Eu Apaixonada?

1024 Words
Em um minuto chego no gramado, seu carro para na minha frente quase no mesmo instante. Ele faz menção de descer do carro, provavelmente para abrir a porta, mas eu logo abri e entro, não quero que ninguém me veja com ele ainda. Não é que eu quero esconder ele, eu simplesmente não quero apresentar ele para a minha família ainda, nunca apresentei ninguém não posso chegar do nada com alguém sem ter certeza de que é algo solido. - Bom dia! Apressada, eu ia abrir a porta. – o seu sorriso é radiante. - Bom dia! Não precisa ser tão cavalheiro, eu sei abrir uma porta Pedro. – Ele revira os olhos e sai com o carro. – E por falar nisso, não precisava ter vindo me buscar. - E perder a oportunidade de ver você? – ele piscada com sorriso. – Te deixei sem carro ontem, nada mais justo do que bancar o motorista hoje de novo. Talvez eu tenha feito isso até de caso pensado só para ver você hoje de manhã. – Olho para ele desconfiada, será? - Você?... - É brincadeira. – Ele se adianta em desmentir – Só achei justo mesmo, já que esta sem carro, não me custa. - Não precisava se preocupar. – Digo com naturalidade. - Como eu disse queria ver você, o nosso beijo não sai da minha cabeça. – Ele me olha rapidamente. - Pedro você me deixa sem jeito sabia. - Eu sei, e eu adoro isso em você. A forma que fica corada quando eu digo essas coisas. Como pode a cada dia eu estar mais encantado com você? – uma sobra de dúvida passou pelo seu rosto. - É uma coisa que venho me perguntando – digo – Acabamos de nos conhecer e parece que você já faz parte da minha vida a tantos anos. - Eu sinto o mesmo – ele pega na minha mão fazendo um leve carinho, os seus olhos me olhando com intensidade. – Sei que parece clichê, mas. Sinto que encontrei a minha alma gêmea. – o meu coração fica acelerado. Pedro não diz mais nada, eu também fico em silêncio pelo resto do caminho. Eu achei que era burrice achar que estava me apaixonando pelo Pedro, mas confesso que o que eu não me dei conta é que já estou apaixonada por ele. Sou uma mulher adulta, sei que isso não é normal ou não deveria ser, mas sim, aconteceu enquanto ainda conversávamos por mensagem, e agora sei disso. Mas não posso falar isso para ele ainda. Chegamos na faculdade. A viagem até que foi rápida, mais do que o habitual. - Bem, está entregue. – Ele para no estacionamento desce do carro da a volta e abre a porta para mim. - Eu disse que sei abrir portas. - E, eu gosto de ser cavalheiro com você. Acostume-se – ele dá um beijo no meu rosto. – Posso vir te buscar no final da aula, e aí almoçamos juntos, depois te deixo no estágio? - Hum, não vai dar, eu já tenho compromisso para o almoço hoje. - Que pena. – Ele faz um bico. – Mas o nosso jantar está de pé? - Sim, o nosso jantar está de pe. Agora eu tenho que ir, estou bem em cima da minha primeira aula. - Por mais que a minha vontade seja ficar aqui, eu também tenho um compromisso agora cedo. – Pedro me pega de surpresa quando me puxa para um beijo. Não foi nada intenso como o da noite passada. Mas ainda assim me deixou um pouco embriagada, a sua língua invadindo a minha boca é uma das melhores sensações do mundo. – Tchau... – ele sela a despedida com mais dois beijos castos. - Tchau. – Mordo os lábios para esconder o sorrido bobo no rosto. Vou em direção à entrada da faculdade, antes de entrar no prédio dou uma olhada para trás ele continua lá parado me olhando, faz um pequeno aceno de cabeça e um sorriso. Devolvo o sorriso. - Quem é o gato lá fora? – Ana pergunta assim que me sento na sua frente na sala de aula. - Oi Ana, é só um amigo. - Amigo? Com aquele beijo. Conta outra. – Eu tento esconder o riso – sua mentirosa. - É bem recente, estamos nos conhecendo ainda. – Penso nas nossas conversas em como somos compatíveis em tantas coisas. - Ei! – ena estala os dedos na minha frente. – Você esta apaixonada. - O quê? – fingi inocência, estava distraída penando nele. - O seu sorriso está diferente, nunca te vi assim antes, Hemb estudamos juntas há anos, desde o colegial e eu nunca te vi assim, você está apaixonada. - Ana... - Não adianta negar amiga. – Ela me corta. Ana e eu somos amigas há muitos anos é verdade, nos conhecemos no colégio, sétimo ano, num debate na escola pegamos amizade por ambas querer fazer direito. Ela me conhece, bem o suficiente. Para saber quando eu estou mentindo. - Eu não ia mentir. É só que nos conhecemos recentemente, alguns dias! Não sou mais uma menininha de 16 anos que pode se apaixonar de uma hora para outra Ana. - Sério? Hember as vezes eu me pergunto como você é tão inteligente. Exceto para os assuntos do coração. Você sempre se sabota amiga. - Isso é mentira, eu só nunca achei o homem. – Respondi sem paciência. - Mas esse é diferente e você sabe disso. – Ela fala com firmeza. – Há e só para contar, de acordo com um estudo feito em 2021 na Universidade Syracuse, nos Estados Unidos, se apaixonar pode levar um quinto de segundo. Os pesquisadores utilizaram imagens do cérebro de voluntários para estudar os efeitos do amor e concluíram que se apaixonar é mais científico do que muitos imaginam, então amiga, é totalmente provável que você esteja apaixonada sim. - Bom dia a todos... – o professor entra em sala de aula. Eu fico a pensar nas palavras da Ana, será que ela está certa, não é tão loucura assim estar apaixonada por ele?
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