Pai Garcia com medo?

1052 Words
A casa está silenciosa, estranho minha mãe disse que eles estavam em casa, bom devem ter saído. Prestes a subir as escadas. - Onde estava? – levo um susto. Olho para o lado na sala de televisão meu pai está sentado em um das poltronas com um copo de whisky na mão. Parece chateado com alguma coisa. - Oi pai, que susto. Pensei que não estavam em casa. – vou até ele dou um beijo no seu rosto – Eu sai com o Pedro. – respondi com naturalidade. - Quando? – seu tom de voz é acusador. - Quando o que pai? – tento manter a calma. - Quando saiu de casa? Não te vi essa manhã. Ontem não vi você voltar. – ele indaga. - Pai... - Você passou a noite fora? Dormiu com um cara que acabou de conhecer!? – ele altera a voz. - Pai eu não sou mais uma criança se lembra? – reviro meus olhos. - Há não é mais uma criança? Desde quando você é assim Hember, beija homens casados, dorme fora de casa com alguém que acabou de conhecer. – ele diz com raiva. – Cadê as suas convicções? - Pai você não tem o direito de falar assim comigo! – reclamo. - O que está acontecendo aqui? – minha mãe desse as escadas, olhando para a situação intrigada. - Você sabia que a sua filha dormiu fora de casa? Sabia que ela está transando com o namorado que acabou de conhecer? – minha mãe fecha os olhos respirando fundo. Termina de descer as escadas. - Ale. – ela vai na direção do meu pai. – Hember é uma adulta agora, pode fazer suas próprias escolhas. - Há! Então você sabia disso? Sabia que ela – ele faz uns gestos com a mão. – Podendo até ficar grávida. – seus careta era de nojo. - Sabia assim, aliás tomamos as devidas providências para isso não acontecer. – minha mãe responde com rispidez. - Tomamos? Você foi conivente com isso? - Alex você está fazendo uma tempestade atoa. – minha mãe tenta argumentar. - Verdade, por que se eu me lembro bem da história eu tenho quase 3 anos a mais do que a mamãe quando vocês transaram. E eu sei que você não esperou o casamento, que aliás era forçado. - Hember! – minha mãe chama minha atenção. - São duas coisas diferentes. Eu ia me casar com a sua mãe. - Por que você obrigou ela a isso. E quem disse que eu não vou me casar com o Pedro? - Chega vocês dois! Não estou gostando do rumo desta conversa. – acabamos por ignorar a minha mãe. - Casar? Você acabou de conhecer ele, não sabemos quem ele é. – meu pai diz com raiva agora. - Eu te conheço bem o suficiente para saber que você investigou a vida dele pai. E não encontrou nada demais por que tivesse já teria me dito. Aliás me afastado dele. Não é mesmo? - Descobrir que ele foi criado em um internato, que tem um pai com o dobro da idade da mãe dele, que por sinal é uma perua que ao vive viajando pelo mundo não é conhecer alguém Hember. Não pode se casar com ele. - Você também não conhecia a mamãe pai. - Mas conhecia a família dela. – ele rebate. - O vovô? Que te roubou. Qual era a sua garantia de que a mamãe não era como ele? - Eu amava a sua mãe, me apaixonei por ela no segundo em que a vi. Essa foi a minha garantia. - Então. Eu amo o Pedro pai. - Amor? Você não sabe o que é amor ainda. – ele diz como se eu realmente ainda fosse uma criança. - Pai você não quer aceitar que eu cresci. - Ale – minha mãe se coloca na frente dele. – Ela tem razão, eu era bem mais jovem que ela quando ficamos juntos, e eu te amei. Então o meu amor era de mentira? - É diferente. – sua voz sai mais calma agora. - Não é Ale, temos que aceitar que a nossa menininha cresceu é uma mulher agora, ela não é mais aquele bebê indefeso que vivia doente e que a gente tinha medo de perder, mas ela continua sendo a nossa princesa independente de qualquer coisa ela sempre será. Só que agora é adulta e deve ter suas experiências, casar, ter filhos, ter sua casa, sua família, é o ciclo natural das coisas. - E se ele magoar ela? – vejo tristeza nos olhos do meu pai. Talvez ele só tenha medo mesmo de eu me machucar. - Ela não vai ser a primeira nem mesmo a última. Mas eu espero que não aconteça, por que quero ver a nossa filha feliz. – minha mãe está conseguindo acalmar ele. - Pai. – me aproximo dele – Sei que está preocupado comigo. Mas eu cresci como a mamãe disse, se ele me magoar eu vou sofrer pedir seu colo e espero que esteja lá para mim. Mas se não, eu vou ser muito feliz e construir um amor tão lindo quanto o de vocês. – ele solta o ar dos pulmões. - Avisa para ele, que se ele te magoar eu mato ele entendeu. – seu olhar é bem sério. - Pai – digo dando um sorriso. - E, não sei se que gosto de você dormindo fora de casa antes de um casamento. – seu maxilar fica rígido. - Ale, estamos em pleno século 21. - É. Mas eu sou um homem do século passado. – ele com autoridade. - Hum, quando me obrigou a morar com você não era não é? – minha mãe brinca. - Anjo – ele olha para minha mãe com uma cara de quem estava pedindo ajuda. - Ok – minha mãe começa a ri – Hemb ouviu seu pai. Nada de dormi fora de casa. – ela faz carinho no rosto do meu pai. - Tudo bem. – reviro meus olhos. – Vou dormir agora, boa noite aos dois. - Pequena? – olho para ele – Só toma cuidado. Eu te amo. - Pode deixar pai. Eu também te amo, amo vocês dois. – dou um beijo neles e vou para o meu quarto.
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