Capítulo Quarto ( Arthur Karelly)

3060 Words
Gostaria que você soubesse que Eu nunca te esquecerei enquanto eu viver, e eu Gostaria que você estivesse bem aqui, agora, está tudo bem Eu gostaria que você estivesse ( Taylor Swift: I wish you would), Arthur Karelly Olho para a conta dela mais uma vez, suas fotos foram atualizadas há duas semanas, ela está extremamente linda, como se os anos a tivessem deixado mais linda que nunca. Suas curvas estão mais acentuadas que nunca, mais desenvolvidas, mais apetitosas que nunca. Seus s***s pequenos que sempre amei, estão maiores, eles cabem perfeitamente em minhas mãos, eu tenho certeza. Eu sei que parece uma coisa que um doente faria, mas desde vim para a Grécia, eu criei uma conta falsa, para espionar ela, se eu tentasse segui-la com a minha conta oficial, ela com certeza me bloquearia. Momentos drásticas, requerem medidas drásticas. — É essa a garota que você ama? — Me assusto com a presença sorrateira de Hiroshi. Ele parece um verdadeiro fantasma, ele consegue passar despercebido em qualquer lugar, tão sorrateiro igual a uma cobra. — c*m Hiroshi! Não sabe bater antes de entrar? — berro fechando o notebook com força, ele está com um sorriso nos lábios como se já soubesse a resposta de sua pergunta. Odeio a falta de privacidade existente na minha família. — Eu bati, mas você parecia hipnotizado, nem sequer me ouviu — ela retruca relaxado ainda sorrindo e me arranca o notebook — Tem razão estar assim, ela é realmente linda, não me surpreende que estejas tão obcecado por ela — Hiroshi completa e sinto vontade de socar a cara dele, por estar a apreciar a minha rainha. — Cala a boca i****a, ela não é para você, entendeu? Ela é minha — arranco o notebook de suas mãos e ele sorri ainda mais. Desde que amanheceu estou tentada conversar com a minha mãe, preciso me despedir dela, ela certamente vai me dar uma bronca por estar a voltar para Maputo sem antes passar do Brasil, mas manda quem pode e obedece quem te juízo, neste caso o Ares manda seus filhos obedecem. — Uhm! Calma aí nervosinho, ela não faz o meu tipo, ela muito magra eu gosto é das gordinhas — ele murmura com seu sorriso cafajeste nos lábios. Meus irmãos são uns verdadeiros cafajestes, não me surpreende, eles herdaram do nosso pai, o único que escapou mesmo foi Nikos que mesmo não estando casado com a mulher que ama, ele respeita sua esposa. — Sai do meu quarto, quero falar com a minha mãe — expulso e ele saí de perto de mim com as mãos levantadas para cima em sinal de rendição. Atualmente, minha mãe não está no Brasil, ela está na França, participando de um seminário sobre o conhecimento endógeno. A minha mãe, professa a fé Umbanda, ela defende seus orixás com unhas e dentes para qualquer um. O preconceito com a religião da minha mãe, foi a mesma que fez com que, eu não crescesse do lado dela, meu pai para além de ser um cachorro, ele foi uma pessoa cheia de preconceitos no passado. « Minha vida, como você está? » Minha mãe atende com um sorriso lindo, seu sorriso é tão lindo que muda o meu humor em instantes, ela tem a capacidade de melhor o meu dia em segundos. — Mainha, eu estou com tantas saudades suas, eu estou bem — a cumprimento do jeito que ela gosta, ela adora que eu esteja conectado com as minhas raízes Baianas. « Meu tesouro, eu estou bem, mas você não está, eu posso sentir, o que aconteceu? » o sexto sentido dela de mãe fica activo, provavelmente, um dos orixás dela informou. Ela sempre sabe quando não estou bem. — Não estou bem Mainha, você tem razão, mas eu vou ficar — comento com um sorriso nos lábios para tentar tranquilizar ela, não quero preocupar ela com as minhas loucuras. « O que está acontecendo tesouro, conta para a Mainha, talvez eu possa ajudar » minha mãe insiste, é impossível esconder as coisas dela, ela sempre sabe de tudo, sempre sabe de todas as coisas que me fazem m*l. — Eu tenho que viajar para Maputo e não sei se é a melhor decisão no momento— informo e minha mãe faz uma cara tão inquisitória, como se já soubesse de Tudo. « Vá meu filho, você precisa ir querido, precisa resolver as coisas pendentes que lá tem » minha mãe ordena certa das