Sinto Pedro se mexendo ao meu lado. Em seguida ele da um beijo no meu pescoço.
- Oi – ele respira fundo.
- Oi, desculpa acabei pegando no sono – me espreguiço rodando os nossos corpos.
- Seu cheiro é tão bom. – ele me aperta em seus braços - Tudo bem eu também tirei um cochilo. Alguém fez eu dirigir por duas horas as 3 da manhã.
- Eu acho que valeu a pena. – fico envergonhada, mas digo assim mesmo.
- Para tocar seu corpo? Claro que sim amor, poderia dirigir por duas semanas sem problema algum. – sua mão acariciando a lateral do meu corpo me deixa arrepiada. – Eu poderia ficar aqui para sempre mas acredito que precisamos levantar.
- Hum... Verdade.
Pedro pega a pequena mala que ele trouxe como os pertences pessoais e uma muda de roupa no carro, ele toma um banho e se troca. Lavo meu rosto para despertar, juntos caminhamos até a Casa Grande.
O meu coração batia tão acelerado, eu sei que eu não sou mais nenhuma criança, estou prestes a fazer 25 anos mas é a primeira vez que eu apresento alguém a minha família isso me deixa um pouco nervosa. Pedro por outro lado demostra tranquilidade ele estava bem calmo.
- Eu preciso te dizer que vão te encher de perguntar. – eu paro no meio do caminho.
- Tudo bem – ele sorri.
- É sério, eu nunca trouxe ninguém. Fora isso. Eu meio que sou super protegida por causa da minha condição.
- Sua condição? – ele me olha com as sobrancelhas juntas, me dou conta de que nunca conversamos sobre isso.
- É, acabei esquecendo de mencionar É eu nasci com uns problemas respiratórios devido ao parto prematuro da minha mãe, por causa disso passei uma infância bem doentinha o que gerou uma superproteção de todos da família, mas principalmente dos meus pais e dos meus irmãos. Eles meio que cuidam muito de mim tem toda uma superproteção exagerada comigo – fico com vergonha.
- Está me dizendo então que você é o neném da casa, “mimadinha”. – ele tenta esconder o sorriso apertando os lábios.
- Não! eu não sou um bebê muito menos mimada, eles só tem um cuidado maior comigo que fui uma criança muito doente, na adolescência foi mais tranquila foram poucas as vezes em que eu fiquei doente. Depois de adulta eu cortei isso mas ainda assim eles vão te fazer muitas perguntas constrangedoras também.
- Tudo bem meu amor, eu não vou te envergonhar, eu estou preparado para todas elas. – ele me da um sorriso conforto.
- O meu medo não é você me envergonhar, é eles me envergonham com tanta pressão em você. – faço uma cara de choro por que ele da um beijo na minha testa.
- Fica tranquila vai dar tudo certo vou fazer com que eles gostem de mim.
- Isso não vai ser muito difícil você é incrível – a sensação de paz que sinto em seus braços realmente me passa isso.
- Não tanto quanto você – ele me puxa para um beijo.
Continuamos caminhando em direção à casa, da entrada mesmo conseguimos escutar as vozes vindo da parte de trás da casa, onde minha mãe colocou uma mesa com vários lugares, já tinha bastante gente acordada pelo que deu para perceber, cada passo meu coração batia acelerado espero que dê tudo certo.
Meus pais, tios e meus padrinhos já estavam acordados Renata, Gabriel e Lavínia também já estavam acordados
- Bom dia – digo parando na porta.
- Bom dia querida onde estava que todo mundo estava te procurando? – minha mãe pergunta.
- Eu estava no chalé acomodando o Pedro - de repente minha mãe se vira na minha direção e percebe que eu estou acompanhada ela ficou encarando o Pedro de uma forma estranha com as sobrancelhas franzidas.
- Eu não te vi ontem à noite – minha madrinha diz com as sobrancelhas franzidas.
- Cheguei esta manhã – ele diz com naturalidade.
- Chegou essa manhã?
- Não escutei barulho de carro chegando. – meu tio Juliano fala.
- Eu também não escutei nada. – meu padrinho cruza os braços.
- Exatamente! Você dormiu aqui rapaz? – meu pai nos encara.
- Pai? – minha cara queima de vergonha.
- Gente que isso. – minha mãe fala.
- Eu também estou achando que você dormiu aqui. – Gabo estava de cara fechada.
- E se tivesse qual o problema? – Minha tia Nik diz.
- Como assim qual o problema. – meu pai fala.
- Vamos parar todos vocês. – minha mãe reclama.
- Eu também acho, deixem a menina. – tia Dora também reclama.
- Pai, padrinho e tio. Ele não dormiu aqui. Mas se tivesse eu não sou mais uma criança.
- Verdade, vocês parem com essa hipocrisia! – tia Dora fala.
- Eu vi o carro chegando de manhã. – Renata fala. – Pensei que era alguém saindo. Olhei pela janela e vi o carro dele.
- Viu Ale, agora pare com isso. – minha mãe revira os olhos.
- Gente esse Pedro meu namorado.
- Namorado?
- É pai, namorado Pedro essa é parte da minha família, meus pais Alexander e Isabelle Garcia. – ele aperta a mãos dos meus pais. - Meus padrinhos Paty e Cae. E esses são os tios Dora, Julian, Nick, Caio.
- Seja bem vindo – meu tio Caio aperta a mão dele.
- E essa é minha prima Lavínia, meu irmão Gabriel, e minha cunhada Renata. Ela é a noiva do Benjamim, o outro gêmeo.
- Nossa quanto nome pra decorar - Ele disse. pessoal começa a ri.
- Logo se acostuma. – tia Dora diz.
- É um prazer finalmente te conhecer Pedro – Renata fala.
- Olha já fique ciente que se magoar a minha irmãzinha eu acabo com sua raça – Gabo diz olhando ele bem sério.
- Gabriel - Renato repreende e dá um tapinha no seu braço.
- Vai se acostumando Pedro aqui nessa família todo mundo assim brincalhão que adora fazer piada mas vai por mim por experiência própria de quem chegou e foi muito bem acolhida são todos maravilhosos – Renata diz
- Obrigado é um pouco que pitoresco mesmo, já que eu venho de uma família minúscula.
- Senta Pedro. – minha madrinha diz. Sentamos um do lado do outro.
- Eu tenho a impressão de que te conheço. – minha mãe comenta.
- Você daqui mesmo? – tia Nik pergunta.
- Não meus pais são brasileiros mas eu não nasci aqui no Brasil, venho mais a passeio, acabei conhecendo a Hember e resolvi ficar por aqui. – elas enchem ele de perguntas. Os homens finalmente relaxam um pouco. Apenas meu tio Caio não o estava encarando como se ele fosse um ET.
A conversa começa a fluir e todos a relaxarem um pouco. minha mãe algumas vezes encara o Pedro, com as sobrancelhas franzidas. mas no geral está tudo indo bem. Pedro se desenrolou bem no meio desse interrogatório todo.