Capítulo 4 - 1

1208 Words
Valerie "Onde estão minhas chaves?!" Gritei para meu gato calico, Copper. Ele me encarou com a cabeça inclinada, me julgando. Algo que ele sempre fazia muito bem. Corri pela casa procurando minhas chaves perdidas, apenas para encontrá-las em minha mão. Em minha defesa, eu também estava segurando meu telefone, meu casaco e uma garrafa de água na mesma mão. Voando para meu carro, tropecei com as chaves, tentando ansiosamente chegar onde eu precisava ir. Liguei meu GPS para garantir e comecei minha viagem até a Anderson Trading Co., onde eu tinha uma entrevista agendada para esta manhã. É claro, eu estava tão ansiosa com a entrevista que m*l dormi a noite passada e esqueci completamente de ajustar o despertador. Agora eu só chegaria lá a tempo com muita sorte. Para mim, já era tarde. Normalmente, gosto de chegar pelo menos vinte minutos antes de coisas assim. Mesmo que signifique apenas sentar no meu carro e esperar. Para mim, essa não era apenas uma entrevista comum. Era tudo. Eu queria esse emprego mais do que qualquer outra coisa no momento. Encaixava-se com meus horários escolares, pagava bem e era em uma empresa na qual eu acreditava que poderia crescer. Eu estava estudando para me tornar uma analista de dados e via isso como uma oportunidade perfeita para entrar no mercado. Estava no meu último ano e quase pronta para alçar voo, por assim dizer. Cheguei a uma parada quase abrupta, desliguei o motor e saí do meu carro, tendo cuidado para não amassar meu currículo que tinha impresso na noite passada. Coloquei meu casaco vermelho, finalmente, e então ajustei minha saia lápis preta e blusa cor de blush, que peguei emprestado da minha vizinha ao lado, Jessica. Nós morávamos em uma casa geminada. Ela estava à esquerda e eu à direita. Jessica tinha uma pele chocolate rica, olhos azuis cristalinos e seu cabelo sempre estava arrumado de forma impecável, ao contrário do meu que às vezes parecia um ninho de pássaros devido à umidade. Ela era um pouco menos curvilínea do que eu, então suas roupas ficavam um pouco apertadas em mim, mas era o melhor que eu tinha no momento. Troquei meus tênis por saltos e caminhei rapidamente até o prédio. Eu odiava dirigir usando saltos. Abri a enorme porta de vidro, entrei e logo fui recebida por uma recepcionista. "Olá, posso ajudá-la?" ela perguntou. Ela tinha uma pele perfeita e cabelos loiros lindos, além de ser alta e esbelta. Ela era tão bonita que parecia quase irreal. Senti uma pontada de inveja enquanto a observava avaliando-a. "Um, sim, estou aqui para ver a Trish? Tenho uma entrevista com ela hoje." Sorri e ajeitei uma mecha solta do meu cabelo atrás da orelha. "Vou avisá-la de que você finalmente chegou. Você pode ir até o terceiro andar através desses elevadores." A recepcionista disse um pouco melosa demais, apontando para os elevadores à minha esquerda. "Obrigada." Eu disse, deixando de lado seu comentário. Estava tudo bem. Eu queria esse emprego e estava disposta a aturar gente m*l-educada como ela por isso. Afinal, eu já tinha lidado com pessoas assim antes. Subi no elevador, me dando um incentivo no caminho. Queria que a entrevista transcorresse com facilidade, sem esforço. Queria que eles quisessem me contratar de todo coração. "Valerie?" Outra mulher loira perguntou logo fora do elevador. Eu já estava me sentindo como uma estranha com meu cabelo preto entre as loiras. "Oi, sim, sou eu." Sorri. "Você deve ser a Trish?" Perguntei enquanto apertava sua mão. "Sim, por favor, siga-me imediatamente." Ela disse, me levando por uma série de corredores. Sentia como se estivesse em um labirinto. Notei muitos olhares estranhos dos