coisas, como se já soubesse das coisas, como se soubesse o que eu fiz antes de fugir para Grécia. — É sério mãe, acha que é a decisão certa? — Indago não tão certo da minha decisão. « Eu nunca falho meu amor, seus orixás estão em conflito, você não vive em paz desde que chegou a Grécia, sua vida está presa lá onde seu coração está » minha mãe informa com convicção. Como eu falei anteriormente, os Orixás da minha mãe, sempre sabem das coisas, sempre sabem o que se passa comigo, não só os orixás, como o sexto sentido materno dela. — Está certo mãe, obrigada, eu vou seguir seu conselho — murmuro com um sorriso nos lábios pronto e preparado, para enfrentar Neusa e todos. « Antes de viajar para Maputo, venha até mim, preciso ver você » tento explicar que o meu pai me deu somente vinte e quatro horas, mas parece que minha mãe sabe de tudo. « E antes de qualquer coisa, não te preocupes com aquele velho, com ele eu me resolvo depois » completa como se lesse os meus pensamentos. Depois da chamada com a minha mãe, compro uma passagem para a França, preciso da minha mãe e dos conselhos sábios dela. Ela sempre sabe de tudo, sempre sabe o que falar, sempre tem resposta para as coisas, sempre está certa, se ela fala que eu tenho que voltar a corrigir as coisas com Neusa, é porque ela está certa e tem razão. — Arthur vai mesmo embora? Vai me deixar aqui? Pensei que tivéssemos algo — Melissa faz um escândalo do lado de fora do meu quarto, eu estou arrumando as minhas roupas para a viagem e não quero ser perturbado por ela nem por ninguém. — Melissa, de uma vez por todas, mete nessa sua cabeça, que nós dois não temos nada, o que temos é um relacionamento de f**a, só isso, eu fui claro com você desde o início — tento explicar da melhor forma possível, para não parecer um cuzão com ela. — Não temos nada? Você conhece a minha família, eu conheço a sua família, como isso pode ser nada? Como Arthur? — berra ainda mais. O i****a do Hiroshi está num canto da sala escutando tudo e se divertindo com o show. — Melissa querida, escuta, eu fui claro desde o princípio com você, o que tínhamos era temporário e acabaria um dia, eu nunca te prometi nada, além de s**o — explico novamente com calma dessas vez. Eu sei que estou agindo que nem um cafajeste, mas desde o princípio, eu fui claro com ela, eu sempre fui claro que o nosso relacionamento não passaria de s**o e alguns passeios, eu sempre falei que o nosso relacionamento tinha um prazo de validade. — Mas Arthur, nesses dois anos, você não sentiu nada por mim? Nem um pouco sequer? — os olhos de Melissa enchem de água, ela vai começar com o drama de sempre. A verdade é que, ela nunca foi fiel a mim, nem mesmo eu, o nosso relacionamento era casual e sempre compromisso, ela não está apaixonada por mim, está apaixonada pela ideia de me ter só para se mostrar para as amigas dela, que conseguiu o Karelly mais novo. Ela já foi para a cama com todos os meus irmãos. — Claro Melissa, eu sinto amizade por você, nós somos amigos esqueceu? — tento ser mais amável com ela, mas parece que só piorei a situação, ela grita e quer mais do que eu posso dar. Devido a discussão com Melissa, quase perdi o meu vôo para França, mas graças ao meu irmão Hiroshi que dirige igual um louco, consegui chegar a tempo no aeroporto e não perdi o meu vôo. Na França, com a minha mãe, fiquei uma semana, meu pai ligou fez seus escândalos, mas minha tratou de colocá-lo na linha, ele não falou absolutamente nada, e permitiu que eu ficasse com ela. Estou em Moçambique finalmente, depois de quatro anos evitando ao máximo voltar, seguindo as instruções do meu pai, eu vim até Bilene na nossa casa de praia, devido a hora que cheguei, todos estão dormindo. Com a ajuda das minhas chaves, vou até o meu antigo quarto, antes de entrar eu escuto gemidos vindo dele. — Arthur, Aaaaaah! , sim, Arthur — nesses quarto anos fora, eu pensei que ao vê-la, conseguiria me manter neutro a sua presença, mas ninguém me preparou a situação que estou vendo. Neusa está na minha cama, vestindo uma camiseta antiga minha, sauas pernas estão abertas e ela está se tocando pensando e chamando por mim. — Aaaaaah