Dia com ele.

1043 Words
Depois do nosso café da manhã empolgado Pedro e eu resolvemos ver filmes, eu até comentei em ir embora mas ele pediu para eu ficar e passar o dia com ele. passamos a manhã no sofá, entre beijos e assistir os filmes escolhidos. Será que sempre vai ser assim? Esse fogo todo que só de estar perto nossos corpos se aquecem. - Almoço? – ele perguntou assim que o filme acabou, que na verdade não estamos nem vendo já que estamos aos beijos desde a primeira hora do filme – Posso cozinhar ou pedir alguma coisa. – ele beija meu pescoço. - Hum, Pedir, assim podemos ficar aqui juntinhos. – me aconchego mais no seu colo. - Perfeito. – ele diz passando as pontas dos dedos pelo meu braço – Eu amo seu corpo, amo como ele reage ao meu toque. – ele se afasta pega o celular. Depois de resolver o que pedir ele liga para o restaurante aqui próximo que entrega. A comida chegou em meia hora. Arrumamos na mesinha de centro mesmo. Assim continuamos a ver filmes, essa é uma coisa em comum que Pedro e eu temos, ambos gostamos muito de filmes e séries. Depois do almoço deu aquela preguiça gostosa, eu acabei adormecendo. No meio do filme. Acordo olhando em volta, o filme na televisão já não é o mesmo, do lado de fora já está escuro, estou sozinha na sala. - Pedro? – chamo por ele, mas sem resposta. Me levanto, procurando por ele. – Pedro? – Vou até o quarto e nada dele. Será que ele saiu? – Pedro!? – chamei mais uma vez mais alto dessa vez, voltando para sala para pegar o celular e ligar para ele. Escuto um barulho vindo do corredor, Pedro sai de uma porta no corredor, logo em seguida tranca ela e coloca a chave no bolso. - Acordou bela adormecida. – ele sorriu assim que me viu. Mas percebi que ele está um pouco tenso. - O que estava fazendo? Te chamei algumas vezes. – questiono. - Fazendo uns investimentos ali no escritório, não queria te acordar – ele da de ombros. – Vamos terminar o filme? – muda de assunto. - Você não terminou? – olho novamente para a porta trancada, isso martela um pouco na minha cabeça, o por que dele trancar a porta já que estamos só nos dois aqui. Mas eu acho que seria indelicado perguntar. - Não, parei e coloquei outro coisa, uma série que estou assistindo. Até você acordar para a gente continuar. - Hum. - Vamos? - Sim. – respondi olhando para a porta novamente. O resto da tarde passou voando, tomamos sorvete, a noite pedimos uma pizza. E quando dei por mim já passava das oito horas da noite. - Preciso ir embora. – digo olhando o relógio. - A não, fica, dorme comigo de novo? – ele aperta em seus braços. - Não posso, preciso ir. Meus pais não estão acostumados comigo assim tanto tempo fora de casa, a não ser quando eu estou viajando. Meu pai deve estar louco que não me vê desde ontem. - Poderíamos ficar aqui para sempre. – ele inala o meu cabelo. – Só nos dois. - Amor eu tenho família e gosto da companhia deles. – digo sorrindo. – Seria impossível me isolar do mundo com você. - Eu sei. É tão engraçado como você é tudo para mim mas eu não sou tudo para você. – ela da um sorriso de canto de boca. - Você é muito importante para mim amor, mas existe outra pessoa importantes na minha vida também. - Eu sei. Mas é diferente para nós dois digamos que você está se tornando a pessoa mais importante da minha vida. - Pedro não vou me desculpar por ter uma família. – respondi um pouco ríspida. - Não, Não foi uma crítica a você, só que depois que eu passei a observar a sua família vocês na verdade, penso que minha vida poderia ser diferente. Minha mãe escolheu não me cria. E eu achei que estava bom assim, mas observando sua família de perto, vocês são tão companheiros, tão protetores uns dos outros. É bacana. Quero me tornar alguém importante para você. Assim como todos eles. - Amor – coloco a minha mão no seu rosto, seu olhar é vago, um pouco triste talvez. – Seus pais devem ter tido os motivos deles – tento amenizar as coisas, não consigo entender o por que uma mão não cria seu próprio filho, mas com certeza ela o ama. - É. Mas quem sabe a minha mãe poderia ter escolhido diferente. – seu olhar fica vago. Sinto um aperto no peito. Quando eu conheci o Pedro ele era mais fechado, mas agora conhecendo ele um pouco melhor, vejo que ser criado em um internato não foi assim tão bom para ele. Ele sente falta de afeto, de uma família, as poucas vezes que ele fala da família fala com um pouco mais de afeto do pai, mas a mãe é sempre com receio, eu a conheci e me pareceu uma boa pessoa, distante do filho. Talvez não estivesse preparada para se tornar mãe, já que é vem nova. - Quer conversar a respeito? – pergunto com calma. Ele respira fundo. - Não. - Pedro... - Vamos, eu te levo em casa. – ele estava se afastando. - Amor – pego seu braço – Sabe que pode confiar em mim não sabe? Eu te amo, e estou aqui para você, quero que confie em mim de verdade, sei que tem alguma coisa, mas para dar certo vamos ter que jogar limpo sempre um com o outro. - Eu sei. Obrigado amor, mas eu estou bem. Desculpa por isso, vamos eu te levo em casa. – ele da um beijo na minha testa. Acredito que ele nunca se abriu tanto com alguém como agora, e isso assusta ele, o fato de ter alguém com quem pode conversar é novidade. Quando ele parou o carro na frente da minha casa já ia dar dez da noite. Espero que o meu pai não me veja entrar, sei que já sou uma adulta, mas ao mesmo tempo me sinto como uma adolescente fugitiva, fazendo algo de errado.
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