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Serena - Filha do Trovão

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Blurb

Serena, filha do índio do Morro, é descendente indígena e carrega consigo todas as tradições que aprendeu com sua avó Yara, a índia. Ao completar 18 anos, Serena assumiu o comando do Morro do Rodo. Ao lado de seu primo e de seu irmão, ela faz um excelente trabalho, sendo amada pela sua comunidade e idolatrada por aqueles que servem sob seu comando.Serena é guiada pelo deus da Força, o que a torna impiedosa e sanguinária. Dedicada ao tráfico e à proteção do seu morro contra tudo e todos, Serena não contava que o deus do Amor colocaria seu predestinado em seu caminho de maneira tão inusitada.Serena vai ficar dividida entre a Força e o Amor.

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Prólogo
Autora! Olá, meus amores! Este é o segundo livro da Duologia - A Força e o Amor. O 1° é Morro - A Força e o Amor que conta a história do Índio. Quero ressaltar que, para ler o segundo, não é necessário ter lido o primeiro — ele é totalmente independente. Beijos no coração e vamos embarcar juntos em mais uma aventura no Morro! PRÓLOGO - SERENA NARRANDO Hoje é o dia. O dia que eu esperei por tanto tempo, o dia em que eu finalmente vou assumir o comando do Morro do Rodo. A adrenalina corre nas minhas veias, e o coração bate forte, quase que ritmado com o batidão do funk que rola solto lá fora. O céu está tingido de laranja e roxo, como se o próprio universo soubesse que algo grande está prestes a acontecer. Eu me olho no espelho do meu quarto pela última vez antes de sair, ajeitando cada detalhe, como se meu visual fosse um escudo de guerra. Porque, de certa forma, é. Hoje também é meu aniversário, dezoito anos de vida. Dezoito anos crescendo nesse morro, aprendendo a caminhar pelas vielas, entendendo as regras do jogo sujo que a gente joga todos os dias. E agora, depois de tanto tempo à sombra do meu pai, chegou a minha vez de brilhar. Ele vai se aposentar, deixar para trás essa vida de crime que ele construiu com tanto sangue e suor, e vai me passar o bastão. — Agora é contigo, Serena — ele disse, me olhando com aqueles olhos que já viram demais. — Você está pronta. A responsabilidade pesa, claro. Não é fácil assumir o controle de uma comunidade inteira, ainda mais sendo uma mulher, ainda mais sendo jovem. Mas eu estou pronta. Eu me preparei para esse momento desde que me entendo por gente. Cresci ouvindo as histórias das disputas, das traições, dos acertos. Cresci ouvindo meu pai discutir estratégia com seus homens, resolvendo problemas que iam de brigas internas a confrontos com a polícia. Aprendi a olhar nos olhos de quem mente, a calcular os riscos, a entender que nesse jogo, qualquer erro pode ser fatal. Mas eu não vou errar. No caminho até o baile, minha mente está a mil. Cada viela que a gente cruza, cada rosto que eu vejo, é uma lembrança, uma lição que eu guardei com carinho. Meu pai, sempre ao meu lado, me mostrando o que fazer, como agir, como pensar. Ele me ensinou tudo, e hoje, eu vou mostrar que aprendi. Eu vou honrar o nome da nossa família, vou manter o controle que ele lutou tanto para conseguir. E vou fazer isso do meu jeito. Quando a gente chegou no baile, a energia do lugar é quase palpável. O som das caixas bate no peito, e as luzes piscam freneticamente, iluminando os rostos suados, as mãos que levantam no ar, os corpos que se movem no ritmo do funk. Eu sinto o poder que esse lugar tem, a maneira como ele une todo mundo, como se todos fossem parte de algo maior. Hoje, essa energia é minha. Eu caminho pelo baile como quem já pertence ao lugar, cabeça erguida, sorriso no rosto. As pessoas me olham, algumas com respeito, outras com curiosidade, e eu sei que hoje, todas as atenções estão voltadas para mim. Meu pai para ao meu lado, seu olhar firme, mas com um brilho de orgulho. Ele sabe que eu estou pronta, e hoje, ele vai me entregar o que ele construiu. Ele sobe no camarote, pega o microfone, e o som diminui, como se o morro todo segurasse a respiração. Ele começa a falar, a voz forte, carregada de emoção. Ele me chamou para ficar do seu lado. Quando chego ao lado dele, ele segura minha mão, e eu sinto o peso do que está acontecendo. Esse é o momento em que eu deixo de ser apenas a filha do chefe, para me tornar a chefe. — Hoje, é com muito orgulho que eu passo o comando para a minha filha Serena — ele diz, e eu vejo os olhares se voltando para mim, alguns com surpresa, outros com aceitação, mas todos atentos. — Ela vai ser a nova voz desse morro, e eu sei que ela vai fazer um trabalho tão bom quanto o meu, se não melhor. Aplausos e gritos ecoam pelo baile, e eu sinto o poder me tomar. Não é só o poder de controlar uma comunidade, de tomar decisões. É o poder de ser vista, de ser ouvida, de ser reconhecida como quem eu sou: — A partir de hoje, eu vou cuidar de vocês. Vou continuar o trabalho que meu pai começou, mas também vou trazer minhas ideias, minha visão. Juntos, vamos fazer esse morro crescer e prosperar ainda mais. Os gritos aumentam, e Hoje é o começo de uma nova era no Morro do o morro do rodo, e eu estou pronta para liderar. Hoje é o meu aniversário, mas é o morro que está ganhando um presente: a melhor versão de mim mesma. O baile foi simplesmente maravilhoso. Cada detalhe, cada música, tudo parecia feito sob medida para aquela noite. Quando saímos do bailão, eu ainda estava nas nuvens, mas estranhei, estávamos indo embora cedo demais. Mas a surpresa verdadeira nos aguardava em casa. Assim que chegamos, fomos recebidos por uma festa surpresa preparada pela minha vó Yara, especialmente pra mim. Ela é a sabedoria em pessoa, sempre com uma palavra certa, um gesto de carinho. Eu sempre pensei que, se pudesse escolher, seria igual a ela, com toda a serenidade e conhecimento que ela carrega. Mas sei que o destino me reserva algo diferente. O deus da força já decidiu: vou ser como meu pai, o índio do morro. E eu aceito isso com orgulho. Ser a filha dele é uma honra, e, no fundo, sei que essa força também veio da minha avó, a minha Origem irei levar comigo, nesse meu legado. Sou Serena, Me considero uma pequena indiazinha, governando uma selva de pedra.

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