Arthur, Arthur por favor — ela continua chamando por mim. Meu p*u acorda dentro das minhas calças. Eu quero fazer algo por ela, mas está tão bom assistir isso, que continuo estático no mesmo lugar. — Aaah! Sim, ah Arthur — ela suspira antes de cair na cama, totalmente satisfeita, de seu interior sai seu mel. Agradeço aos céus, por meu pai ser louco o suficiente, a ponto de fazer paredes a prova de som, ou se não, as nossas famílias ouviriam o pequeno show dela. — Uhm! Oi Ney — como um bobo, falo a única coisa que vem a mente. Os olhos de Neusa se arregalam assim que ela me vê parado que um bobo e com uma p**a ereção enorme. Capítulo Cinco Não é justo Você realmente sabe como me fazer chorar ( Billie Eilish: Oceans eyes) Neusa Cumbe Faz uma semana que nós chegamos a casa da praia dos Karelly, faz sete dias que voltei a este inferno. Faz sete dias que eu durmo no quarto dele, sentindo o cheiro dele e imaginando ele comigo. — Então, como vão as coisas na faculdade minha querida — o velho Ares Karelly interroga. O que foi? Ele está querendo saber se sou um bom partido para a sua família? Ele quer me comprar para pôr juízo no filho dele igual os velhos dos filmes e novelas? — Eh! Muito bem senhor Karelly, estou no segundo ano de Química marinha — retruco com todo o meu orgulho. Quero que ele escute, para que mais tarde ele dê uma bronca no filho por ele ter perdido uma namorada tão incrível igual a mim. — Fico feliz minha querida, continue assim — ele amplia ainda mais o sorriso, ele ganham um aspecto macabro e esquisito. Esse velho desgraçado está mesmo vendo a possibilidade de me ter na família dele, está mesmo pensando que eu vou entrar para a família dele? Que louco. — Obrigada tio Ares — uso o tio só para provocar ele. O velho Karelly está com crise de meia idade, ele odeia a ideia de ser chamado de velho ou coisa parecida, qualquer coisa que o recorde que ele está um pouquinho mais velho, ele automaticamente detesta. Ele pinta o cabelo de preto, para tentar esconder suas mechas grisalhas, veste roupas que não são da idade dele. Não que fique f**o nele, mas fica estranho num homem de cinquenta e cinco anos. — De nada minha filha, já já você será da família —ela misteriosamente e sorri enigmático. Na época em que eu e Arthur nos envolvemos, ninguém ficou sabendo, pelo menos foi o que eu pensei por muito tempo, mas agora vendo o sorriso enigmático desse velho desgraçado, eu sei que ele sabe de alguma coisa, só se manteve quieto. A mansão é cheia de câmeras, nós dois nunca tomamos nenhum tipo de cuidado com elas, é óbvio que o velho descobriu. Não sabendo o que responder, dou um sorriso sem graça e volto para o interior da casa. A casa está vazia, todas as pessoas estão na praia, só estamos eu, a casa e todos os demônios que insistem e me atormentar durante a noite. Eu não durmo muito bem desde que cheguei aqui, para além de ter que dormir com o cheiro dele por toda a parte, a burra aqui, inventou de dormir com as roupas dele. Dá para acreditar? Que tipo de pessoa drogada sou eu? Estou passando por um processo de desintoxicação Arthural, e ao invés de me abster dele, que é a minha maior d***a, eu aumento a minha dependia por ele, vestindo as roupas dele, sim, eu sou uma louca que merece tudo que está acontecendo. Entrando mais a fundo no Interior da mansão, vou até o quarto de jogo. O rico inventa cada coisa, sala de jogos para uma família que tem só um filho. Quando Arthur ainda estava aqui, quando nós ainda tínhamos um relacionamento, ele gostava de ficar horas trancado comigo nesta sala, ele adorava fazer jogos mentais com uma pitada de sensualidade. Uma vez, ele me obrigou a sentar sem roupas na mesa de bilhares dele, nós teríamos uma prova de química depois daquele final de semana. Eu me sentei nua na mesa, ele ficou entre minhas pernas fazendo perguntas que provavelmente sairiam na prova de química, para cada questão acertada, ele chupava uma parte do meu corpo ao ponto de me deixar louca, para cada questão errada, ele parava tudo e recomeçava tudo de novo. Foi uma forma bem interessante de estudar, eu me recordo das respostas até hoje. — O que faz aqui, está com vontade