Mais de uma hora para conseguir acalmar toda a confusão Que esses três armaram. Duas irmãs da Cristina vieram buscar ela, a pedido do Natan. Por que ela se recusou a sair daqui com o João, e devido a confusão ela começou a passar m*l e não tinha condições de ir sozinha. Fiquei com dó dela, não deve ser nada fácil passar por isso, ainda mais grávida, descobrir que o amor da sua vida na verdade é um canalha, com toda certeza deve ser doloroso. Sinto um frio na espinha assim que ela passou por mim. Queria poder dizer alguma palavra de apoio, mas devido aquele beijo me sinto tão suja, melhor me manter longe.
Natan ficou um bom tempo gritando com Carla e João dentro do escritório dele, de fora ouve os gritos e os pedidos de desculpa. Logo em seguida Carla passa chorando, inconsolável, ao que entendi Natan a demitiu. Fica um silêncio lá agora, e alguns minutos depois João sai da sala do Natan.
- Hember podemos falar um momento? – Natan pergunta de pé na porta do seu escritório.
- Sim – me levanto e vou para sua sala. João olha para trás percebendo que Natan não está mais de pé na porta.
- Precisamos conversar. – ele diz baixinho.
- Nem tenta.
- Hember por favor.
- Se tentar se aproximar de mim eu armo outro escândalo dizendo que está me assediando! – digo com firmeza - Você não me deve nada, nunca tivemos nada. E eu não tenho nada haver com isso. Fui clara. – deixo ele sozinho e entra na sala do Natan. – Sim?
- Fecha a porta. – ele me diz.
- Pode falar – digo assim que tranco a porta.
- Quero me desculpar. Eu recebi o bilhete sobre o possível caso do João no escritório a algumas semanas também – fico perplexa com a informação.
- Por isso me questionou sobre? – fico curiosa.
- Sim, achei que era você. Depois de te confrontar, pensei que o bilhete pudesse ser falso. Então deixei para lá. Mas hoje no início da confusão eu te acusei mesmo que indiretamente. A primeira pessoa que eu pensei foi você, e talvez por alguns segundos não te prejudiquei. – vi seus olhares na minha direção.
- É eu percebi. – digo por fim. Não sabia exatamente o que dizer.
- Desculpe por isso. Acredito que eles enganaram todos nós. – Natan estava realmente frustrado. Talvez tanto quando a Cristina, já que ele e Pedro são amigos.
- É. Enganaram mesmo. – tenta não ser irônica.
- Enfim, espero que possa me desculpar. – ele gesticula com as mãos.
- Tudo bem. Não se preocupe com isso. Acho que todos pesaram o mesmo, por sermos próximos, mas enganar a Cristina nunca foi uma opção para mim.
- Bom saber disso. – trocamos mais algumas palavras depois sai da sua sala. Pego minhas coisas na mesa.
Pedro já havia mandado mensagem que estava chegando. Respondi dizendo que vou até o estacionamento colocar uns papéis no carro e encontro ele na saída do estacionamento, assim poupa o trabalho dele ter que entrar.
Colocou meu computador e uma pasta com documentos no carro, fico só com minha bolsa e o celular. Estava saindo para encontrar Pedro quando João apareceu na minha frente.
- Precisa me escutar. – me assusto dando um pequeno salto.
- Dr0ga João! – respiro acelerado - Você preciso fazer com que a sua mulher e a sua amante te escutem não eu. – digo áspera.
- Eu amo você Hember, meu casamento já estava fracassado, e a Carla, ela foi apenas um passatempo. – dou uma gargalhada.
- Não foi o que você disse lá em cima. – cuspi as palavras com raiva - Eu escutei bem você dizendo que ama a sua esposa. E cá para nós, vá atrás dela. Peça perdão. Eu espero que ela te chute, então você tenta a Carla que já está acostumada a Isso. E eu? Por favor pela última vez me esquece!
- Eu estou apaixonado por você. – ele parece derrotado.
- E eu pelo Pedro. Estou feliz com ele. Nós estamos namorando e eu jamais largaria ele por você. Por que de você, só o que eu sinto é nojo.
- Você está sendo injusta. – seu semblante é triste.
- Justiça? Foi muito justo o que você fez com essas duas mulheres. E ainda quis me arrastar para isso. Faz um favor vai resolver a sua vida e me deixa em paz João, eu confesso que sim, eu te admirei, e até achei que estava apaixonada, mas não eu não sinto nada por você, e mesmo se sentisse. Não quero fazer parte disso – faço um círculo com mão. Seu rosto parece em choque.
- Eu só queria me desculpar por tudo isso, já entendi que você está feliz com esse cara aí. Só queria que entendesse que eu realmente te amo, com você seria diferente.
- Sempre é. – caminho em direção a saída, logo vejo o Pedro encostando no seu carro.
- Oi. – ele abre um sorriso.
- Oi – ele me puxa para um beijo.
- Tudo bem? – ele me olha com as sobrancelhas franzidas.
- Sim. Vamos. – ele abre a porta, entro no carro ele fecha a porta e da a volta.
No caminho para o seu apartamento, meu celular começa a tocar descontroladamente, com mensagens da minha mãe em seguida uma ligação do meu pai.
- Oi. – atendi no segundo toque.
- O que aconteceu!? – ele pareceu está nervoso.
- Está tudo bem pai...
- As fofocas rolam Hember, sabemos da confusão No escritório. o que aconteceu?
- Pai está tudo bem. Não foi comigo. – digo envergonhada, acho que todos acharam que eu cairia na lábia do João.
- Como assim?
- Era uma colega de trabalho nossa. Ela descobriu e fez o escândalo. Eu não tenho nada haver com isso.
- Então ele tinha outra no trabalho?
- É. – meu pai fica me silêncio, respirando fundo.
- Como você está pequena? – sinto a ternura na sua voz.
- Estou bem pai. De verdade. Estou bem.
- Onde está? – é engraçado como seu timbre mudou completamente.
- Vou Jantar com um “amigo” depois vou para casa. – Pedro me olha quando eu digo amigo.
- Tudo bem. Eu te amo pequena.
- Também te amo pai. – desligo. Em seguida mando uma mensagem para minha mãe, para acalmar ela também sobre a situação. Dizendo que estava bem.
- Amigo? – ele questiona.
- Desculpa, não contei para eles ainda. Muitas coisas acontecendo. – ele faz uma pausa.
- O que aconteceu no escritório. – fico constrangida, mas preciso contar toda a verdade para ele. Explico detalhadamente tudo que aconteceu para o Pedro inclusive o encontro com João no estacionamento. Vejo ficar tenso, seus dedos apertam o volante de uma forma que os nos dos seus dedos ficam vermelhos.
- Bem foi isso...
- Você está bem? – ele pergunta depois de respirar fundo.
- Sim. Por incrível que pareça. Saber que ele não é o homem que eu pensava que fosse foi bom. Não foi só culpa minha sabe. Digo a paixão que eu achei que sentia, ele é um sedutor barato que vive de enganar as mulheres. Tudo foi uma grande ilusão.
- Que bom. – chegamos ao apartamento dele.