Fico parada na varanda do quarto ansiosa para a chegada dele, minhas pernas começam a doer um pouquinho passei a noite de salto, tomei uma banho coloquei um pijama levinho, pego outra bebida e volto para a varanda, me deito na espreguiçadeira para esperar ele, olhando para o tempo contemplando as estrelas que estavam lindas essa noite, imaginando como vai ser quando ele chegar, meu corpo sozinho dando arrepios só de pensar nas suas mãos, a dias venho pensando sobre deixar rolar, eu amo o Pedro e sei que ele também está apaixonado por mim, qual é o problema de nós permitir?
Uma brisa gostosinha começou a surgir, passando pelo meu rosto, acabou soltando um bocejo. A brisa continua embalando meu sono, eu não quero dormir, quero esperar o Pedro chegar. Mas minhas vistas estão tão pesadas, eu fico tão cansada de repente, muito sono, pisco algumas vezes para clarear as vistas até que em determinado momento meus olhos se fecham de vez.
- Hember corda! – alguém me sacode. – Hember!
- Hum... O que foi?
- Hember, acorda seu telefone não para de tocar eu quero dormir - Letícia sacode meus ombros mais uma vez.
- Droga! – dou um salto da espreguiçadeira.
Eu peguei no sono olho a hora estava passava um pouquinho das 5 da manhã, nossa eu acabei apagando mesmo aqui na varanda, neste momento o meu telefone toca de novo e ao Pedro
- Oi.
- Tudo bem? Estou te ligando há mais de meia hora.
- Desculpa eu acabei apagando, o que aconteceu? - respondi ainda sonolenta.
- Eu estou aqui na portaria.
- O que?
- Esqueceu que me ligou? Estava tão bêbada assim? – dá para perceber que ele estava rindo. De repente as coisas vão se clareando na minha mente eu lembro que eu realmente liguei para ele, falando várias coisas, e pedi para ele vir, fiquei lembrando das coisas que eu disse ao telefone, dr0ga a bebida ela te humilha não é mesmo. Não acredito que disse aquelas coisas para ele.
- Espera um minuto que eu vou aí abrir pra você - Vou até o banheiro escovar os dentes, lavo o rosto o clima na fazenda essa hora da manhã é frio não me troco, estou com um pijama shortinho e blusa, mas pego um casaco e vou em direção ao portão.
Da casa grande até o portão é mais ou menos uns 400 vou caminhando até uma distância segura em que o controle funcione mais ou menos na metade do caminho ele funciona então eu aciono Pedro entra aperto novamente para fechar. Fico parada ali mesmo esperando ele chegar perto de mim com o carro fica com preguiça de andar. eu bêbada não fiz essa contagem muito bem. da cidade até aqui e mais ou menos duas horas de viajem. coitado eu tirei ele da cama as 3 da manhã para dirigir por horas.
Ele para o carro bem na minha frente e desce encarando com um sorriso no rosto, ele morde os lábios tentando disfarçar
- Então quer dizer que alguém bebeu demais ontem me ligou bêbada. -
- Desculpa eu geralmente não bebo assim – estou morta de vergonha.
- Eu sei mas dessa vez você estava animada em - ele me puxa para um beijo. Seus lábios tocam os meus com delicadeza.
- Um pouquinho. Vem está feio aqui. Vou acomodar você. Todos estão dormindo ainda, devem acordar lá pelas 9 pensei em te acomodar em um dos chalés. Mais tarde te apresento a todos.
- Por mim tudo bem. – ele da de ombros.
Entramos no carro, fomos em direção aos chalés, esses chalés minha mãe construiu para a gente usar e para hóspedes também, mas como gostamos de dormir todos aglomerado dificilmente usamos a não ser quando tem alguém acompanhado , tipo Benjamin Renata, Nico que sempre vem com namoradas, coisas assim do tipo, fora isso gostamos de dormir nos quartos antigos dentro da Casa Grande mesmo conversando a noite toda. mas na prática todos tem os seus chalés.
- Te tirei da cama às 3 da manhã né. - falo com vergonha.
- Não me importei, estava louco para ver você mesmo. Nossa esse lugar é incrível. – ele diz olhando em volta.
- É sim! acredito eu que é o bem mais preciso que a nossa família tem, é um valor inestimável. O triste é saber que os criadores do lugar não estão mais aqui.
- Como assim?
- Era dos meus tios, que deixaram para o meu pai a minha tia, e aí meu pai comprou a parte da minha tia e deu de presente para a minha mãe, mas agora é meio que de toda a família, virou meio que de uso coletivo de todos. Aqui é meio de nosso refúgio sabe, dificilmente uma festa da nossa família não é aqui ou quando estamos tristes, magoados, chateados com alguma coisa é sempre aqui que a gente se esconde – os pensamentos me fazem sorrir.
- É perfeito mesmo lugar trás paz – sua voz é tranquila.
- Sim trás – os chalés ficam a cerca de uma 50 metros uns dos outros. Ele estaciona o carro ao lado de um que tecnicamente é o meu. - Bom vou te deixar aqui, você descansa um pouco, eu só não vou me desculpar por ter tirado você de casa mais uma vez, porque eu estou feliz em te ver.
- Também estou muito feliz em ver você. – Pedro me beija. Desta vez com mais intensidade. – Você não vai ficar comigo? – ele pergunta.
- Não sei, acho que...
- Por favorzinho meu amor eu “tô” com tanta saudade - ele imita a minha voz ao telefone de madrugada, me arrancando uma risada.
- Não é justo eu estava bêbada - fico rindo.
- Eu adorei saber que você estava com saudade de mim mesmo bêbada agora vem cá que pelo que você me disse ainda temos umas 3 horas antes de todos na casa cor acordarem.
- Pedro, o que eu disse no telefone.
- Relaxa amor, não vim aqui esperando t*****r com você. Mas nada impede de deixar minhas mãos passearem pelo seu corpo, matar a saudade que ele está sentindo. – ele diz sugestivamente. – Fica? Prometo me comportar.
- Tudo bem...