou o número de Anna, precisava a alertar de algumas coisas que com certeza tinha esquecido.
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