funcionários. Será que eu tinha alguma coisa no rosto? Não coloquei meu sutiã por cima da camisa, coloquei? Fiz uma rápida verificação e não senti nem vi nada fora do comum, embora os olhares continuassem. Seja lá o que for. "Sente-se." Trish disse enquanto se movia atrás de sua própria mesa e se sentava. "Obrigada. Aqui está meu currículo." Eu disse, entregando a ela o papel caro preenchido com meu histórico de trabalho, escolar e informações pessoais. "Oh, obrigada." Ela disse, m*l olhando para ele antes de jogá-lo para um lado de sua mesa. "Vou te contar sobre a vaga. Você será a assistente pessoal do Sr. Anderson. Ele é um homem muito exigente. Precisa de alguém para buscar seu almoço, organizar sua correspondência, fazer tarefas, entre outras coisas. Você trabalha quando ele trabalha. Ele normalmente está aqui nas quartas, quintas e sextas, manhã até a noite, mas isso pode mudar facilmente. Espera-se que você seja flexível em sua agenda. Você acha que consegue lidar com essas tarefas?" Ela perguntou, com uma expressão expectante no rosto. "Sim, absolutamente", eu disse. Embora eu soubesse que minha grade horária da faculdade mudaria a cada semestre, por alguns meses esses três dias estavam bons. Eu só havia pegado duas disciplinas nesse semestre, precisando de mais dinheiro para financiar minha educação. Depois dessas duas aulas, eu só teria mais duas e então estaria oficialmente formada. Espero que o Sr. Anderson não mude seu horário com muita frequência. "Este será o seu salário inicial. Se você durar mais de trinta dias, será reavaliado." Ela disse, deslizando um pedaço de papel dobrado sobre a mesa para mim. Eu nem precisei olhar para saber que estava tudo bem, eu precisava do dinheiro e eu desesperadamente queria esse emprego. Fiquei eufórica quando descobri que começava em quinze dólares por hora. Eu quase não me senti digna disso, tendo pouca experiência de trabalho, falando em geral. "Perfeito, obrigado." Sorri. "Você tem alguma pergunta para mim?" Ela perguntou. "Não, na verdade não." Dei de ombros. Imaginando que ela responderia a maioria das minhas perguntas durante o resto da entrevista. "Então, você pode começar hoje?" Ela disse sem expressão. "Um, sim... Isso significa que consegui o emprego?" Perguntei, me sentindo confusa. Ela nem olhou para o meu currículo ou me fez outras perguntas. Acho que fui grata por isso, odiava tentar responder perguntas de entrevista. "Sim. Vou te mostrar o seu local de trabalho e trazer os documentos de contratação mais tarde hoje." Ela disse, virando a cabeça na direção do corredor. Ela andava rápido, blitzando pela "turnê" do prédio. Se é que se pode chamar assim. Ela me mostrou onde era a minha mesa, depois a cozinha, o depósito e o escritório do Sr. Anderson. O resto era um mistério para mim. Se não afetasse o meu trabalho, por que me mostrar? eu acho. Lutei para acompanhar de salto alto. Trish estava indo tão rápido, quase como se não importasse para ela se eu lembrasse para onde estava indo ou não. "O Sr. Anderson estará aqui em breve. Tem uma cozinha que tem algumas coisas básicas, certifique-se de que ele tenha algo para comer. Ele toma café preto. Se precisar de alguma coisa, venha falar comigo, não com o Sr. Anderson, entendeu? Ele não precisa ser incomodado por problemas fúteis." "Entendido." Eu balancei a cabeça. "Ok, tente não estragar. O Sr. Anderson já demitiu as últimas três assistentes dele. Seria uma pena se fosse a quarta." Ela disse antes de se virar para sair, me deixando completamente nervosa. "Ok... obrigado pela oportunidade!" Gritei enquanto ela praticamente corria.
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