de jogar— a sombra do meu irmão, surge do nada, quase me matando de susto. Meu coração pula em meu peito, feito um louco. Fiquei tão imersa em meus pensamentos que nem sequer notei ele entrando. — Aí seu Júnior, quer me m***r do coração? — berro com a mão ainda no peito, meu coração ainda palpita freneticamente. — A culpa não é minha se você fica a viajar na maionese — junior comenta desrespeitosamente. A vantagem de ter um irmão mais novo adolescente, é que você pode contar com ele para fugir de casa, eles acobertam qualquer coisa, mas em compensação, vem uma bagagem enorme de desrespeito, sem contar que Júnio está na idade de pensar que sabe tudo. — Queria jogar contigo, mas você tem mania — murmuro irritada com a minha melhor cara de brava e me retiro da sala, deixo ele sozinho com o desrespeito dele. Se ele quer ser m*l educado, que seja, mas ele não será m*l educada em cima de mim, ele vai ter que arranjar outra pessoa para aturar ele. Na sala, minha mãe e tia Sheila, estão conversando, preparando uma cesta com várias comidas. — Oiii, o que estão a preparar? — questiono super feliz, tentando me distrair com qualquer coisa que eu puder fazer para tirar a minha mente dele, é bem vinda com todo o meu desejo. Pego num copo e me sirvo de um bom sumo de ananás, o favorito dele. Filho de rico gosta de cada coisa, onde que ananás foi feito para ser sumo? Ananás foi feito para ser comido naturalmente, mas o desgraçado do Karelly, parecia viciado em tudo que envolvesse ananás, inclusive o sumo que tem um cheiro estranho. A geladeira, está cheia de coisas que ele gosta, desde sumos a bolos, as cozinheiras capricharam em tudo, como se ele estivesse voltando. Nem quero pensar nisso. — Estamos a organizar as coisas para a nossa seia de boas vindas, ao novo ano e Ares quer comemorar a volta do Arthur — tia Sheila fala feliz da vida, como se fosse simples, ele estar de volta a minha vida, depois de tanto tempo fora. Ele vai voltar sem mais nem menos, ele vai invadir tudo, novamente, sem pedir permissão, ele vai tomar tudo que era seu inclusive o meu coração. — Ah! Ele vai voltar, quando? — murmuro fazendo o meu melhor para parecer indiferente, mas a verdade é que, eu não consigo nem me manter em pé, eu quero chorar, gritar, ligar para ele e expulsa-lo novamente. — Próxima semana, ele está de volta, está feliz? Vocês costumavam ser muito amigos quando crianças — ele questiona super feliz da vida. Se eu estou feliz? É claro que eu estou feliz, ele vai voltar, o homem que partiu o meu coração e destruiu ele, vai voltar para terminar o serviço dele, ele vai voltar para completar a missão dele que é acabar com a minha vida. — querida, pode entregar Ares esse celular, Arthur está ligando — ele me entrega o celular, na mesma hora o copo em minhas mãos escorrega, por sorte consigo segurar ele. Estou fazendo a cara de Booker King agora, não sei se rio ou se choro. — Tio Ares, Arthur está ligando — grito e aceno para ele, ele e o meu pai estão do outro lado da praia, sentados relaxados em suas cadeiras. O velho desgraçado faz um gesto para que eu atenda o celular dele. O destino é uma c****a mesmo, eu sou muito azarada, só pode. « Oi pai, passando para informar que perdi o meu vôo, chegarei daqui a dois dias ou mais » Escuto sua voz do outro lado da linha e ela não parece mais a mesma, antes ela era a voz de um adolescente passando pela puberdade, ela era uma mistura de tons, as vezes mais graves, às vezes mais suaves, e agora ela simplesmente, está no ponto certo. Uma mistura eloquente entre grave e profunda, parece a voz de alguém acordando depois de uma resseca. A voz que molha sua calcinha em questão segundos, o tipo de voz que você quer ouvir por toda a vida, o tipo de voz que se gritar ela é minha, você se entrega de corpo e alma. « Pai você está me ouvindo? Eu vou me atrasar, é só isso, tchau » Ele aumentou algumas notas, mostrando sua irritação. Até irritado a voz dele é irreversível. Minha pele inteira está arrepiada, minha calcinha está molhada, meus ouvidos estão zumbindo, eu ainda posso sentir o sussuro dele em meu ouvido.
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